Regras de Flexibilização: Retorno do Turismo

Foto: Eduardo Garcia B.

Como estamos acompanhando aqui no Rio de Janeiro, muitos pontos turísticos ainda não abriram apesar da liberação da Prefeitura do Rio com suas Regras de Ouro. É o caso do Pão de Açúcar, Corcovado, AquaRio e Roda Gigante RioStar. De acordo com que falamos no post anterior, não se torna obrigatório a abertura, porém já é um primeiro passo. Outros pontos turísticos seguem em um processo de reabertura, cumprindo medidas de flexibilização de acesso. Muitas campanhas educativas estão sendo realizadas nos locais de visitação, e inclusive ações mais enérgicas no caso com aplicação de multas. De fato, existem pessoas que ultrapassam o limite da razoabilidade neste caso e que causam danos a si, ao próximo e ao ambiente. Aliás, a vacina não foi encontrada e ainda vivemos uma pandemia que assola a sociedade. Devemos sim pensar no coletivo, pois o turismo também é coletividade.

Foto: Eduardo Garcia B.

Há consenso que o turismo foi a área econômica mais afetada. De fato, foi a primeira atividade a parar e será a última a retornar em pleno vapor. Desde o grande operador de turismo até o atendente mais humilde de pousada. Não impossível, mas torna-se um grande desafio fazer toda a estrutura do turismo voltar ser o que era antes. E o Rio de Janeiro está inserido em todo esse contexto de turismo. A ligação do Rio com o Brasil e o mundo é muito forte, e estamos nessa atmosfera, onde seja uma crise financeira no hemisfério norte pode fazer diminuir o fluxo de turistas estrangeiros aqui ou a alta do dólar fazer aumentar o fluxo interno de turistas nacionais. Uma série de fatores regulam essa atividade, porém numa abordagem ampla para o futuro, o maior beneficiado será o turista: terá a garantia que contará com um serviço de qualidade, em ascensão motivado pelo desafio da retomada.

Foto: Eduardo Garcia B.

 

É preciso estar preparado para a retomada do turismo

Por Adão Cavalheiro

O mercado de turismo sempre superou os desafios das interferências relevantes no seu processo de negócios, principalmente no Brasil. Passamos por casos recentes como as queimadas na região Amazônica e o vazamento de petróleo em grande parte do litoral brasileiro que resultaram na preocupante diminuição para a receita turística. Agora, com o caso do novo coronavírus, a crise proporcionou uma perda de R$ 2,2 bilhões na renda e cerca de 116 mil desempregos diretos e indiretos, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o setor de comércio, serviços e turismo é o que apresenta maior potencial de impacto negativo com a recente pandemia. “As atividades econômicas que o compõem dependem da circulação de mercadorias e consumidores. Em especial no turismo, afetado frontalmente pela impossibilidade de viagens, reservas e visitações, ação necessária para prevenção ao novo vírus”, ele avaliou.

O estudo da FGV Projetos aponta que o Brasil terá uma queda de 38,9% na atividade turística em 2020, com um Produto Interno Bruto (PIB) do setor de R$ 165,5 bilhões, em que no ano de 2019, o PIB do setor teve um total de R$ 270,8 bilhões.

No entanto, é importante ressaltar que os desafios sempre fizeram parte da vida de quem atua com turismo, já que as atividades da profissão dependem de muitos fatores externos, como ações da própria natureza, que influenciam no trabalho e lucros do setor.

As interferências ocorrem no mundo e não podemos negar que atrapalham o turismo. Seja um terremoto, Tsunami e até mesmo um atentado terrorista conseguem alterar o setor de maneira preocupante. O atentado de 2015, em Paris (França), é um exemplo que resultou na perda de aproximadamente 1,5 milhão de turistas pelo medo do terrorismo no país naquele período.

Diante da recente situação de pandemia e necessidade de isolamento, é importante ver exemplos de alguns países, que convivem com possíveis acontecimentos de tragédias e adotam estratégias para a manutenção de seus serviços. Trata-se da implementação de políticas de governança organizacional, que visam garantir uma resiliência maior para o setor, especialmente durante os momentos de crise.

