PORTINARI RAROS: Mostra que oferece um diferenciado olhar à múltipla arte de Candido Portinari chega a Brasília

Flora e Fauna Brasileiras. Créditos: Coleção Roberto Marinho | Coleção Casa Roberto Marinho
Créditos Fotográficos: Pedro Oswaldo Cruz
Núcleo: Fauna

BANCO DO BRASIL E BB ASSET APRESENTAM E PATROCINAM A EXPOSIÇÃO “PORTINARI RAROS”, A PARTIR DE 29 DE AGOSTO, NO CCBB BRASÍLIA

 

 

O CCBB Brasília recebe, a partir de 29 de agosto, a exposição “Portinari Raros”, de Candido Portinari (1903-1962), um dos mais célebres artistas brasileiros de todos os tempos. A mostra híbrida, como bem definiu o curador Marcello Dantas, reúne cerca de 200 obras do artista, no formato físico e digital, sendo algumas pouco vistas e nunca antes expostas para o público. Esta é a última oportunidade para se surpreender com a exposição, que já passou pelo Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e apresenta ao público as múltiplas facetas e linguagens de Portinari.

SOBRE A CONSTRUÇÃO DA MOSTRA: “Associado a certos matizes de cor e a um conteúdo figurativo levemente geométrico, existe um ‘estilo Portinari’ que se fixou no imaginário popular brasileiro. Poucos tiveram a oportunidade de se impressionar com o conjunto de técnicas e linguagens que atravessam a diversidade de sua obra, revelado em imagens tridimensionais, abstratas e realistas.
Para trazer à tona esses aspectos mais raros de sua produção, desenvolvemos alguns eixos, como sua paixão pela fauna e pela flora, imagens de sua infância, seu flerte com a abstração e a fascinação que teve, no final de sua vida, pela imagem simbólica de uma indígena Carajá, além da sua incursão nos palcos, assinando cenários e figurinos para o balé Iara”. (Marcello Dantas – Criador e Curador da Mostra)
PORTINARI TOTAL: A mostra, que ocupará a galeria do 1º andar e o pavilhão de vidro do CCBB Brasília, será composta por diversos núcleos: “Paisagens”, “Fauna”, “Gráfica”, “Cidade Imaginária”, “Cronologia de vida de Portinari”, “A Maria de Portinari”, “Infância”, “Todos por um”, “Projeto Portinari”, “Desenhos”, “Carajá”, “Balé Iara”, “Flores” e “Portinari Imenso”.

 

OBRAS EM DESTAQUE

Entre os muitos trabalhos do artista presentes na mostra, ressaltamos:

# “Baile na roça” (1923), trabalho a ser exposto pela primeira vez em Brasília. Esta é de suma importância na obra do pintor porque foi a primeira tela com temática nacional. Ela foi criada quando Portinari tinha apenas 20 anos e estava estudando na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. O trabalho ficou desaparecido por mais de cinquenta anos, sendo encontrado pelo Projeto Portinari em 1980. “Baile na roça” é um óleo sobre tela com 97 por 134 cm e pertence a uma coleção particular.

Baile na Roça
Óleo / tela
97 x 134cm
(imagem: Projeto Portinari)
Créditos: Coleção Maria Cândida Peixoto Palhares

# As pinturas em óleo sobre tela “Meninos com Balões” (1951), “Jangada e Carcaça” (1940), e “Tempestade” (1943), esta, uma encomenda de Assis Chateaubriand. Ao ver a obra, Chateaubriand quis adquiri-la, mas Portinari explicou que ela já estava reservada para um amigo, prometendo-lhe fazer outra semelhante.

Meninos com Balões
1951
Óleo / tela
26,5 x 45,5 cm
(imagem: Projeto Portinari)

# “O Cemitério” (1955), obra em óleo sobre papel, presente na mostra. É a nona ilustração do livro “A selva”, de Ferreira de Castro, publicação comemorativa dos 25 anos da primeira edição da obra, ilustrada com doze gravuras de Portinari, executadas na Casa Bertrand.

# “A Morte Cavalgando” (1955), a obra se destaca por ser o estudo realizado para o painel “Guerra”, instalado na entrada da Assembleia Geral da ONU, em 1956.

A Morte Cavalgando 1955 Grafite e guache / papel 19,8 x 32,3 cm (imagem: Projeto Portinari) Créditos: Coleção Maria Edina Portinari Núcleo: Fauna

# O painel em óleo sobre madeira “Flora e Fauna Brasileiras” (1934), que tem 1,60m de comprimento, e “Menino Soltando Pipa” (1958), a única cerâmica feita por Portinari ao longo de sua vida.

# Está na mostra uma animação digital com os figurinos criados por Portinari para o Balé Iara, o primeiro balé brasileiro a entrar no circuito internacional. Com a Segunda Guerra Mundial, o Original Ballet Russe, passou a excursionar pelas Américas e procurou enriquecer seu repertório, incorporando concepções arrojadas e modernistas de importantes artistas locais. Desta forma, o argumento foi encomendado ao poeta Guilherme de Almeida; a música ao maestro Francisco Mignone e os cenários e figurinos a Portinari.

