Sol e chuva recebem o público na abertura da maior edição de todos os tempos. Evento trouxe shows de grandes nomes da música mundial
Entretenimento, diversão, surpresas e muita música. Tudo no superlativo. Assim foi a estreia da vigésima edição Rock in Rio – a 8ª em solo carioca -, a maior de todos os tempos. Em uma semana chuvosa, São Pedro deu uma trégua e a abertura de portões da Cidade do Rock foi com um sol inesperado pelas 100 mil pessoas que habitaram a área de 385 mil metros quadrados (60 mil a mais do que em 2017). A Cidade do Rock mais uma vez surpreendeu e trouxe um mundo de experiências que encantou o visitante ao longo de 14 horas. Dos 17 espaços de atrações, seis são novidades este ano e duas delas despertaram grande interesse no primeiro dia de festival: a NAVE – Nosso Futuro é Agora, que promove uma grande experiência imersiva e sensorial, e Fuerza Bruta, um espetáculo criado pela companhia argentina especialmente para o Rock in Rio. O Espaço Favela entrou para a história do evento ao dar visibilidade aos talentos das comunidades cariocas e cair nas graças de quem passou pela Cidade do Rock. No já consagrado Palco Sunset, o encontro memorável de Seal e Xenia França foi o grande destaque. Fechando a noite no Palco Mundo, o showman canadense Drake levou ao delírio milhares de fãs no que considera o melhor show de sua vida.
Logo na entrada da Cidade do Rock, dando as boas-vindas aos visitantes, a NAVE convidava o público a viver uma experiência na qual sentidos, estímulos, sincronicidade, tecnologia e, claro, música, promoviam uma reflexão sobre um mundo melhor – a partir de uma mudança no presente. Cocriação do Rock in Rio e Natura, são 5 mil metros de projeções onde o público e imagem interagem. “Quase chorei quando apareceram cenas de natureza. Ficou muito lindo e real com as aves cantando. Essas projeções mostram a nossa Amazônia, nosso presente e nosso futuro”, contou Vanessa Rodrigues, 36 anos, acompanhada da mãe, Fátima Rodrigues, de 59 anos. A trilha sonora inédita, com projeção dos artistas do Rock in Rio nas paredes do velódromo, onde foi instalada a NAVE, também foi um show à parte. As caixas de som potencializaram ainda mais a sensação dos efeitos sonoros e as vozes dos cantores. São 16 sessões diárias, com cerca de 20 minutos cada e capacidade três mil pessoas.
O maior festival de música e entretenimento do mundo ganhou nesta edição mais uma atração desenvolvida especialmente para o evento. O grupo argentino Fuerza Bruta criou um espetáculo com 22 artistas, que traz em seu enredo momentos históricos do Rock in Rio como a lendária chuva de 1985 – data da primeira edição do sonho de Roberto Medina. “O Rock in Rio e o Fuerza Bruta têm o mesmo espírito desbravador de transformar o impossível em possível. Queremos trazer experiências extremas que deixem as pessoas no limite”, conta Diqui James, diretor artístico e idealizador do espetáculo. Emocionante e surpreendente, o show que ocupa uma das arenas olímpicas mistura acrobacias circenses, performances de dança e música ao vivo, comandada por DJs e com a participação especial do grupo AfroReggae. Um dos grandes momentos da apresentação – que dura 30 minutos e acontece cinco vezes ao dia, com capacidade para três mil pessoas –, é quando um grande globo suspenso cruza o espaço com quatro artistas acoplados a ele.
