
Oi, pessoal, aqui é o Tanussi Cardoso com a Sextas Poéticas, nossa coluna dentro do Portal artecult.com. Essa é a última Coluna do ano de 2025. Sentiremos saudade, mas estaremos de volta, na primeira quinzena de janeiro de 2026.
Desejo um Feliz Natal e um Ano Novo, realmente novo, com os homens e as mulheres do Poder acreditando que a Paz no mundo é possível, com mais solidariedade, empatia, igualdade; com a abominação das armas, das guerras, do racismo, do feminicídio, da homofobia, do machismo e do fascismo. Pelo Amor à Democracia. Pelo amor à Natureza e aos animais. Para que todas as Artes, a Poesia, inclusive, possam celebrar o ano que chega como um basta às injustiças, à violência, à miséria, ao desemprego, ao analfabetismo e à pobreza moral da maioria de nossos governantes. Chega! FELIZ 2026!
A nossa Coluna de hoje começa com a nossa homenagem e os nossos aplausos para duas amigas e queridas poetas, que aniversariam neste mês: ELAINE PAUVOLID, hoje, dia 19, e NOÉLIA RIBEIRO, dia 23.
ELAINE PAUVOLID é poeta e artista visual. Nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Utiliza a pintura, a fotografia, a escrita e o vídeo. Tem formação em Psicologia. Funcionária pública, lotada no Centro Cultural Justiça Federal, exerceu o cargo de Diretora Cultural, de 2021 a 2025. Em 1998, estreou como poeta com Brindei com mão serenata o sonho que tive durante minha noite-estrela. Publicou, entre outros, Leão lírico, edição própria, em que assina também o projeto gráfico; Trago, edição artesanal da autora, prefácio de Gerardo Mello Mourão; O Silêncio como contorno da mão; e participou de antologias nacionais e estrangeiras. Ganhadora do “Prêmio Biguá”, concedido pela SADE – Sociedade Argentina de Escritores, de 2006. ELAINE acaba de lançar seu mais novo projeto literário e artístico, o livro de artista intitulado alíneas, “narrativas que mancham a página e seguem como evocação da burocracia com a qual convivo há 30 anos, como servidora pública”, diz ela.

ELAINE PAUVOLID
NOÉLIA RIBEIRO, poeta pernambucana, nascida em Recife, formou-se em Letras pela UnB (português/inglês). Recebeu, da Secretaria de Cultura (DF), o “Prêmio Igualdade de Gêneros na Cultura”. É membra da ANE (DF) e da UBE (RJ). Publicou, entre outros, os livros de poesia Expectativa; Atarantada; Escalafobética; Espevitada; assim não vale; e Pequena Antologia Pessoal. Reside em Brasília (DF).

NOÉLIA RIBEIRO
Assim, muito feliz, deixo essa pequena homenagem a essas duas grandes poetas e pessoas muito queridas: ELAINE PAUVOLID e NOÉLIA RIBEIRO. FELIZ ANIVERSÁRIO E GRANDE BEIJO DA NOSSA SEXTAS POÉTICAS e do PORTAL ARTECULT.COM.
Continuando, deixo com vocês dois pequenos poemas. Espero que gostem.

UM OUTRO OLHAR
O infinito?
O que o nosso olhar
respira.
O que cabe
na medida da águia.
O sangue cortado
da medula.
O corpo transformado
em asas.
(Mais nada.)
CARNE SERENA
Escrever
é me vingar do tédio
e do tempo.
É a maneira de regurgitar
prazer e nojo.
(Tanussi Cardoso)
“LIVRO DA SEXTA”:
A SEXTAS POÉTICAS traz, hoje, com honra e felicidade, o novo livro de poemas do amigo e excelente poeta, MÁRCIO CATUNDA, intitulado FLORES DO DESERTO, Ventura Editora, 2025.

