Contando o protagonismo de oito mulheres de diferentes regiões do Brasil, projeto lançado pela Umiharu tem parceria com a ONU Mulheres e será transmitido pela InnSaei. TV, inaugurando o Canal Manas
Mais da metade da população brasileira é composta por pessoas do gênero feminino. Ainda assim, quando olhamos para o mercado de trabalho, vemos desigualdades salariais e na ocupação de cargos de liderança. Trazendo o protagonismo à diversidade e empoderamento das mulheres, o projeto Mulheres Iluminando o Mundo, uma realização Umiharu Produções Culturais e Cinematográficas, com apoio da ONU Mulheres e Rede Brasil do Pacto Global da ONU, estreia Filme sobre as conquistas e sonhos de oito mulheres brasileiras. As atividades do projeto marcam a inauguração do Canal Manas, da InnSaei. TV. A plataforma de streaming considerada a Casa dos Festivais fará a transmissão gratuita.
Formado por um média-metragem de 37 minutos e oito pílulas de filmes documentários de 5 minutos cada, o Projeto reflete a importância da visibilidade para histórias femininas. Segundo Gisela Arantes que, além de ter escrito e dirigido o Filme, é cineasta, autora, diretora, empresária cultural e arte-educadora, a importância do protagonismo feminino na construção de diferentes narrativas é o fio condutor para que não só o futuro, como o presente, sejam diferentes.
“Se queremos pensar numa sociedade justa e inclusiva, não podemos abrir mão da capacidade das mulheres de gerarem bens coletivos. Então, o quanto não será rico ter mulheres protagonistas nos ambientes de poder e de decisão? Em todos os campos da sociedade, sua participação apresenta um diferencial construtivo de esperança e capacidade de reconstrução!”, afirma Gisela.
A diretora relata que a inspiração para produzir o Filme veio justamente dessa inquietação, no sentido de provocar na sociedade uma reflexão sobre o poder de protagonismo das mulheres na transformação da sociedade.
“Acredito que a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, assim como a Equidade que também é abordada no Filme, são preponderantes para chegarmos ao compromisso dos direitos de todos. Para além disso, me interessa o ‘ser feminino’, o arquétipo que está à frente da época e das relações sociais, aquilo que é intrínseco ao universo da mulher e por isso capaz de transcender as barreiras da sociedade e dos costumes estabelecidos”, ressalta.
O Filme, que estreia no dia 28 de outubro, conta a história de oito mulheres, que, a partir de seus cotidianos, inspiram, mobilizam e são pioneiras no que fazem. Após a estreia do documentário, haverá uma mesa de debate com a participação de Gisela Arantes, diretora e roteirista do Filme, Tayná Leite, consultora da ONU Mulheres, Miriam Monteiro, presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café, Sandra Benites Guarani, curadora adjunta do Masp com a mediação de Adriana Carvalho, CEO da Generation Brasil. A conversa acontecerá de forma virtual, na mesma plataforma de exibição, no link disponibilizado para o público.
Tendo como ponto forte a diversidade étnica, regional e sociocultural, a iniciativa tem como inspiração os sete princípios de empoderamento da ONU Mulheres (WEPs). Dentre eles, destacamos: “Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação”.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a realidade brasileira mostra que a desigualdade de gênero no trabalho só acabará em 2276, se continuarmos a negligenciar a relevância do trabalho feminino. Em 2019, um estudo feito pelo IBGE mostrou que mulheres ganham menos do que os homens em todas as ocupações selecionadas na pesquisa.
Antropóloga, doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e curadora adjunta do Museu de Arte de São Paulo, Sandra Benites, da etnia Guarani, é uma das protagonistas do média-metragem. Ela destaca que a diversidade possibilita que outras vozes expressem suas perspectivas de mundo.
