O mercado de webséries é algo ainda desconhecido, para muitos consumidores de viés
para o entretenimento brasileiro. Principalmente por conta das redes de streaming e todo o processo de criação cinematográfica. Mas isso está mudando. Em uma das salas da RIO2C, a ARTE apresentou este novo cenário deste mercado.
Veja algumas imagens desta sala:
E Ann-Sophie Müller, Digital Managing Editor da empresa onde é responsável por Cinema, Séries e Ficção, contou para o ARTECULT em exclusiva como o mercado da webséries pode crescer ainda mais para o YouTube, Instagram e Facebook. Explicando como o mercado funciona, com produções europeias, a busca de parcerias na América Latina e como o interesse do público muda de acordo com a temática do material.
É bem clara a busca por produções inovadoras. A estagnação do mercado brasileiro para webséries é clara e a Editora Digital explica o porquê. Não só para o mercado da América Latina, mas para as plataformas digitais em si. Os veículos de compartilhamento.
O Youtube é um desses veículos. Esse mesmo instrumento que utilizamos em nosso dia a dia, cresce e se renova a cada instante, possibilitando uma grande margem de compartilhamentos e ideas. E são essas ideias que as produtoras estão correndo atrás.
Mas as ideias não funcionam sem base de mercado e foi nesta palestra que conversamos com Ann-Sophie sobre como ingressar um produto no mercado. As temáticas que mais funcionam com o público e como fazer uma ideia acontecer.
Ela afirma que é fundamental ter uma história. Você quer contar uma história e esse já é o primeiro passo. Atualmente as produtoras estão muito mais preocupadas em comprar um material já pronto ou pré-estabilizado do que produções que ainda não começaram.
Ter um site e uma página para o compartilhamento desse material, também é de suma importância. Porém, é necessário estudar o alcance do seu público e de seu projeto. Ter um site com direcionamento para o seu material, é cansativo. Então buscar portais diretos para esse mesmo compartilhamento e direcionamento é o foco.
Conseguimos, em exclusiva, realizar três perguntinhas para a editora Ann-Sophie a fim de englobar estas
ideias:
Dandara Aryadne (colaboradora ARTECULT): Como podemos montar uma base de ideias para essas produções que estão chegando? Trabalhamos em uma temática específica?
Ann-Sophie: Estamos sempre procurando um material inovador. Coisas repetidas com uma
roupagem nova, não nos interessa. É tudo mascarar para a mesma coisa.
Relacionamentos, dramas familiares e até mesmo tramas criminais ou de comédia são bem vindas, mas o seu público consegue se relacionar com essa história? É essa a pergunta que você precisa se fazer, quando cria e compartilha um material
D: Sobre a plataforma IGTV. É possível encaminhar o foco das webséries para essa plataforma?
A.S: Sim! O Instagram está se tornando algo gigantesco, mas isso ainda é uma ideia a se estudar. Não estamos estudando essa possibilidade ainda. Porém, estamos cientes de que o Instagram é um futuro a se encaminhar.
D: E enquanto a materiais LGBT’S? Estão aptos a produção dessa temática?
A.S: SIM! O que mais precisamos é construir uma base paras essas produções. Então, me tragam boas ideias. Se a ideia for boa, iremos produzir! Podemos esperar que o mercado de webséries ainda irá crescer muito dentro do mundo de entretenimento. Claro, que iremos prestar atenção para poder seguir essas produções de forma exclusiva.
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Em suas oito edições o Rio2C já contou com mais de 38 mil participantes de 26 países em 989 paineis.
Para conferir a programação completa acesse o site http://www.rio2c.com/programacao
- Quando: de 23 a 28 de abril
- Onde: Cidade das Artes – Avenida das Américas, 5300, Barra da Tijuca – Rio de Janeiro (RJ)
- Mais informações sobre ingressos e horários em http://www.rio2c.com/
Cobertura RIO2C – 2019:
- Mari Barcelos ( Instagram @barcelosmariane)
- Mayara Maria (Instagram @RESETDepoisdeVer)
- Dandara Adyadne (Instagram @dandaraaryadne )