Neste Dia Mundial de Luta contra o Câncer, 8 de abril, oncologista alerta para aumento da taxa de tumores entre adultos nascidos nos anos 1990 por conta de comportamentos nocivos à saúde |
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Estimativas do Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC), instituição internacional subordinada à Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que em 2018 teriam sido feitos mais de 18 milhões de diagnósticos de câncer no mundo, um aumento de cerca de 28% se considerado o levantamento anterior, de 2012, que indicava 14 milhões de casos reportados.
O relatório, divulgado em setembro do ano passado pela entidade, traz adicionalmente informações baseadas no recorte da população por gênero, indicando que um em cada cinco homens e uma a cada seis mulheres no mundo desenvolverá algum tipo de tumor maligno durante a vida. Diante deste cenário de contínua progressão da doença, a entidade destaca que é preciso atentar para a perigosa relação entre hábitos pouco saudáveis da nova geração e o potencial aumento nos índices de tumores entre o grupo de pessoas formado por aqueles que atualmente têm menos de 30 anos.
Foi o que salientou a dra. Adriana Scheliga, onco-hematologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico http://www.grupooncoclinicas.com/cto/ – (unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro) . Para a médica, essas não são apenas iniciativas essenciais para frear os índices aumentados do câncer como uma maneira de promoção à qualidade de vida e bem estar geral, mas servem também como aliadas no processo de tratamento para pessoas diagnosticadas com a doença e outras condições como diabetes e hipertensão. Para reforçar essa percepção, a oncologista ressalta que sobrepeso e sedentarismo estão no topo dos fatores que afetam especialmente a saúde da geração de adultos nascidos nos anos 1990. “Para os millennials, jovens nascidos nos anos 1990, o risco de desenvolver câncer no cólon (segmento do intestino grosso) é duplicado. Já as chances de diagnóstico de câncer no reto em comparação à geração Baby Boomers, indivíduos com 55 anos ou mais, são quadruplicadas. Esse cenário ocorre por conta de dois vilões da saúde que elevam os riscos de surgimento de câncer: o sedentarismo e seus malefícios e a ingestão de alimentos pobres em vitaminas e fibras”, afirma a médica, citando o estudo recente sobre o tema feito pela Sociedade Americana de Câncer (ACS, sigla do inglês American Cancer Society). E não são apenas os tumores intestinais que estão relacionados ao nosso comportamento diário. A obesidade já é tida como importante contribuinte para o aparecimento de ao menos outros onze tipos de câncer: esôfago, vesícula, fígado, pâncreas, rins, útero, ovário, mama, mieloma múltiplo, tireoide e próstata. “É urgente a atenção que deve ser dada aos hábitos que colaboram para o aumento do risco de câncer. Sedentarismo, consumo aumentado de carne vermelha, fast food, comida processada, álcool e cigarro são hábitos noviços e comuns entre os jovens que podem trazer malefícios à saúde. Se não mudarmos essa perspectiva, futuramente, teremos um contingente cada vez mais aumentado de pacientes nos consultórios oncológicos”, finaliza a onco-hematologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico (unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro) dra. Adriana Scheliga. 6 mudanças de hábito simples : Abaixo, a oncologista dra. Adriana Scheliga lista os principais fatores que podem contribuir para o surgimento do câncer:
Hoje, o uso do cigarro pela geração Millenials, na maioria das vezes, vem acompanhando de bebidas alcoólicas. Estimativas apontam que 75% dos casos de câncer de pulmão são decorrentes do uso do tabaco e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. Além disso, o cigarro também é responsável pelo aparecimento do tumor na cabeça e pescoço.
Uma pesquisa publicada no Alcohol and Alcoholism mostra que as consequências podem ser ainda maiores: segundo o periódico, basta uma dose de bebida alcoólica por dia para aumentar o risco das mulheres desenvolverem câncer de mama em 5%. A conclusão é parte de uma revisão de 113 estudos feita por pesquisadores da Alemanha, França e Itália. Para mulheres que bebem mais – três ou mais doses por dia – o risco de contrair a doença aumenta em 50%.
Com o avanço da tecnologia, os jovens passam mais horas em frente ao computador, plugados no celular ou tablets, deixando de lado as atividades físicas. Mas com pequenos ajustes na rotina, como pequenas caminhadas diárias e subir e descer escadas ao invés de utilizar o elevador, é possível dar um salto na qualidade de vida e prevenir inúmeras doenças, não apenas o câncer. A recomendação da OMS é que pessoas de 18 a 64 anos pratiquem pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana – ou, em média, pouco mais de 20 minutos por dia.
Após o contágio, ao menos 5% dessas brasileiras irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa alarmante. O tumor já é considerado um problema de saúde pública no Brasil e faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no país, o que inclui a vacinação contra o HPV para meninos e meninas com idades entre 9 e 26 anos. Além do HPV, existem algumas infecções virais que também podem estar relacionadas ao aparecimento do câncer. A hepatite B e C, por exemplo, podem desenvolver o câncer de fígado. Já o HIV pode ser responsável por tumores hematológicos como linfoma.
Em geral, as pessoas costumam relacionar os casos de câncer de pele exclusivamente ao melanoma, mas 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não melanoma, um índice que está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol.
Em alguns tipos de câncer, o excesso de peso corporal durante a vida adulta pode ser considerado como um fator para o surgimento da doença. Um estudo publicado pela The Lancenet Public Health sugere que as taxas de incidência de cânceres associados à obesidade estão aumentando mais rapidamente em jovens adultos entre 25 e 49 anos nos Estados Unidos. Dos subtipos existentes da doeça, ao menos 14 têm seus riscos aumentados pelo sobrepeso e obesidade: mama, cólon, reto, útero, vesícula biliar, rim, fígado, ovário, próstata, mieloma múltiplo, esôfago, pâncreas, estômago e tireoide.
Sobre o Grupo OncoclínicasFundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com mais de 60 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente. Seu corpo clínico é composto por mais de 450 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes. O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado a Harvard Medical School, em Boston, EUA. Para obter mais informações, visite www.grupooncoclinicas.com.
Fonte: RPM Comunicação
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