Juan Guilherme (Carlos Casagrande) e Letícia (Tania Khalil) estão juntos e felizes planejando o casamento. Mas uma notícia vai abalar o relacionamento do casal. Chiara (Helena Ranaldi), ex-mulher de Juan e mãe de Fábio (Guilherme Leicam), liga para o ex-marido avisando que está voltando para o Brasil.
Chiara é uma mulher misteriosa que chega com uma notícia-bomba: está com uma doença terminal e quer passar o resto dos seus dias ao lado da família. Juan, desconfiado, insiste para que a ex-mulher faça um exame no país com o intuito de buscar uma segunda opinião.
Mas ela não aceita a proposta. E sua presença na vida de Juan vai atrapalhar o noivado do dono da Fashion Motos com Letícia.
‘Fina Estampa’ é uma obra de Aguinaldo Silva, com direção geral e de núcleo de Wolf Maya e direção de Ary Coslov, Claudio Boeckel, Marcelo Travesso, Marco Rodrigo e Marcus Figueiredo.
Entrevista Helena Ranaldi
Fina Estampa foi a penúltima novela que você fez, certo? Qual foi a importância dela em sua carreira?
Isso mesmo. A participação em Fina Estampa foi um convite que recebi do diretor Wolf Maya e do autor Aguinaldo Silva. A Chiara foi uma participação forte, por ter cenas muito dramáticas. Eu lembro, por exemplo, da cena da morte dela no táxi da Vilma (Arlete Salles). O diretor da cena, Marcus Figueiredo, era formado em Medicina, o que ajudou bastante. Claro que eu tinha feito uma pesquisa sobre a doença, mas ele me orientou com algumas dicas de como seriam as reações no corpo. Foi uma cena muito forte. Eu lembro que ele iniciou a cena com um close na minha mão que começava a tremer, depois ele seguiu com a câmera para os olhos que piscavam e então ela tem realmente a convulsão e acaba morrendo. Era uma personagem em uma situação dramática, que é a aproximação da morte. Pra variar, né, porque sempre faço personagens com questões dramáticas e a Chiara foi mais uma.
A Chiara era uma mulher ambígua quando ela apareceu na trama. Como é para você como atriz dar vida à uma personagem que inicialmente você não sabe se está mentindo ou não, se é boa ou má?
Eu já sabia que ela vinha com essa história de ter uma doença terminal, mas como novela é uma obra aberta nunca sabemos o que de fato vai acontecer. O autor sempre pode mudar a trajetória da personagem no meio do caminho. Na trama, o ex-marido fica na dúvida sobre a situação de saúde dela e pede que ela faça novos exames para saber se realmente ela está com uma doença terminal, mas ela reluta. Acredito que o público tenha ficado com essa dúvida, assim como eu também. Ela poderia ser uma vilã que simplesmente voltou para atrapalhar a vida do ex-marido, por conta de algo mal resolvido na história deles. Acho interessante obra aberta, pelo fato de poder ter várias possibilidades de trama para as personagens. É um ponto positivo das novelas.
O que lembra com mais carinho das gravações? Gostaria de rever alguma cena da trama?
Eu acho que a relação dela com o filho, o reencontro com ele são cenas de que lembro com mais carinho. E a cena final da morte que eu mencionei acima. Foram as cenas que ficaram mais vivas para mim.
Como está lidando com esse período de isolamento social?
Eu estou completamente isolada mesmo, não saio de casa. Dei uma saída ou outra pra levar minha mãe ao médico, pois não deu pra evitar. Mas supermercado, farmácia tudo eu peço e recebo em casa. Há dias melhores que outros. A gente acaba de alguma forma se acostumando, apesar de não ser fácil, mas temos que nos reinventar. Mas também, se não tiver vontade de fazer nada, não se culpar por isso. Sempre penso que o mais importante nesse momento é a saúde. E atualmente precisamos ficar isolados para nos manter saudáveis. Eu vou ficar em casa o tempo que for preciso.