Esta sexta, dia 18, será exibido no Canal Brasil o último episódio da série “Os últimos Dias de Gilda”. Protagonizada por Karine Teles, a produção criada e dirigida por Gustavo Pizzi aborda questões feministas, reflexões sobre a vida, o amor e ainda toca em assuntos densos como conservadorismo de igrejas neopentecostais, preconceito, o avanço das milícias em comunidades e a perigosa aliança entre a religião e o poder público.
“Gilda fala da força do amor e da sororidade, duas coisas que somadas são capazes de transformar as estruturas desiguais da nossa sociedade. Fala sobre o desejo de um mundo onde as diferenças sejam respeitadas e possam conviver em paz. O desejo de que não precisemos mais de Gildas. Que estes sejam seus últimos dias”, afirma Karine.
No fim dessa história dividida em quatro episódios, Gilda se reafirma como uma mulher livre, sem rótulos, independente e que se recusa a abaixar a cabeça para o machismo. A milícia domina o bairro onde a protagonista vive, tornando sua vida um inferno. E para piorar, os vizinhos, liderados por Cacilda (Julia Stockler), humilham Gilda ainda mais: quebram a janela de sua casa e jogam tomates em sua direção. É quando Gilda dá a volta por cima e, ao lado das outras mulheres do bairro, dá um basta na repressão e no machismo que dominavam o lugar.
Concebido por Rodrigo de Roure como um monólogo para o teatro, o texto foi levado aos palcos pela primeira vez em 2004, e, em 2018, reinterpretado por Karine Teles nos tablados. Na trama, Karine vive Gilda, uma mulher livre, no mais amplo sentido da palavra, e cada capítulo mostra como o comportamento da protagonista incomoda muita gente ao seu redor.
Sinopse: Dona de excelentes dotes culinários, Gilda (Karine Teles) cria porcos e galinhas no quintal de sua casa para o abate e produz receitas capazes de encantar amigos e amantes. Sua independência incomoda a vizinhança, principalmente Cacilda (Julia Stockler), esposa de Ismael (Igor Campanaro) que está se candidatando a um cargo público através de um partido ligado a um grupo religioso.
Gilda mantém-se de forma independente, recusa-se a aceitar a opressão e o machismo e escolheu se relacionar de forma livre com diversas pessoas, sem amarras ou rótulos para essas relações. Já Cacilda representa valores mais conservadores, opostos à personalidade da protagonista, cujo comportamento sexual julga como libertino e a fé como bruxaria. Não bastasse a agressividade dos vizinhos, ela ainda precisa lidar com o aumento da violência urbana, a briga entre traficantes, policiais e milicianos em busca do controle da comunidade em que mora.
Os Últimos Dias de Gilda (2020) (4 x 25’)
INÉDITO e EXCLUSIVO
Criação e direção: Gustavo Pizzi
Classificação: 16 anos
Horário: Sexta, dia 18, às 22h30
Alternativos: madrugada de sábado/domingo, à 1h55 e segunda, à 0h55