MÁRCIO CATUNDA, FLORES DO DESERTO, Ventura Editora, 2025.
MÁRCIO CATUNDA é poeta, romancista, cronista, ensaísta, compositor, letrista e escritor, nascido em Fortaleza, Ceará. Formado em direito pela UF do Ceará, e em letras pelo CEUB. Em 1985, ingressou na carreira diplomática no instituto Rio Branco, em Brasília. Em função disso, morou em diversos países. Tem mais de 50 livros publicados, alguns em espanhol. O livro Paris e seus poetas visionários recebeu o “Prêmio Cecília Meireles”, em 2021, da UBERJ.
Sobre FLORES DO DESERTO, o poeta e editor JORGE VENTURA afirma: “O leitor que acompanha a trajetória bem-sucedida do escritor Márcio Catunda haverá de concordar comigo. Esta é, certamente, a sua obra mais despojada, irreverente e descontraída, e, nem por isso, não menos reflexiva e comprometida com o lirismo e a literariedade. Aqui, o seu deserto poético não é árido, nem ermo, ao contrário, é florido e fértil, terreno apropriado para o cultivo do bom humor, da ludicidade da palavra, dos versos engajados, das questões existenciais e filosóficas. É aspecto dos mais sedutores, nesta presente edição, a pluralidade dos temas tão bem tratados por este autor singular.”
O poeta e ensaísta ANDERSON BRAGA HORTA analisa: “O cearense e cidadão do mundo Márcio Catunda é poeta por vocação e por eleição. Na qualidade de artista do verso, privilegia os elementos estéticos da composição, mas não se filia a nenhuma das seitas radicais que menosprezam seus estratos intelectivos. Pela formação ética e cívica, é um humanista. Pode-se dizer, ademais, que, pelo esmero e pela doação que põe em todos os produtos da arte da escrita, ou a ela vinculados, é poeta em tudo o que faz. (…) move-se com facilidade pela prosa de ficção, realiza-se com semelhante proficiência, além de intenso sentimento de empatia e de generosidade, na biografia e no ensaio literário, além de produzir composições musicais…”
Deixo com vocês um pouco do ótimo FLORES DO DESERTO de MÁRCIO CATUNDA.
SANYASIS
A Tanussi Cardoso
Dizem que os sanyasis
não contam os anos
pelas horas de alegria.
Para eles, não existem as quimeras do futuro.
E a ansiedade é uma brincadeira de criança.
Eu, que vejo um mundo de ideias embargadas,
quisera ser um sanyasi.
O sanyasi não se chateia.
O sanyasi ri do mal-estar civilizatório.
EXPECTATIVA
Estou quase chegando à doidice ideal.
Quando a ela chegar,
serei um samaritano que derrama flores
quando alguém chorar nos jardins;
serei pontual como os que aparecem para corrigir;
serei um tanto omisso, ao espreitar o silêncio.
Serei implacável com os desiludidos
e insensato com os que me intimidaram.
Estou à beira da doidice ideal.
Quero ser um doido manso,
como tenho sido um palhaço alegre,
pela graça de Deus.
REDUTOS
A Cairo Trindade (In memoriam)
O dentro disse ao fora: – Entra!
O fora disse ao dentro: – Sai!
E cada um, irresoluto,
restou no seu
irredutível
reduto.
Esses são alguns dos incríveis poemas do livro indicado pela Sextas Poéticas dessa semana: FLORES DO DESERTO, de MÁRCIO CATUNDA, Ventura Editora, 2025.
POESIA:
– DIA 22 de DEZEMBRO, ÀS 20h, “LUA CHEIA POÉTICA” – Luau Virtual de Poesia, com MARCIO RUFINO, ALVARO NASSARALLA e KAJAL. Local: YouTube @ágora21

“LUA CHEIA POÉTICA” – Luau Virtual de Poesia
TEATRO:
– HOJE, DIA 19 DE DEZEMBRO, ÀS 19h30, “ÓPERA DAS MALANDRAS: IN CONCERT”, com o CABARÉ TÁ NA RUA, e supervisão e participação de AMIR HADDAD. Inspirado em CHICO BUARQUE e BERTOLD BRECHT. Local: Teatro Rival Petrobras, Centro. A partir de R$ 42,00. ÚNICA APRESENTAÇÃO!

“ÓPERA DAS MALANDRAS: IN CONCERT”, com o CABARÉ TÁ NA RUA
MÚSICA e DANÇA:
– DIA 20 DE DEZEMBRO, ÀS 20h30, “SIM BOSSA SOUND e VINICIUS CANTUÁRIA”, participação de MANO MELO. Local: Teatro Brigitte Blair, Rua Miguel Lemos, 51H, Copacabana. IMPERDÍVEL!!!

“SIM BOSSA SOUND e VINICIUS CANTUÁRIA”
– ATÉ 28 DE DEZEMBRO, “O QUEBRA-NOZES”, de TCHAIKOVSKY. Com a regência do maestro FELIPE PRAZERES. Com o BALLET, O CORO E A ORQUESTRA DO MUNICIPAL. Local: Theatro Municipal, Centro. Sexta e sábado, às 19h; domingo, às 17h; terça e dia 26, às 19h.

“O QUEBRA-NOZES”, de TCHAIKOVSKY. Com a regência do maestro FELIPE PRAZERES
DESTAQUE DA SEMANA:
Com satisfação, a SEXTAS POÉTICAS indica como DESTAQUE DA SEMANA o livro CINEMA: CINCO ENSAIOS, de ALEXEI BUENO, Editora Lume, 2025.

