
PL&M. Foto de Gustavo Stephan (@gustavostephanfotografia)
Com um septeto de cantores-instrumentistas profundamente influenciados pelas eternas canções dos Beatles e do Clube da Esquina, o espetáculo celebra e revive a interseção singular entre os repertórios do quarteto de Liverpool e do movimento nascido em Belo Horizonte.
Desde a sua estreia, em abril de 2017, e com mais de 100 apresentações, o PL&M (@para.lennon.e.mccartney) lotou casas como Teatro Rival, Imperator, Teatro Riachuelo Rio, Teatro Claro Rio, Centro da Música Carioca Artur da Távola, Teatro Casa Grande, Cidade das Artes, Teatro Adolpho Bloch, Dolores Club e Blue Note Rio, além do Cine Theatro Brasil, em Belo Horizonte, o Teatro Paschoal Carlos Magno, em Juiz de Fora, o Teatro Santa Cecília, em Petrópolis, o Teatro Gacemss, em Volta Redonda e o Teatro Claro SP, na capital paulista. Fez, ainda, temporadas na Casa de Cultura Laura Alvim, Sala Baden Powell, Teatro Café Pequeno e Parque das Ruínas.

Fotos de Gustavo Stephan
Agora o grupo se apresentará nos dias 17 e 18 de abril , às 20h, no Teatro Brigitte Blair (@teatrobrigitteblair), no Rio de Janeiro!
Confira o convite de Sérgio Sansão:
Em sete shows, o PL&M recebeu a participação especial de Márcio Borges, um dos criadores do movimento e grande letrista do Clube da Esquina.
Respeitando os arranjos originais e as referências históricas do período, o espetáculo prima pela qualidade musical e revela a fluida conexão entre a música do Clube da Esquina e dos Beatles. Para além do repertório, há depoimentos, causos e histórias envolvendo os homenageados de Liverpool e das Gerais.
A influência dos Fab Four na obra de MiltonNascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Márcio Borges, Toninho Horta, Fernando Brant, Flávio Venturini, Ronaldo Bastos, entre outros, é direta e marcante. Entre as várias regravações, temas, trechos e títulos, é de saltar aos ouvidos a quantidade de citações melódicas e harmônicas presentes no cancioneiro dos talentosos mineiros, que, sem perder a originalidade, fazem coro e se inspiram nas geniais criações de John, Paul, George e Ringo.
No palco, Deco Fiori (voz, violão e mandolin), Dudi Baratz (voz, baixo e guitarra), Sérgio Sansão (voz e percussão), Lourival Franco (teclados), João Freire (violões e voz), Hugo Belfort (guitarra) e Marcelo Vig (bateria).
No repertório, canções como Nuvem Cigana, Fé Cega, Faca Amolada, Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, While My Guitar Gently Weeps, O Trem Azul, Something, Clube da Esquina, Feira Moderna, Get Back, Paisagem da Janela, Penny Lane, Roupa Nova, Day Tripper, Nada Será Como Antes, entre outros sucessos.
Entrevista com os músicos do espetáculo PL&M – Para Lennon & McCartney