Outra novidade de 2019, o Espaço Favela, onde morro e asfalto se fundem em uma coisa só, foi uma das sensações do primeiro dia de festival. Após uma apresentação eletrizante do grupo Nós do Morro, a novata Gabz surpreendeu a plateia com um figurino ousado e muito sentimento, ao compartilhar sua emoção por fazer parte do festival. Outro destaque foram as meninas do Abronca botando para quebrar. O grande momento do espaço na noite de estreia do festival foi o grupo Heavy Baile com MC Carol e Tati Quebra-Barraco como convidadas, botando os presentes para descer até o chão junto com seus dançarinos. Desenvolvido com base em uma larga curadoria, o espaço Favela, que funciona a partir das 14h30, tem o objetivo de amplificar as potências musicais das comunidades. Ao longo dos sete dias serão 22 atrações.
Shows
E se o início do dia foi de sol, a chuva apareceu no início da noite, mas não foi um empecilho para o público neste primeiro dia de shows do Rock in Rio. No Palco Sunset, que vai receber 60 atrações nacionais e internacionais ao longo do festival, Karol Conka, Gloria Groove e Lin da Quebrada colocaram o público para dançar ao dom de muito rap e funk. Quem também animou a plateia foi o cantor Seal, que em dois momentos desceu junto ao público. Ao fim da apresentação, visivelmente emocionada, a cantora Xenia França se juntou ao artista britânico de origem nigeriana para completar o show memorável. Também passaram pelo espaço Lelê e Blaya, além do rapper Mano Brown e o baixista Bootsy Collins.
No gigante do Rock in Rio, o Palco Mundo abriu em 2019, às quatro da tarde, com um concerto inédito da Orquestra Sinfônica Brasileira que trouxe um medley de clássicos do rock. E um show vibrante de Alok – um dos maiores Djs brasileiros da atualidade colocou o público para dançar do início do fim. Bebe Rexha, segunda atração da noite, manteve a empolgação do público. Com uma apresentação repleta de grandes sucessos e interação, a artista desceu até a plateia para abraçar um fã e o levou para o palco surpreendendo a todos. Já a vencedora de múltiplos discos de platina e que tem uma música original na primeira trilha de Game of Thrones, Ellie Goulding fez uma bela estreia no festival. O set list repleto de canções pop dançantes como “Love me like you do” e “Close to me” embalou a galera. Fechando a primeira noite, o headliner e premiado Drake fez um show debaixo de chuva. Em vários momentos, o rapper conversou com o público demonstrando a emoção de se apresentar pela primeira vez no país. Ele chegou a descer do palco para cumprimentar o público e fez questão de pegar uma bandeira do Brasil, que também coloriu o telão de fundo do Palco Mundo. Entusiasmado, o artista que ostenta 35 indicações ao Grammy anunciou para a plateia que o show do Rock in Rio era o melhor da sua vida.
Rock Street Ásia e Rock District
Com uma nova temática, a Rock Street chegou inspirada na Ásia para apresentar a diversidade do continente homenageado por meio das danças, arquitetura e muita música. As bandas DakhaBrakha, da Ucrânia, e Nine Treasures, da China, reuniriam centenas de pessoas que em sua maioria curtiram suas canções pela primeira vez. “Eu nunca imaginei ouvir uma banda de rock pesado cantando em chinês. Foi irado”, disse o estudante Matheus Ferraz, 16 anos. Já o bairro mais rock do festival, o Rock District repetiu o sucesso de sua estreia em 2017, colocando todo mundo para dançar com uma sequência de shows incríveis. A Rock Street Band, do ator e cantor André Fratesch, entoou clássicos de ícones como David Bowie e Led Zeppelin. Evandro Mesquita, que se apresentou na primeira edição do Rock in Rio, em 1985, tocou com a Fabulous Tab, sua banda “de luau”. “Eu já toquei em todos os palcos do Rock in Rio, no Mundo, no Sunset, na Rock Street e agora no District. É sempre muito bom estar aqui”, declarou cantor que ficou conhecido como vocalista da Blitz.