O nosso vizinho Chile é um bom exemplo no processo de constantes adaptações para a continuidade dos serviços turísticos. O país é rodeado de interferências provocadas pela natureza e, para se adequar, o setor chileno realiza adaptações no seu formato de serviços, como a realização de constantes treinamentos para as equipes responsáveis, banhada com muitas informações aos turistas sobre prevenção e cuidados. Tudo com o objetivo de atender com rapidez o surgimento de novas exigências que possam afetar até mesmo a saúde e vida dos turistas (clientes).

Hoje, por causa da pandemia, o turismo está sofrendo uma modificação estrutural radical no que se refere aos cuidados de serviços sanitários, número de visitantes a determinados lugares e até em relação aos padrões de consumo. Toda a cadeia do setor foi afetada diretamente e, nesse momento, a troca de informações e experiências tem sido a principal ferramenta para a continuidade dos negócios, já que tudo ainda é incipiente e não existe respostas prontas ou fórmulas mágicas para lidar com a situação.

A proatividade é uma característica essencial para lidar no turismo. Trabalhar com estratégias que tragam condições para deixar o setor preparado antes que alguma crise surja, é essencial para as empresas e seus conglomerados de negócios manterem-se ativas.

Não podemos esquecer também que, além do momento atual, o impacto na cadeia de turismo que envolve operadoras, agências de viagens, meios de hospedagem, provedores e atrativos, passarão por muitos desafios no período da pós-pandemia. No entanto, acredita-se que essa retomada dos negócios ocorrerá, de fato, a partir de 2021.

Nesse momento, assim como já fizeram os grandes players do setor, as empresas menores podem utilizar como alternativa a implementação de novas estratégias de gestão dentro de suas próprias casas. Ou seja, trazer inovação nas metodologias da administração cotidiana financeira e no trabalho realizado entre os profissionais envolvidos no turismo. Essa opção tende a otimizar o trabalho e garantir mais flexibilidade nos negócios, principalmente nos momentos desfavoráveis.

A tecnologia pode ser uma das opções para essa mudança organizacional, por oferecer diversos auxílios aos gestores, como soluções de melhores planejamentos de caixa e, principalmente, serviços comerciais que conectam os principais canais de vendas online do setor. A utilização dos meios digitais amplia as opções e trazem mais interatividade com os clientes na escolha das atrações turísticas, por meio da criação de roteiros customizados, que envolve todos os componentes da cadeia de compra, que vai da hospedagem até os transportes.

Não podemos esquecer que o novo comportamento de consumo tem como característica a utilização dos meios digitais para a aquisição de produtos e serviços. Hoje, a valorização de temas como saúde, família, humanização, sustentabilidade, experiência, confiança e hiperconexão são os principais conceitos no momento da escolha dos turistas, assim como na maneira que eles passaram a obter o que buscam.

Em uma visão analítica, é possível dizer que a recente crise tem proporcionado uma mudança importante no pensamento dos responsáveis pelo turismo. Assim como ocorreu a outros setores do comércio, o de viagens deverá acompanhar a maneira de tratar os clientes e parceiros. A utilização dos recursos disponíveis no mercado mundial, seja tecnológico ou estrutural, é uma realidade para manter-se competitivo e estar mais bem preparado para outras crises que possam surgir.

Quando o cenário normalizar, acredito que fazer uma viagem será entre as primeiras vontades que as pessoas irão contemplar, com o objetivo de recompor suas energias diante da intensa batalha que tiveram contra a pandemia. E, para isso, os profissionais de turismo serão muito importantes em oferecer os melhores momentos de tranquilidade, alegria e, principalmente, descanso aos turistas.

Foto: Divulgação.

Adão Cavalheiro é Diretor Comercial de uma empresa turística localizada em Bonito (MS) e com atuação há 16 anos no setor de turismo.

 

 

 

 

 

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Um guia de turismo maneiro de plantão. Além disto, nutricionista, analista de sistemas e estudo Física. Sou bom motorista, entendo um pouco de alimentação, informática, ciências, convivo com acessibilidade de deficientes e autismo.Entre no grupo sobre Turismo para cariocas no Rio de Janeiro! E CONHEÇA O GRUPO RIOTURISTANDO NO WHATSAPP !   Em tempos de pandemia, contaremos a história e curiosidades de pontos turísticos do nosso Rio. Siga esse grupo e não perca!!! Acesse: https://chat.whatsapp.com/CzWIQ1QzD8k6BKcVPKMNgs

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