Trabalho em tempo de crise

como-se-preparar-para-a-crise-de-2016Estamos vivendo tempos muito difíceis em nosso país. A crise e suas conseqüências tornaram-se temas frequentes em toda parte. Podemos abordar esse assunto de diferentes maneiras. Aqui, vamos tratar de apenas uma: o impacto da crise nas oportunidades de trabalho e como lidar com isso.

O trabalho tem grande importância na vida do ser humano. É fonte de realização (…ou deveria ser!…) e é fonte de recursos para cumprimento dos compromissos da vida adulta. Ficar sem trabalho, em geral, causa muita angústia.

No cenário atual, observamos uma redução das oportunidades, enquanto, simultaneamente, aumenta de forma acelerada o número de pessoas em busca de trabalho. Nada agradável constatar isso, porém, encarar  a realidade já é um grande passo para resolver o que nos afeta.

Como lidar com isso? Como nos destacarmos em um momento como esse? Como ter um diferencial?

Primeiro, vale lembrar que as pessoas não reagem da mesma maneira diante de uma situação de maior desequilíbrio, que chamamos aqui de crise ou adversidade. Paul Stoltz, pesquisador norte-americano, dedicou-se a estudar esse assunto e tem dado uma contribuição importante para encontrarmos meios de lidar construtivamente com essas situações.

Stoltz começou analisando o fato de que algumas pessoas lidavam de tal forma com a adversidade que saíam beneficiadas dessas situações, e que isso não dependia de um alto nível de inteligência. Em outras palavras, até mesmo pessoas muito inteligentes e altamente capacitadas poderiam fracassar diante da crise.

Seus estudos revelaram que, dependendo da maneira de lidar com a adversidade, podemos considerar três grupos:

Crise1) As pessoas que são “movidas a desafios”, que estão conscientes do grau de dificuldade, mas que a enfrentam e enxergam oportunidades onde ninguém mais está vendo. Essas têm sucesso.

2) Aquelas que, diante da crise, ficam “em cima do muro” e continuam fazendo o que sempre fizeram, de maneira quase mecânica. Essas são a grande maioria e nem sempre sobrevivem.

3) Aquelas que paralisam totalmente, acreditam que não há nada a fazer e, não raro, dedicam-se a contagiar negativamente as outras pessoas. Essas, em geral, são “engolidas” ou regridem.

Os estudos de Stoltz confirmam que a inteligência e a capacidade de cada indivíduo só são plenamente acessadas se não houverem barreiras ocasionadas por fatores emocionais. É só nos lembrarmos de experiências do dia-a-dia. Quantas vezes já vivenciamos situações do tipo: “Fiquei com tanto medo que respondi o que não devia.” “Eu estava com tanta raiva que nem enxerguei o que estava na minha frente.” E por aí vai.

Estamos falando, então, de competências emocionais. E o que fazer?

Antes de mais nada, é imprescindível a pessoa decidir se quer mesmo investir na mudança, na maneira de lidar com as emoções. Não se trata de eliminá-las! Não somos robôs! Trata-se, sim, de dominá-las e não permitir que as emoções negativas possam trazer prejuízos.

crise-oportunidadeDecidido isso, é empreender a jornada! Se a pessoa tiver dificuldade para realizar essa mudança, esta poderá ser feita através de um processo de coaching, (como o Coaching da Adversidade), visando identificar e maximizar suas competências, elaborar e implementar seu plano de ação, buscar ideias inovadoras e criar seu diferencial.

Se nossa atitude diante da adversidade for: “Crise é um cenário diferente que exige atitudes diferentes”,  essa experiência poderá servir para revelar o que há de melhor em nós!

Até Breve!

Luci Balthazar
ProMover – Núcleo de Psicologia do Trabalho


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Author

Luci Endson Balthazar é psicóloga, com especialização em Psicossomática e em Psicologia Organizacional e do Trabalho e Mestrado realizado nos Estados Unidos, reconhecido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com ênfase em Psicologia do Trabalho. Ela é proprietária da ProMover (ProMoverPsi.com.br) que possui um serviço diferenciado de coaching e desenvolvimento profissional, o "ProMover Você".