Margaret de Castro se apresenta no Centro Cultural dos Correios RJ, sob curadora de Mario Camargo. A artista carioca Margaret, que já participou de várias exposições coletivas e foi contemplada com premiações, se apresenta individualmente pela primeira vez.
As ausências, à incomunicabilidade e o isolamento impostos pela contemporaneidade são o mote desta exposição. Os personagens que habitam as telas da artista se defrontam em cenas cotidianas, absortos em si mesmos. São personagens que apenas dividem o mesmo ambiente, o mesmo cubo preenchido de cor. Nesses trabalhos, o vazio e a ausência de memória preenchem os olhos, mas não de forma onírica . É percebido que em algum momento estes lugares existem na geografia interna de cada um de nós. O trabalho fala da experiência do “não lugar” como um componente da nossa sociedade e da individualidade solitária de mediação cada vez mais virtual.
Segundo o curador Mario Camargo, Margaret captura a textura de cada personalidade contextualizando-as de modo e criar narrativas singulares e cheias de poesia:
“O trabalho de Margaret é como uma janela indiscreta de tudo que passa e transpassa por seu olhar. Os ruidos e movimentos dos ventos não perturbam o silêncio. Não é precisa permanecer muito tempao nessa floresta para nos sentirmos dentro dela, nesses devaneios de cores e gestos. Ela observa, penetra e repassa os sentimentos, solidões e outros ares que captura e revela nas telas com tintas e cores”.