“A narrativa é o que compõe um sistema que explica a nossa trajetória, forma de ser e existir no mundo. Por isso que essas narrativas precisam ser contadas a partir de perspectivas diversas. A versão, ela vai depender de quem está contando e para quem está sendo contada. A história também precisa ser contada a partir da ótica de corpos diversos e experiências diferentes. Em todos os lugares existe muita ausência do corpo feminino. Na academia, instituições, na arte, no cinema, principalmente. É preciso dar visibilidade a olhares diferentes do branco hegemônico!”, destaca.
Major do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Karla Lessa, que também é depoente do Filme, ressalta que a afirmação do protagonismo feminino, a partir de documentários como Mulheres Iluminando o Mundo, contribui para que os estereótipos sobre mulheres sejam mudados.
“Percebo que, nos últimos anos, há um esforço do cinema e da mídia de forma geral para divulgar os diferentes aspectos das mulheres, ampliando os espaços ocupados por elas e mostrando a sua diversidade. Os estereótipos vão aos poucos sendo alterados. Entretanto, entendo que essa expansão da abordagem envolve um processo de transformação que ainda precisa continuar a evoluir!”, afirma ela, que é a primeira mulher comandante de helicóptero do corpo de bombeiros, e uma das duas mulheres dentre os 30 pilotos de helicóptero da corporação mineira.
O Projeto Mulheres Iluminando o Mundo é uma ação do Ministério do Turismo e Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura, com a concepção e gestão da Umiharu Produções Culturais e Cinematográficas e conta com o patrocínio da EY, Arteris, 99, ABN-Amro e SMBC (Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro), além do apoio da Rede Brasil do Pacto Global, ABBI, 30% Club, Talenses Group e InnSaeiTV.
Sobre Gisela Arantes
Cineasta diplomada pela Universidade Anhembi-Morumbi, é roteirista e diretora. Aprimorou-se com Caio Gullane, Lauro Escorel, além de cursar Cinema Total, do Instituto Nacional de Cinema. Formou-se também como atriz pelo Teatro Célia Helena e complementou seus estudos com Denise Stoklos, Luís Alberto de Abreu e J. C. Viola. Protagonizou o programa “Glub Glub”, grande sucesso da Rede Cultura de Televisão. Capacitou-se como empresária cultural, cursando marketing, gestão do terceiro setor e empreendedorismo, com certificações também pelo Sebrae.
Em 2019 escreveu e dirigiu Mundo Sem Porteira – um alerta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. O Documentário ganhou 3 Prêmios Internacionais: Melhor Fotografia no 4o Indian World Film Festival e no 8th Noida International Film Festival, além de ser contemplado com a Menção Honrosa do Júri, no 8o Delhi Shorts International Film Festival, na Índia. Lançou recentemente A Cura Tem Cara, série de Filmes documentários para saúde, bem-estar e ânimo da população, com impacto a cerca de 2,6 milhões de pessoas.
Sobre a Umiharu Produções Culturais e Cinematográficas
A Umiharu cria e produz projetos audiovisuais e teatrais de alcance social nas áreas de cultura e educação, sempre orientados por conceitos humanistas de Sustentabilidade e Ética. Há 13 anos no mercado, integra a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, oferecendo Projetos de causa que geram interação das comunidades com o poder público e as empresas, a partir de temas de impacto relacionados aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU.
Além de produtos próprios, a empresa cria, desenvolve e faz a gestão de Projetos para marcas que desejam democratizar o acesso ao conhecimento e estimular a criatividade do público, colaborando para a construção de uma sociedade mais justa, bela e humana.
SERVIÇO
Estreia online – 28/10
Onde assistir: InnSaei. TV
Horário: 18:30h
Após a estreia, haverá mesa de debate às 19h15, com a participação de Gisela Arantes, diretora e roteirista do Filme, Miriam Monteiro, presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café, Sandra Benites Guarani, curadora adjunta do Masp e Tayná Leite, consultora da ONU Mulheres, com a mediação de Adriana Carvalho, CEO da Generation Brasil.
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