Os dois longas “O Espaço entre Nós” e “Vida”, são de gêneros diferente, o primeiro uma mistura de drama teen com Sci-fi, e o segundo um thriller também com SCI-FI, mas tratam do mesmo assunto, a vida em Marte, um tema que vem sido abordado com muita frequência no cinema,dentro do universo espacial.
No primeiro filme temos a história de uma missão para colonizar Marte, onde uma das astronautas comente um descuido e acaba indo grávida para a missão. A mãe morre no parto e o menino é obrigado pela NASA a ficar escondido em Marte, junto dos outros cientistas, a fim de não comprometer a missão e também porque seu corpo não aguenta a atmosfera da Terra por muito tempo.
Depois de 16 anos seu desejo de ir para a Terra é ainda maior, não só para descobrir sobre o seu passado, mas também por conta de um amor, com uma adolescente com quem se corresponde pela Internet.
Acaba que depois de várias tentativas ele consegue vir para a Terra e foge da instalação da NASA, para um jornada em busca de Tulsa (Britt Robertson), seu grande amor.
Quando ele a encontra, os dois começam uma linda jornada, cheia de descobertas e amor, em busca do pai de Gardner (Asa Butterfield). Durante todo o tempo fica claro que Gardner não pertence a este mundo e não pode mais permanecer aqui.
Mesmo contando com bons atores, como Carla Gugino e Gary Oldman, a trama teen não teve uma aceitação muito grande, principalmente aqui no Brasil, parece que Gardner realmente teve um grande espaço vazio no cinema.
A mistura de romance e sci-fi não convenceu muito bem ao público, creio que por não atingir especificamente nenhum dos estilos, e sim ficar variando entre eles, porém conta com uma fotografia simples mas, totalmente detalhista, principalmente na atmosfera em Marte.
No segundo filme em questão, um grupo de seis astronautas, que estão em uma estação espacial, conseguem coletar amostras vindas de Marte, e nela eles acabam encontrando um organismo que é apenas uma célula microscópica simples – o que é um grande avanço. O acontecimento causa uma grande comoção na Terra, a ponto de crianças darem um nome ao organismo: Calvin. Tudo estava indo muito bem para todos os astronautas, até que Calvin, depois de ser submetido a vários procedimentos e estímulos, começa a agir de forma agressiva e isso gera muitos conflitos, já que o organismo, é praticamente indestrutível, forte, inteligente e com um grande instinto para continuar vivo e evoluindo rapidamente. A estação vira um grande campo de batalha onde o grande prêmio é a sobrevivência.
Um filme que não segue o roteiro dos clássicos SCI-FI ou aqueles filmes de Terror, em que todos morrem e ninguém entende nada, conta com um grande elenco como ,Jake Gyllenhaal, Ryan Reynolds e Rebecca Ferguson. Podemos destacar também falas bem simples e boas explicações sobre os termos técnicos. Uma fotografia limpa e muito bem feita, algumas partes mais emotivas, para dar uma acalmada no clima de tensão, presente em quase 80% do longa. A palavra clichê realmente não pode ser mencionada em nenhum momento no roteiro, nem mesmo no final da trama, que nos deixa com um gosto de quero mais, e a “quase” certeza de uma continuação.
Com os dois filmes, podemos concluir que não existe vida sem luta, seja em uma busca cheia de amor ou em uma grande luta para sobreviver, e mesmo com abordagens diferente, visualizamos o grande desejo em procurar a vida em outro planeta ou galáxia, porém sempre acabamos invadindo o espaço de outros seres, assim como fazemos aqui com a natureza e os animais da Terra. “A curiosidade supera o medo”, frase dita também em um dos filmes, serve muito bem para os dois longas, seja pela curiosidade do passado, do amor, ou de algo novo, o medo acaba indo para o vácuo e a coragem preenche todo o espaço.
Tenho certeza que sua reflexão sobre a vida será ainda maior depois de assistir esses dois filmes. Vai lá, assista e depois volta aqui para me contar o que achou, só cuidado para não se perder no espaço ou em Marte !
(mas aí já é um outro filme…)