As Aruanas não são as únicas envolvidas com essa causa. Elas contam com um time de peso para ajudá-las no trabalho diário na luta contra a devastação ambiental. Como André, vivido pelo ator Vitor Thiré, ativista e responsável pela comunicação e relações públicas da ONG Aruana. Outro aliado nessa batalha é Gregory, personagem de Gustavo Vaz. Antropólogo envolvido com as causas indígenas, ele conhece as Aruanas na cidade de Cari – AM, e une suas forças para ajudá-las ao combate contra o garimpo ilegal e a destruição da mata.
Na entrevista abaixo, Gustavo Vaz e Vitor Thiré comentam sobre seus personagens, como foi gravar na Amazônia e o feedback que vêm recebendo do público.
No oitavo episódio de ‘Aruanas’, que vai ao ar nesta terça-feira, dia 16 de junho, Gregory (Gustavo Vaz) recebe Natalie (Débora Falabella) em sua casa e o clima esquenta entre os dois. André (Vitor Thiré) oferece ajuda a Verônica. Miguel (Luiz Carlos Vasconcelos) faz comemoração por causa do garimpo Eldorado e Clara (Thainá Duarte) e Luiza (Leandra Leal) se disfarçam para investigar o local. Ícaro (Daniel Ribeiro) sequestra Luiza no garimpo. Escrito por Estela Renner e Marcos Nisti, o thriller ambiental vai ao ar todas as terças-feiras, logo após a novela “Fina estampa”. A série – uma produção original da Globo exclusiva para o Globoplay, em coprodução com a Maria Farinha Filmes – conta com direção artística de Carlos Manga Jr, direção geral de Estela Renner, parceria técnica do Greenpeace e Pedro de Barros colabora com o roteiro.
Gustavo Vaz: Significa a arte ultrapassando a ficção e cumprindo uma de suas funções mais importantes: a de alertar as pessoas e direcionar seus olhares para o que precisa ser visto. ‘Aruanas’ é mais que uma série, é um manifesto em defesa da vida e uma ação concreta, importante contra o discurso político de destruição da vida em voga no Brasil de hoje.
Vitor Thiré: É mais do que necessário e urgente que ‘Aruanas’ seja visto pelo maior número de pessoas possível, pois trata-se de uma questão vital para a humanidade: preservar a maior biodiversidade do mundo, fundamental para garantir a existência de todas as espécies, inclusive a nossa.
GV: A série ampliou profundamente meu entendimento sobre a questão ambiental no país. O fato de ter experienciado um mês na Amazônia, em contato com a floresta e com representantes de comunidades nativas da região, me fez vivenciar na pele parte dessas questões e, desde então, fica impossível não querer cada vez mais participar de movimentos, ações e debates sobre a proteção do meio ambiente. Isso se tornou uma das minhas lutas fundamentais, como artista e como homem.
VT: Foi maravilhoso e fundamental termos começado as gravações pela floresta, para termos justamente a noção do quanto somos inferiores a ela, tamanha sua grandeza. Amei conhecer um pouco da cultura local, do Rio Negro, do Rio Solimões, dos povos indígenas, da população em geral e outras centenas de coisas novas e incríveis que este trabalho fantástico me proporcionou conhecer. Eu já me preocupava com esses assuntos e sempre me incomodou, em particular, a questão do lixo nas ruas e oceanos, mas ao entrar na série, parece que meu espírito de ativista, sobretudo ambiental, despertou de vez.
GV: Tive muito pouco tempo pra me preparar para ‘Aruanas’. Soube em um sábado que faria a série e na terça-feira eu já estava no meio da floresta Amazônica gravando. Passei quase um mês em Manaus e essa imersão foi muito impactante. A floresta te obriga a atuar junto com ela, é uma força impressionante. A primeira diária, ao lado da Débora Falabella (Natalie), do Abraão Mazuruna (Raoni) e da autora Estela Renner é uma das lembranças mais fortes pra mim.
VT: Assim como o André, sou um comunicador e ativista também. Exerço essa prática através da arte, do teatro, dos meus personagens em geral. Acredito que a própria profissão e os desafios do dia a dia contribuem para construir o André, membro dessa ONG. Além de pesquisas por conta própria, fizemos uma oficina fundamental na sede do Greenpeace de São Paulo para entender por dentro como funciona de verdade o ativismo ambiental.
GV: Sempre muito positivos. As pessoas se sentem representadas pela série. E quando nós, como artistas, alcançamos o público dessa forma, a sensação é de que nosso trabalho foi realizado plenamente.