Se você pode andar, você pode dançar.
Se você pode falar, você pode cantar.
Provérbio africano.
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OMBELA © Renato Mangolin
Nascido da fábula contada no livro infantil homônimo do autor angolano Ondjaki, Ombela – A Origem das Chuvas conta a histo?ria de uma deusa menina, africana, a deusa das chuvas, que começa a questionar a origem de suas lágrimas. Seu pai lhe explica que todas as emoço?es fazem parte da evoluc?a?o, ate? mesmo dos deuses. O que ela na?o sabe e? que suas la?grimas da?o origem aos nossos mares e rios e, a partir dessa informação, as perguntas começam a desenvolver uma trama sensível e inusitada. Curiosa e inquieta Ombela decide partir do Orum ate? o Aye?, Ce?u e Terra em yoruba, no futuro, em outro tempo.
Em sua viagem encontra divindades africanas que trazem muitos ensinamentos. Junto com a sua insepara?vel amiga ra?, ela descobre a importa?ncia da chuva e das suas emoções, e divide com seu pai e com o público tudo o que aprendeu em sua jornada.
Ombela – A Origem das Chuvas estreia dia 31 de agosto, às 16h, no Centro Cultural Oi Futuro, no Flamengo. Com direção de Arlindo Lopes, a adaptação para o musical é assinada por Mariana Jaspe e Ricardo Gomes, que, junto à linguagem circense da lira e roda cyr desenvolvida pela acrobata Deborah Motta, mistura a história com o espaço cênico criado por Teca Fichinski a partir de tecidos, plásticos e papéis reciclados norteados pela temática de preservação do meio ambiente.
Ao lado dos bonecos criados por Bruno Dante, seis atrizes e atores contam, através de canções inéditas, a história dessa pequena deusa que na mitologia tem o nome da chuva em Umbundu. “Assim como fiz com a história cultural da Índia, no espetáculo As Aventuras do Menino Iogue, estou trazendo para o palco, através de bonecos, imagens oníricas, instrumentos e máscaras de papel machê das tribos Senufo, Baoule, Fang, Kwele e BaKongo (assinados pela artista plástica Carol W) um pouco da cultura africana, que é tão presente na nossa”, explica o diretor.
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OMBELA © Renato Mangolin
A trilha sonora e direção musical são assinadas por Maria Clara Valle e Jonas Hocherman Correa. Fruto de uma imersão na música brasileira, com o olhar voltado para a sua herança africana, o musical infantil celebra a união dessas duas culturas, que tanto se irmanam. A partir desse diálogo intercultural, o tambor foi colocado como o centro de todas as composições, que se inspiram em seus toques.
Dividindo o palco com os atores Barbara Sut, Bukassa Kabengele, Mariana Sancar, Marília Lopes, Renata Vilela e Orlando Caldeira, o musical apresenta o violão de sete cordas de Samara Líbano, as flautas, percussões e voz de PC Castilho e os tambores e voz de Mayombe Masai. Para traduzir e sonorizar essa jornada pelo Aye são utilizados instrumentos não convencionais como concha, bacia de água, garrafas e chocalhos construídos especialmente para a peça. As letras das canções foram escritas por Ondjaki, autor do livro, além de receberem a preciosa contribuição das atrizes e musicistas Marília Lopes, Mariana Sancar e do ator e músico Bukassa Kabengele.
A colaboração artística e preparação vocal da atriz e cantora Soraya Ravenle se fundem em harmonia com a direção de movimento e coreografias construídas por Gleide Cambria, especialista em danças de matriz africana e danças afro-brasileiras. Os figurinos de Tereza Nabuco, desenhados com o conceito da África e tecidos originalmente do continente são realçados pela poesia da luz de Paulo César Medeiros que completa esse espetáculo.
Ombela – A Origem das Chuvas é um espetáculo lúdico que mistura teatro e música e promete encantar crianças e adultos. Ombela tem patrocínio da Oi Futuro através do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com apoio cultural do Oi Futuro. A primeira temporada do espetáculo será realizada de 31 de agosto a 20 de outubro de 2019, no teatro do Centro Cultural Oi Futuro (Flamengo). Será um total de 16 apresentações, que acontecem sempre aos sábados e domingos, às 16h.
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OMBELA © Renato Mangolin
SERVIÇO:
Centro Cultural Oi Futuro
De 31 de agosto a 20 de outubro
Sábados e domingos, 16h
Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo (próximo ao Metrô Largo do Machado)
Infos: (21) 3131-3060
Ingressos na bilheteria ou pelo site: www.ticketplanet.com.br
R$20 e R$10
Ficha Técnica:
OMBELA – A Origem das Chuvas, de Ondjaki
Adaptação: Mariana Jaspe e Ricardo Gomes
Diretor artístico: Arlindo Lopes
Elenco: Barbara Sut, Bukassa Kabengele, Mariana Sanacar, Marília Lopes, Orlando Caldeira e Renata Vilela.
Direção musical: Jonas Hocherman Correa e Maria Clara Valle
Composições originais: Ondjaki, Jonas Hocherman e Maria Clara Valle
Assistente de direção: Marina Martins
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Cenário: Teca Fischinski
Figurinos: Tereza Nabuco
Visagismo e Adereços: Carol W
Bonecos: Bruno Dante
Preparação Vocal e Colaboração artística: Soraya Ravenle
Direção de Movimento, preparação corporal e coreografias: Gleide Cambria
Coreografia Hip-hop: Mac Rodrigues, Michell Baes e Robert Rodrigues
Preparação circense: Deborah Motta
Pesquisa: Vilma Piedade
Programadora visual: Anna Cunha
Designer Gráfico: Gilberto Filho
Direção de Produção: Joana D Aguiar
Gestão e administração: Iuri Carvalho e Joana D Aguiar
Assessoria de Imprensa: Lu Nabuco Assessoria em Comunicação
Realização: Sopro Escritório de Cultura e Pássaro Azul Produções Culturais
Sobre o diretor:
Arlindo Lopes_ Formado pela Cal, em 1999, estreou profissionalmente no espetáculo “Um Homem Chamado Shakespeare” adaptado e dirigido pela crítica teatral Bárbara Heliodora. Atuou nas peças “Fausto Gastrônomo”, “Transpotting” – vencedor do Prêmio Shell de Melhor Direção, “Laranja Mecânica”, “Marat-Sade”, “Alice Através do Espelho”, “Cauby! Cauby!” e “O Jardim Secreto” recebendo por esse último a indicação ao Prêmio Zilka Sallaberry de Melhor Ator em 2014. Produziu e atuou no musical infanto-juvenil “A Ver Estrelas” com texto e direção de João Falcão, vencedor do Prêmio Zilka Sallaberry de Melhor Direção em 2009. Idealizou o projeto de montagem de “Ensina-me a Viver”, em que atuou com Glória Menezes. Por este trabalho recebeu o Prêmio Arte Qualidade Brasil de Melhor Ator Drama e o Prêmio APTR de Melhor Produção ambos em 2008. Em 2015 dirigiu o espetáculo infantil “As Aventuras do Menino Iogue, vencedor de vários prêmios, inclusive de melhor direção.