Em 2020 Tóquio sediará, novamente, os Jogos Olímpicos. A cidade já o fez em 1964. Para abrigar as provas de atletismo e a abertura dos Jogos, um novo estádio foi construído. Seu arquiteto, Kengo Kuma, tem uma pequena exposição de suas obras na Japan House.
Kengo também está no prédio através de suas estruturas postas na parte externa junto ao jardim. Ele a construiu inspirado nos brasileiríssimos cabogós, coqueluche arquitetônica dos anos 50.
A pequena mostra dos trabalhos do arquiteto está localizada no andar térreo e percorre construções feitas não só no Japão, mas também em Taiwan, Pequim e outras cidades da Ásia. Além das maquetes, há instalações e montagem das estruturas usadas em suas obras e, também, vídeos com seus depoimentos sobre suas inspirações e as formas que constrói. É interessante como se consegue apreender o seu trabalho por meio das etiquetas informativas. Bem redigidas, é de fácil compreensão e vale o tempo gasto para lê-las, mesmo que se fique na fila. Elas comunicam a intensão do arquiteto e convidam o visitante a olhar o trabalho com os olhos de Kengo.
No 2º andar existe outra exposição, desta vez voltada ao papel. Trata-se de Subtile da Takeo Paper Show, mostra que seguirá para Londres e Los Angeles, exibindo a arte japonesa do papel. Esta mostra, porém, se preocupa com os trabalhos contemporâneos, com artistas que veem no papel, outras formas de repensar seu uso como expressão artística. Todos os trabalhos estão dispostos em mesas cujas “pernas” são finas hastes de metal. E sim, elas balançam ao menor toque. Mas não se assuste, pois elas são à prova de terremoto … Na verdade, fazem um “link” com a fragilidade do material exposto. Muito interessante essa abordagem.
Com relação ao prédio, a Japan House foi construída com a intensão de divulgar a cultura japonesa no país. Com a inauguração em Maio e a presença de autoridades políticas do país, caiu nas graças da população alardeada pela mídia. Não se assuste com os selfies e atropelo das pessoas no espaço que, aliás, é bem pequeno para comportar os visitantes. Mas o aproveitamento do espaço é um dos aspectos culturais do país do Sol Nascente.
Os jardins, na verdade, são pequenos e externos, abrigando alguns vasos de plantas ornamentais. A cafeteria também não é espaçosa e, provavelmente, você vai tomar o café no balcão, se achar lugar. Em outra parte há um local, no mesmo térreo, para expor produtos japoneses: de vestimentas à eletrodomésticos, de bolsas a bolachas.
Sim, o governo japonês não investiu … milhões de reais só pela Arte, não é ?
Se vale a visita ? Claro !!!!
SERVIÇO:
. Onde: Av. Paulista, 52. São Paulo, SP.
. Quando: até 10/09/2017
. Quanto : gratuito
. Site com maiores informações: http://www.japanhouse.jp/saopaulo/index.html