Como um grande parque temático de diversões, a Cidade do Rock, mesmo para os fãs mais entusiasmados, sempre deixa um gostinho de quero mais. Como já é tradição no festival, os brinquedos – roda-gigante, montanha-russa, megadrop e tirolesa – foram concorridíssimos. Melissa Molina e Kazue Iwassa, de 21, que vieram de São Paulo e chegaram cedo para aproveitar ao máximo. “Amamos a montanha russa! Já saímos querendo mais. Viemos para curtir tudo”, afirmam os veteranos que já vieram a quatro edições. Para não perder tempo, a orientação é que o agendamento seja feito assim que o visitante chegar ao festival.
Números da Cidade do Rock
Para fazer o Rock in Rio funcionar, são necessários mais de 30 mil kva de energia elétrica, o equivalente para iluminar uma cidade de 50 mil habitantes. O festival tem mais de 10 mil toneladas de equipamentos e 120 quilômetros de cabos de som, vídeo e força. Desde a implantação da operação no Rock in Rio, a Oi registrou um tráfego de 80.4 Terabytes no evento. Foram mais de 12 mil conexões simultâneas no Oi Wifi somente no primeiro dia do festival.
Para que o fluxo de saída na Cidade do Rock seja mais confortável, após o fim do Palco Mundo as atrações seguem no novo espaço New Dance Order até as 4h da madrugada. A proposta da área de música eletrônica, com cenografia impactante, é pôr todo mundo para dançar. Ao longo desta edição, serão 64 atrações no novo palco.
Rock in Rio tem Jam Session by Heineken no Sunset
Garantindo que o público saia com tranquilidade da Cidade do Rock, o Sunset, após o último show do Palco Mundo traz para os visitantes um show surpresa: a Jam Sessions by Heineken. Nesta noite subiram ao palco Zé Ricardo, Mart’nália, Toni Garrido, Sergio Loroza, Pedro Luis, Maria Rita e Tiago Abravanel.
Sobre o Rock in Rio
Consciente do poder disseminador da marca, o Rock in Rio pauta-se por ser um evento com o propósito de construir um mundo melhor para pessoas mais felizes, confiantes e empáticas num planeta mais saudável. Em 2001, reafirmou seu compromisso de mostrar às pessoas que pequenas atitudes do dia a dia são o caminho para fazer do mundo um lugar melhor para todos. Em 2013, foi reconhecido por seu poder realizador ao receber a certificação da norma ISO 20121 – Eventos Sustentáveis. Gerou 212,5 mil empregos diretos e indiretos em todas edições, mais de R$ 97 milhões investidos em diferentes projetos, passando por temas como sustentabilidade, educação, música, florestas, etc. Os investimentos são provenientes da organização do evento e de parceiros.
Em 2016, foi a vez de anunciar o Amazonia Live, projeto do Rock in Rio que já garantiu mais de 73 milhões de árvores para a Amazônia por meio de doações individuais e de parcerias, através de projetos de restauração e plantação, como o Paisagens Sustentáveis da Amazônia. O projeto traz a importância das florestas para o equilíbrio climático mundial como tema para todas as edições do evento pelo menos até 2019. Além disso, o Rock in Rio desenvolve um plano de sustentabilidade no qual define medidas para a redução de emissões e inclui-se como parte de uma correta gestão de resíduos, eficiência energética, compensação de emissões, correto consumo de recursos e muito mais. Este plano é desenhado para a organização, patrocinadores e fornecedores, sendo aperfeiçoado a cada edição e utilizado até hoje em todos os países onde o Rock in Rio é realizado.
O Rock in Rio preza por atitudes positivas a qualquer hora e em todos os lugares. Para endossar este posicionamento da marca “Tod+s Por Um Mundo Melhor”, o festival se une a empresas que possuem este mesmo olhar e diretriz. A partir destas parcerias, uma série de ações se desenvolvem sempre pautadas pelo objetivo de adoção de práticas que pensem no coletivo. É assim que a gente faz um mundo melhor acontecer: TOD+S POR UM MUNDO MELHOR.