Foto de Gustavo Stephan
(Para Deco Fiori – voz, violão e mandolin)
Como cantor e instrumentista, como você enxerga o desafio de interpretar tanto os vocais suaves e melódicos do Clube da Esquina quanto a energia dos Beatles, respeitando a essência de cada um?
Deco Fiori: “Pra responder essa pergunta eu penso logo naquilo que é a essência do próprio show, que é ser extremamente respeitoso e reverente às características de ambos os repertórios, sem precisar recorrer à imitação, ao “cover”.
Então, nesse contexto, eu me vejo colocando meu timbre de voz, minha maneira de cantar e minha personalidade musical – ora com mais energia, ora com mais suavidade – sempre a serviço da busca de um resultado que combine com as criações e execuções dos Beatles e do pessoal do “Clube”, mas que não soe como uma cópia.
Essa identidade própria que eu e todos os integrantes procuramos imprimir acaba dando ao nosso Para Lennon & McCartney um caráter original, quase autoral, que, com o devido respeito e reverência, se torna o grande barato dessa viagem musical!”
(Para Dudi Baratz – voz, baixo e guitarra)
Os baixos de Paul McCartney e os grooves do Clube da Esquina têm identidades muito marcantes. Como você trabalhou esses contrastes e semelhanças na construção das linhas do show?
Dudi Baratz: “É muito dificil a sonoridade de uma banda no palco soar igual a de um disco.
Ainda mais quando falamos de sons de uma época (no caso do Clube, os anos 70, e dos Beatles, os 60) em que os instrumentos e efeitos sao bem diferentes dos de hoje.
Para montar os arranjos do show, tudo foi feito muito de forma intuitiva respeitando a musicalidade de cada um do grupo e claro tentando introduzir nos arranjos inspiraçoes, menções aos arranjos originais.
No caso dos baixos do Clube foram todos feitos basicamente pelo Toninho, Beto e Luiz Alves. Então procurei entender as linhas que eles fizeram e pus um pouco da minha bagagem. O mesmo fiz com as linhas do Paul.”
(Para Sérgio Sansão – voz e percussão)
A percussão dá alma a muitas das músicas do Clube da Esquina. Como foi adaptar essa sensibilidade para criar diálogos rítmicos com as canções dos Beatles no espetáculo?
Sérgio Sansão: “A presença de elementos de percussão nos nossos arranjos, que passeiam entre canções desses dois repertórios, muitas vezes servem como um elemento em comum, que permanece, que mantém um padrão rítmico, um timbre. Um elemento que se mantém e atravessa de uma canção para outra. Um elo. Pequenos elementos, que teriam uma presença originalmente sutil nos arranjos originais das canções, podem passar a desempenhar um papel de sustentação estrutural nos mashups que criamos.”
(Para Lourival Franco – teclados)
Os pianos e teclados são fundamentais nos dois repertórios. Como você pensou os timbres e as atmosferas sonoras para transitar entre Beatles e Clube sem quebrar a unidade do show?
Lourival Franco: “Unidade sonora é sempre a maior preocupação em qualquer projeto, e a resposta neste caso me parece muito clara. O piano acústico é o principal instrumento que conecta estes repertórios, seja em “Girassol da Cor do Seu Cabelo”, tocado originalmente pelo próprio compositor Lô Borges, ou “The Long and Winding Road” executado pelo também compositor Paul McCartney, que agregam personalidade ao repertório. Além disso, somam-se outros teclados de músicos virtuoses como Wagner Tiso, Billy Preston, Telo Borges e o próprio produtor dos Beatles, George Martin. Temos ainda os arranjos de orquestra, como em “Penny Lane” e “Nuvem Cigana” que criam mais uma camada de complexidade e beleza. Fazer isso tudo com alegria, leveza e respeitando as composições é o real desafio deste espetáculo.”
(Para João Freire – violões e voz)
Você poderia comentar sobre como as harmonias e afinações presentes no Clube da Esquina dialogam com as composições dos Beatles? Existe um ponto de encontro musical que você destacaria?
João Freire: “As harmonias do Clube da Esquina dialogam profundamente com as dos Beatles, especialmente na ousadia harmônica e na liberdade de construção melódica – claro, cada uma com suas particularidades né. Os mineiros fazem muito mais uso de tensões harmônicas, acordes suspensos etc.
Não existe um só ponto de encontro musical. As harmonias constituem o ponto mais forte, com certeza, e isso é o mais fácil de mostrar também: vide nossas junções de O Trem Azul com Something e Um Girassol do Seu Cabelo com While My Guitar Gently Weeps. No entanto, às vezes pegamos inspiração na semelhança das letras, do ritmo, ou da melodia!
Na verdade, eu acho que o grande lance desse nosso show é enxergar como o pessoal do Clube se inspirou nos Beatles, adicionando o toque de “mágica” melódica brasileira e pitadas de Jazz – vindas principalmente do Milton e do Toninho – e de MPB no geral. É dessa mistura que o espetáculo se alimenta!”
(Para Hugo Belfort – guitarra)
As guitarras de George Harrison e os riffs marcantes dos mineiros formam um mosaico sonoro único. Qual música te emociona mais tocar e por quê?
Hugo Belfort: “Tive o privilégio de assistir esse espetáculo enquanto público, pelo convite do meu amigo e, até então, guitarrista do projeto, João Freire. Dali pude perceber o quanto esse show mexe com as nossas emoções. Isso muito tem a ver com a potência das canções dos Beatles, e as dos nossos mineiros do Clube. Mas tinha algo além disso: a verdade com que cada integrante do PL&M se expressava ali no palco. Dava pra sentir a todo instante a profunda conexão e o respeito com que tratavam aquele repertório.
Agora, já ao lado deles nos palcos, diria que é muito difícil eleger a música que mais me emociona ao tocar. Cada show tem um estado emocional diferente. Gosto muito de “Manuel, O Audaz”. A gravação original tem um solo genial de Pat Metheny (que se tornou guitarrista por causa dos Beatles), inspirado no próprio Toninho Horta.
Tem também o momento em que tocamos “While My Guitar Gently Weeps”, que é sempre muito especial. A canção de George, os solos do Clapton, misturados à canção de Lô (Um Girassol da Cor do Seu Cabelo) formam uma fonte de inspiração inesgotável para qualquer músico.”
(Para Marcelo Vig – bateria)
A bateria conduz a dinâmica do espetáculo. Como você equilibra a potência do rock britânico com a delicadeza e a riqueza rítmica da música mineira?
Marcelo Vig: “Os repertórios são muito próximos e contém tanto a intensidade quanto a poesia. Isso facilita muito a interpretação dos ritmos. As dinâmicas se tornam a parte mais desafiadora e divertida para tocar.
Em resumo, com um repertório especial como este, é sempre um momento especial estar no palco!”
Confira abaixo entrevista do PL&M para o Canal Curta!
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Foto de Gustavo Stephan
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SERVIÇO
PARA LENNON & MCCARTNEY: Os Beatles e o Clube da Esquina
- Quando: dias 17 e 18/04/25, às 20h
- Onde: Teatro Brigitte Blair. Rua Miguel Lemos 51h – Copacabana – Rio de Janeiro (RJ).
- Ingressos : Vendas pela plataforma Sympla em https://bileto.sympla.com.br/event/103639
- Classificação etária – 10 anos

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