Simplicidade, divertido e leve são palavras que definem bem o filme O Palestrante, comédia dirigida por Marcelo Antunez (Até que a Sorte nos Separe 3: A Falência Final), protagonizada por Fábio Porchat e com elenco composto por diversos outros grandes nomes do humor brasileiro, que ajudam na construção do filme.
Quando tratamos da comédia em si que esse filme carrega, os melhores momentos sem dúvida, as de altas risadas, são quando os personagens estão em conjunto ou no mínimo em dupla. O primeiro ato em que Guilherme (Porchat) tem diversos momentos cômicos que vão de piadas propositalmente inadequadas até no humor pastelão, que são forçadas, exageradas, que não tem graça, contudo, o ritmo dá uma grande mudada depois que o Guilherme decide mudar suas atitudes e se passar por um palestrante motivacional. Assim, acaba conhecendo Denise (Dani Calabresa) e seus funcionários, pois ela é dona da empresa que contratou seus supostos serviços, sem saber sua real identidade. É a partir desse ponto que o público começa a apreciar melhor o filme por conta do humor em conjunto. Além de Dani, o elenco ainda conta com Miá Mello, Paulo Vieira e Otávio Muller que, juntos, proporcionam os momentos mais engraçados e espontâneos do filme.
Além da comédia escrachada, O Palestrante tem como o subgênero o romance, bem presente no ritmo e refletido fortemente na relação entre Guilherme e Denise, cuja química na tela, devido à amizade dos dois humoristas, está muito boa. Além disso, a forma como o roteiro desenvolve esse relacionamento não apela para o piegas ou mais do mesmo, até mesmo no que se espera ver em uma comédia romântica. Ao invés disso, a direção brinca com o genérico, acrescentando um leve toque de humor para predominar o gênero principal do filme, usando o romance entre eles como um arco que ajuda no desenvolvimento da história.
Assim como o relacionamento entre Guilherme e Dani, outros arcos criados também têm importância e relevância para manter a estrutura narrativa de forma crescente e dão continuidade na mentira de Guilherme a ponto de ficar descontrolada, que perde diversas chances de esclarecer a verdade, como no caso em que envolve o personagem de Antonio Tabet, que a início parece ser o típico personagem que é o primeiro a descobrir o segredo do protagonista e tirar vantagem disso em troca do seu silêncio, mas que acaba apoiando a decisão de Guilherme, e até o incentiva até um certo ponto. Mas também existem arcos que proporcionam ótimas situações cômicas, tais como os que envolve os personagens de Rodrigo Pandolfo e Maria Clara Gueiros, que pouco têm envolvimento na trama principal e, se tirados do filme, isso não mudaria em nada a trajetória e destino do protagonista, um arco mais usado para tapar lacunas no roteiro, que provocar algum impacto que possa piorar ainda mais a situação de Guilherme.
Apesar de não ser o foco ou a intenção principal do diretor ou dos roteiristas, o filme brinca de forma irônica com a questão de ser um coaching motivacional, colocando o protagonista nessa situação, sendo que está na pior fase da vida e ainda é obrigado a motivar um grupo de pessoas por conta da confusão que criou para si. Apesar de não saber nada como orientar alguém, até consegue resultados positivos e produtivos, mesmo sendo alguém que se encontra numa situação pior e que não tem nenhuma especialidade sobre em ser um coach.
Confira o trailer
O Palestrante é o típico filme leve e divertido, que consegue arrancar boas risadas e ainda tem uma história criativa, brincando ainda com o conceito de ser um coaching motivacional. Além disso, conquista nossa empatia pelo carisma de Fábio Porchat, Dani Calabresa e de todo o elenco humorístico.
NOTA: 6,5
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