 

PORTINARI ATEMPORAL:

“Ao se debruçar sobre sua trajetória, descobre-se o domínio de um artista que se desafiou a entender a arquitetura da pintura de forma profunda e eloquente, e que usava o desenho como uma espécie de porto sobre o qual suas cores poderiam pousar. Seu desejo popular, a imersão em seus murais, a música que dialoga com o movimento insinuado em seus quadros já sugeria, desde sempre, uma experiência multidisciplinar”, analisa Marcello Dantas.

Em dois distintos espaços desenvolvidos para a mostra, as observações do curador poderão ser vivenciadas pelo público visitante. A saber:

# A apresentação “Portinari Imenso”, ocupa o Pavilhão de vidro, oferecendo ao visitante uma experiência imersiva única pelas pinturas de Portinari, acompanhada de trilha sonora original que é de autoria do Cacá Machado e desenvolvida através de quatro módulos temáticos do universo estético do artista: Brasil, Guerra e Paz, Infância e Arte Sacra.

# A criação de atrações voltadas ao pensamento e à vida de Candido Portinari, como uma experiência que traz um quebra-cabeças junto a depoimentos de amigos do pintor e uma seção dedicada, à sua mulher e companheira de vida, Maria.

João Cândido Portinari. Foto: Divulgação.

A vasta obra de Candido Portinari reflete o êxito de um artista que triunfou por ser original. A exposição “Portinari Raros” apresenta ainda a maquete de uma “cidade imaginária”, com modelos de edifícios famosos no Brasil e no mundo que abrigam obras desse artista plural.

João Candido Portinari, fundador e diretor-geral do Projeto Portinari, destaca que “uma exposição desta natureza, e com esta abrangência, não seria possível sem os 44 anos de trabalho do Projeto Portinari, que além de cooperar com seu parceiro de longa data, o curador Marcello Dantas, na seleção das obras, no universo de seu banco de dados que cruza 5.400 obras com 30 mil documentos, forneceu-lhe também suas fichas técnicas, e demais informações sobre elas, além dos arquivos em alta resolução que permitiram a realização de projeções monumentais das obras, além de conseguir o empréstimo de algumas obras capitais, como o Baile na Roça citado acima”.

Aroldo Medeiros, diretor-presidente da BB Asset, co-patrocinadora da mostra, diz que a gestora de fundos do Banco do Brasil contribui para uma sociedade mais inclusiva e participativa ao investir em cultura. “Acreditamos que cultura e arte geram valor para a sociedade. Estamos felizes em incentivar a exposição de um artista brasileiro tão versátil e relevante como Cândido Portinari”.

 

SOBRE O PROJETO PORTINARI

Fundado há 44 anos por João Candido Portinari, único filho do pintor, o Projeto Portinari tem como objetivos, além do resgate abrangente e minucioso da vida e da obra de Candido Portinari, gravar a obra do artista na busca da nossa identidade cultural e consolidação da nossa memória nacional. Não menos importante mobilizar a grande mensagem pictórica, ética e humanista de Portinari na promoção de valores mais atuais do que nunca, como a não violência, a justiça social, fraternidade entre os povos e o respeito à dignidade da vida. O projeto tem, ainda, uma ampla e importante contribuição sociocultural, buscando uma melhor compreensão do processo histórico-cultural brasileiro.

Através de um intenso trabalho de pesquisa, organização e digitalização de imagens, o projeto já catalogou mais de 5.300 pinturas, desenhos e gravuras; mais de 25 mil documentos sobre sua obra e vida; mais de 6 mil cartas, além de fotografias, filmes, recortes; mais de 10 mil publicações; mais de 70 depoimentos, totalizando 130 horas gravadas, de artistas, intelectuais e personalidades de seu tempo, realizou pesquisa de autenticidade das obras (Projeto Pincelada), além da publicação do Catálogo Raisonné “Candido Portinari – Obra Completa”, primeira publicação dessa natureza na América Latina.

 

Sobre o CCBB Brasília

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 outubro de 2000, após uma grande reforma de adaptação do Edifício Tancredo Neves, com o objetivo de reunir em um só lugar todas as formas de demonstração de arte e criatividade possíveis, para levá-las ao público da capital.

O edifício Presidente Tancredo Neves faz parte de um conjunto de obras arquitetônicas assinadas por Oscar Niemeyer. Com o seu imenso projeto paisagístico, idealizado por Alda Rabello Cunha, o prédio conta com amplos espaços de convivência, café, restaurante, galerias, sala de cinema, teatro, salas multiuso, jardins e uma praça central para eventos abertos, onde são realizados shows, espetáculos e performances.

 

SERVIÇO

MOSTRA “PORTINARI RAROS

De 29 de agosto de 2022 a 5 de novembro de 2023
Horário | todos os dias, das 09h às 21h, exceto às segundas
Endereço | SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul – Brasília – DF
Entrada gratuita. Consultar bilheteria ou através do site
www.bb.com.br/cultura
Classificação indicativa |livre

Para mais informações

Fone: (61) 3108-7600
E-mail: ccbbdf@bb.com.br
Site/ bb.com.br/cultura

Facebook: ccbb.brasilia
Twitter:  @ccbb_df
Instagram: @ccbbbrasilia
Youtube: Bancodobrasil

 

 

 

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Redação do Portal ArteCult.com.   Expediente: de Seg a Sex - Horário Comercial.   E-mail para Divulgação Artística: divulgacao@artecult.com.   Fundador e Editor Geral: Raphael Gomide.  

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