CINEMA: CINCO ENSAIOS, de ALEXEI BUENO, Editora Lume,
ALEXEI BUENO é poeta, ensaísta, crítico, tradutor e editor carioca. Publicou 22 livros de poemas, além de títulos sobre arte, arquitetura, cinema e história, com edições no Brasil e no exterior. Recebeu prêmios como o “Jabuti” (2 vezes); da “Associação Paulista de Críticos de Arte”; da “Academia de Brasileira de Letras”; da “Biblioteca Nacional” (2 vezes); do “Candango de Literatura”, entre outros. Há meio século, analisa o grande cinema de todos os tempos e lugares.
Os 5 ensaios do livro se intitulam: 1) O cinema clássico soviético, um panorama e a sua ressonância no Brasil; 2) Lembrança de Mário Peixoto; 3) Ladrões de bicicleta; 4- Vinicius de Moraes e o cinema; 5- Glauber Rocha, mais fortes são os poderes do povo!
Portanto, para os amantes da boa literatura brasileira, e, sobretudo, da arte cinematográfica, fica a dica do nosso DESTAQUE DA SEMANA da SEXTAS POÉTICAS: CINEMA: CINCO ENSAIOS, de ALEXEI BUENO, Editora Lume, 2025, que tem o cinema como tema fundamental, e onde os cinco ensaios, de épocas diversas, se interpenetram e se comentam reciprocamente.
OUTRAS NOTÍCIAS:
– ATÉ DIA 31 DE DEZEMBRO, estará acontecendo a “VIII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ”, edição virtual, 2025. Os interessados poderão acessar o link que segue: https://mostraapperj.blogspot.com/

“VIII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ”
– O excelente jornalista HÉLIO ARAÚJO continua apresentando seu “PÉDCAST DO CAMINHO – O PODCAST DO PEREGRINO”, que fala e ensina tudo sobre o Caminho de Santiago, para quem se interessa pelo assunto. Está no ar o episódio 204, agora, também, no Spotify. Ele entrevista quatro hospitaleiros brasileiros, conhecidos como “BRASUCAS”, donos de albergues no “Caminho de Santiago”. São eles: JOSÉ LUIZ XAVIER (de Molinaseca), JUSSARA FORTEZ (de León), ACÁCIO DA PAZ (de Viloria de Rioja) e NATÁLIA FERREIRA (de Puente la Reina). Eles conversam sobre os resultados obtidos em 2025 e os projetos para 2026. A entrevista se encontra no link: https://open.spotify.com/episode/2qLgdE0HMz9i1PSphDrsh2

“PÉDCAST DO CAMINHO – O PODCAST DO PEREGRINO”
– Em breve, o novo livro de TOM TORRES, PELAS RUAS QUE ANDEI – Crônicas de uma cidade acrônica. Para os interessados, o livro já se encontra em pré-venda, ao preço de R$ 30,00, pelo pix: (82)988742127, em nome Ronaldo Antonio Torres Cruz. IMPERDÍVEL!

TOM TORRES, PELAS RUAS QUE ANDEI – Crônicas de uma cidade acrônica.
– É com muita alegria que conto para vocês que saiu meu novo livro de poemas, intitulado EL TIEMPO SOBRE LOS TEJADOS – O TEMPO SOBRE OS TELHADOS, publicado pela Associação Abra Canarias Cultural, Islas Canarias, España, dentro da Coleção Nossa América, 2025. É um livro bilíngue – português/espanhol, com tradução ao espanhol do autor. A capa é de EMILIO BARRIONUEVO, com revisão do original de RICARDO ALFAYA e do espanhol de ANA TEIXEIRA ALVARENGA. No livro, memória e cotidiano se misturam. O tempo, que parece não passar, é como um rio que parou na procura de seu mar: é como um pássaro – às vezes triste, outras, alegre – pousando sobre as lembranças. É poesia que observa o mundo com delicadeza, mas sem perder a força de suas inquietações.
Para o escritor, revisor e livreiro virtual, RICARDO ALFAYA, “O livro já conquista o leitor a partir do excelente título. … São 41 poemas, relativamente concisos, de excelente qualidade. A rigor, todos mereceriam um comentário. Mas, deixo ao leitor o prazer da descoberta”.
Lamentavelmente, dificilmente, esse livro, nessa edição, será lançado no Brasil. AOS QUE SE INTERESSAREM, OS DADOS DE COMPRA ESTÃO NESSE LINK: EL TIEMPO SOBRE LOS TEJADOS – O TEMPO SOBRE OS TELHADOS. Ou, então, aguardem os próximos passos, de uma possibilidade de nova edição brasileira. Grato.

EL TIEMPO SOBRE LOS TEJADOS – O TEMPO SOBRE OS TELHADOS
Aqui me despeço de vocês, amigos e amigas. Até o próximo ano! Feliz 2026. Grande abraço do Tanussi Cardoso.

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