A canção inédita é um desabafo do cantor e compositor mineiro e integra seu álbum de estreia, “Sentado No Céu”.
O cantor e compositor mineiro Nathan Itaborahy apresenta hoje, 12/6, o segundo single de seu álbum de estreia, “Sentado no Céu”, com lançamento previsto para julho, pela Tratore. “Solta” é uma canção inédita de Nathan, com a participação especial de sua namorada, a cantora Clara Castro. A faixa é considerada o primeiro ‘respiro’ do disco e nasceu para trazer um pouco de paz em um momento de tormenta pós-eleição 2018, onde o país estava totalmente polarizado.
“Sentia naquele momento uma preguiça social, uma descrença no homem e no diálogo. Novamente a cidade de fundo, como irmã, cúmplice do nosso recolhimento ‘pós vento’, mas convidando também a viver, a seguir o barco.”, explica o cantautor mineiro.
A música contou com a percussão do músico Chico Cabral, tocando tabla indiana, a viola caipira de Gustavo Duarte e vozes e contracantos de Clara Castro, que falou um pouco do processo de gravação da faixa: “Minha participação em ‘Solta’ foi um convite feito pelo Nathan pouco tempo depois da gravação da base instrumental do álbum ‘Sentado no Céu’. A cada nova camada a música ia pedindo novos elementos e sentimos que eu poderia reforçar o recado da música, afinal fala um pouco sobre nós dois, sobre um convite para a gente sair e enfrentar juntos o delicado momento do país.”, revela a cantora.
“Chegamos em um lugar meio misterioso com o som, em que as texturas se engendram numa sonoridade bem interessante. “, diz Nathan.
Recentemente, Nathan lançou a música “Macaco Véio”, em todas as plataformas digitais. Primeiro single de seu novo trabalho, a canção fala sobre a existência dos contrastes e oposições nas personalidades das pessoas. “A música fala um pouco sobre o nosso lado louco, nosso alter ego descabido na figura do macaco; as feras que nos habitam e que vivem brigando com o lado disciplinado e aplicado. “, explica.
O álbum “Sentado no Céu”, que chega às plataformas digitais em julho, nasceu de uma campanha de financiamento coletivo. Desde o início ele foi sendo construído com a ideia da autoprodução e do “faça você mesmo”. Nathan, que divide a produção do disco com Douglas Poerner, convidou 15 músicos talentosos de Juiz de Fora, MG, para a gravação. O artista mineiro explica que suas músicas tocam em algumas questões existenciais, políticas e éticas que atravessaram sua vida em algum momento. “É uma poesia bem confessional e autobiográfica. Mas cada música tem sua própria inspiração, sua inquietação”, diz.
Ouça aqui: https://tratore.ffm.to/nathan
A música ganhou ainda um clipe colaborativo, feito com a contribuição de 38 pessoas que enviaram imagens em suas casas, no período da quarentena do coronavírus (COVID-19), sentindo os efeitos do isolamento.
Assista ao clipe:
Sobre Nathan Itaborahy:
O jovem cantor e compositor, nascido em Juiz de Fora, MG, foi criado num ambiente musical. Aos 9 anos de idade, ganhou sua primeira bateria. Com o pai, que tinha um quartinho só para guardar seus discos, conheceu Led Zeppelin, Pink Floyd, Novos Baianos, Tears For Fears, entre outros. Sua família, Itaborahy, tem uma tradição com a música em São João Nepomuceno, MG, onde existiu o Conjunto Itaborahy, além dos vários parentes que são compositores e músicos espalhados pelo Brasil. Do outro lado da família, também teve uma grande influência musical, seu avô materno, Dante Zanzoni, foi um grande cantor de casamentos.
Nathan cresceu se aperfeiçoando na música, fez aulas de bateria, ainda criança, estudou violão e flauta transversal na adolescência e, nessa época, se encantou pelo rock progressivo. Aos 15 anos de idade, começou a tocar em bares e casas noturnas. O artista gravou seu primeiro CD, como baterista, com a banda Eta!Noise, depois tocou com o trio Dona Flor e com as bandas Urbana Legio e Blend 87 (onde lançou o CD “Concebido por acaso na Terra”, em 2017, com várias composições suas). Também gravou e participou da turnê de lançamento do disco “Caostrofobia”, da cantora Clara Castro, que também conta com algumas de suas composições. Com o Tropeço Trio lançou o EP “O Assassinato da carteira assinada”, em 2019. Recentemente, fez a direção artística e produção musical do EP “Coração na Mesa” do Arcanjos, dupla de São João Del Rei, MG. Também atua como mestre de bateria e arranjador da Banda do Ben, bloco de carnaval em homenagem à Jorge Ben, e é aluno do curso de bateria na Bituca, Universidade Livre de Música Popular, em Barbacena, MG.
Ouça ou baixe agora: https://tratore.ffm.to/solta