João Baldasserini comenta o trabalho em ‘Salve-se Quem Puder’
Desde que Alexia/Josimara (Deborah Secco) avisou que precisava arrumar um emprego assim que chegasse a São Paulo, Zezinho (João Baldasserini) não esconde a preocupação e até mesmo um certo ciúme. Ele e Ermelinda (Grace Gianoukas) fazem um verdadeiro interrogatório com Alexia, que se sai bem e não deixa escapar nenhuma informação sobre o plano criado pelas três. O rapaz teme que a amada seja reconhecida colocando a vida dela em risco.
Zezinho faz questão de acompanhar Alexia. Mas a atriz logicamente não conta que está tentando uma vaga como secretária justamente na Labrador, a empresa de Rafael (Bruno Ferrari), noivo de Kyra (Vitória Strada). E quando está prestes a atravessar a rua na faixa de pedestre, Alexia/Josimara tem uma visão… é Renzo (Rafael Cardoso) dentro do carro. O choque é tão grande que a moça finge que passa mal e é socorrida pelo próprio sobrinho de Dominique (Guilhermina Guinle). Renzo leva Alexia/Josimara e Zezinho até o hospital e ainda se prontifica a ficar no local com o casal para desespero de Alexia. Zezinho fica enciumado mesmo sem saber que o rapaz é Renzo, e trata de dispensar a ajuda. Alexia entra em pânico com medo de ser reconhecida pelo ex. Mais tarde, ela propõe a Luna e Kyra que Renzo seja investigado paralelamente. Elas querem encontrar e denunciar o quanto antes os líderes da organização internacional e recuperarem suas identidades.
A sequência vai ao ar a partir de hoje, dia 9. Salve-se Quem Puder’ é criada e escrita por Daniel Ortiz com direção artística de Fred Mayrink e direção geral de Marcelo Travesso.
Entrevista com João Baldasserini
O que você sentiu quando foi convocado para voltar a gravar ‘Salve-se Quem Puder’ após cinco meses?
Fiquei bastante feliz com o retorno das gravações, já estava ansioso. No início achei que a paralisação era coisa de duas semanas. Mas, quando vimos, já estávamos há cinco meses afastados. Dar vida ao Zezinho depois de tanto tempo exigiu uma concentração ainda maior, mas depois de alguns dias eu já estava agarrado ao personagem novamente.
Você encontrou algum tipo de dificuldade para voltar a interpretar o Zezinho? Como fez para manter a personagem após a suspensão das gravações?
Durante o isolamento social, o personagem ficou guardado na ‘gaveta da memória’. De vez em quando, em casa, conversando com a minha mulher, eu brincava com o jeito dele de falar e dessa maneira tentava manter o Zezinho vivo dentro de mim.
Como você descreve a trajetória do Zezinho na história?
Zezinho começou a trama com a função de proteger as meninas, no serviço de Proteção à Testemunha, quando ele acaba se envolvendo com a Alexia. Esses sentimentos crescem e ele precisa lidar com isso, além da função de protegê-la. Muitas coisas acontecem no meio disso de tudo e Zezinho passa por grandes emoções e aventuras até a chegada da reta final da novela.
O que você mais aprendeu com este personagem?
Ele é um homem correto, bondoso, honesto e muito simples. Um homem criado na roça, por uma mulher forte e rigorosa. Zezinho é o tipo de homem que não se encontra mais nos dias de hoje, o que é uma pena. Ele é um grande exemplo e tem muito para ensinar a esses homens cada vez mais truculentos, machistas e agressivos, e que lamentavelmente ainda vemos com frequência na nossa sociedade “moderna”. Durante todos esses meses posso dizer que o Zezinho me levou do riso às lágrimas em várias cenas.
Qual o balanço que você faz deste trabalho?
Foi algo inédito para mim, para a televisão brasileira, e para todas as produções de audiovisual no mundo inteiro. Gravar uma novela em 2020 durante uma pandemia, seguindo um protocolo de segurança, foi diferente de qualquer outro trabalho que eu já tenha feito. São tempos difíceis para todos nós. Acho que o esforço que fizemos para finalizar ‘Salve-se Quem Puder’ valeu à pena e a novela segue levando graça, emoção e distração para os espectadores.