Pachinko, um romance histórico sofrido, imperdível e impecável

“A história falhou conosco, mas não importa.”

É com essa frase que a autora abre esse romance fantástico, o que já jogou minhas expectativas lá em cima. Pachinko é um livro que recebi através do extinto clube de leitura Intrínsecos e, mesmo conhecendo muito pouco do contexto histórico da trama, logo me vi completamente mergulhada naquela realidade.

Em Pachinko, o leitor acompanha a vida e as histórias de quatro gerações de uma família constituída por pessoas de origem coreana vivendo no Japão no início do século XX, época em que a Coréia era uma só e estava sob o domínio japonês. A narrativa se desenrola até o final do século, acompanha as transformações políticas da região e como elas interferem (ou não) na vida de pessoas que vivem em uma condição quase apátrida, sem uma cidadania definida e sem um lugar de retorno.

A autora Min Jin Lee, estadunidense de origem sul-coreana, entrega um livro que fala de miséria, de guerra, de condição feminina, de família, de racismo, de pertencimento, de identidade e de muitas outras coisas. Mais do que isso, ao nos falar sobre a vida dessas pessoas, a autora nos apresenta uma história pouco conhecida, pouco abordada e que merece toda atenção.

Na segunda metade,  comecei a enrolar porque eu não queria que acabasse. E não queria deixar de saber o que iria acontecer com aqueles personagens.

Pachinko é um livraço imperdível!

Edição do clube Intrínsecos de Pachinko

SERVIÇO

  • Título: Pachinko
  • Autora: Min Jin Lee
  • Editora: Intrínseca (2020)
  • Páginas: 528

 

Author

Eu me chamo Tais Brito, sou professora de história e tenho um doutorado nessa mesma área. Sendo uma pessoa inquieta e extremamente curiosa, os livros me permitem ir a todos os lugares e conhecer todo o tipo de coisas. Nas horas vagas, eu gosto de falar sobre esporte, viagens e, claro, literatura.

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