Prevenção e conscientização contra o suicídio na transgeneridade
O Setembro Amarelo é o mês dedicado à prevenção e conscientização contra o suicídio.
Os números crescentes – aproximadamente 12 mil no Brasil e mais de 1 milhão no mundo, por ano – alertam para a importância de se falar sobre o tema, apesar dos tabus e preconceitos, para evitar a perda de vidas, aprender a identificar sinais de ideação suicida, ajudar ou indicar ajuda.
O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial e o aumento no número de casos, durante a pandemia, pode estar ligado a diferentes fatores como: medo, isolamento, solidão, desesperança, ansiedade, depressão, morte de parentes e amigos, dificuldade de acesso ao tratamento da saúde mental, doenças e outros problemas de saúde. Se a presença de um transtorno mental é um risco para o suicídio, o agravamento de seus sintomas durante o isolamento pode se tornar ainda maior. Problemas financeiros e o aumento da violência doméstica, pela proximidade com os algozes, também contribuíram para o aumento nos índices.
“O assunto é muito sério e precisa ser desmistificado, porque salva vidas. E quando se trata da população transgênero, tudo fica potencializado, pelas questões já conhecidas, como não aceitação na família, no ambiente escolar ou profissional, violência ou expulsão de casa, transfobia e falta de políticas sociais. Acredito que o caminho é deixar de discriminar as pessoas trans, porque enquanto a gente não verbalizar, as pessoas vão continuar se suicidando. Isso sem contar os números de homicídios no Brasil, de indivíduos LGBTQIA+, que são os maiores no mundo”, explica Vanessa Jaccoud, psicóloga clínica e criadora da Associação TRANquilaMENTE, voltada para a saúde mental de indivíduos transgêneros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos. É preciso ter coragem de falar, de achar caminhos, de deixar de discriminar, de ajudar. Porque enquanto isso não ocorrer, as pessoas vão continuar sofrendo ou se suicidando.
O Setembro Amarelo nasceu em setembro de 1994, nos Estados Unidos, quando o jovem de 17 anos, Mike Emme, cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar enfrentando problemas emocionais. No Brasil, foi criado em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
SOBRE DRA. VANESSA JACCOUD (CRP 05/47172)
Psico-Oncologista, Psicossomatista e Psicóloga Clínica. Psicologia da Saúde. Especialista em Psico-Oncologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG); Pós Graduada em Psico-Oncologia pelo CEPPS-SP; Especialista em Psicossomática (1º ambulatório com atendimento multiprofissional do mundo em Psicossomática) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Formação em Dor Crônica pela University of Minnesota (USA); Formação em Neurologia clínica (Introductory) pela University of California-San Francisco (USA);
Certificação em Trauma Psicológico complexo e recuperação pela Harvard University- Medical School;
Formação em Primeiros Socorros Psicológicos pela Johns Hopkins University (USA); Formação em Saúde por todo o espectro de gênero pela Stanford University (USA). Membro Titulada pela SBPO (Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia); Membro Certificada pela WPATH (World Professional Association for Transgender Health); Membro da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática-SP.
Certificação Excelência em Saúde Transgênero – Harvard Medical School
* Atualmente com certificação mundial em cuidados aos pacientes Transgêneros
* Autora do livro “Transgeneridade: vivências na transcendência”
* Fundadora da Associação TRANquilaMENTE para cuidados de indivíduos transgêneros
Instagram: @dravanessajaccoud @associacaotranquilamente
CVV 188