
FELICIDADE É EDITAR UM LIVRO
De todos os sonhos, o mais intrincado é a edição de um livro. A preparação é mais longa que a gestação humana e mais complexa que a chegada do homem à Lua. Todos os fatores colaboram a favor e contra o seu objetivo.
Mozart disse que “toda história vale a pena ser publicada em livro”, por isso temos tantos livros quanto pessoas sobre a Terra. Já visualizaram quantos zilhões de livros foram publicados em toda a História da Humanidade, desde os primórdios até o século XXI?
Nada supera a alegria de um autor ao ver editado o seu livro. É uma sensação ímpar, porque, primeiro, um livro NÃO é um filho: é muito diferente. Um livro é para sempre, e os filhos, não. E nada supera a frustração de não conseguirmos editá-lo ou de editá-lo mal. Por isso, todo cuidado é pouco.
Um livro não é Xerox (por mais que as máquinas digitais façam parecer assim). É necessário talento e qualidade para colocar um monte de páginas entre duas capas: ainda bem que há profissionais da área, portanto, fujam dos neófitos. Estes transformam livros em desastres e publicações em natimortos.
Nada superará a tristeza de ver o seu esforço sucumbir. Vivi, recentemente, um salvamento de livro: este queria, porque queria, vir a lume e conseguiu, urdiu seu caminho para nascer da melhor forma possível embora ainda esteja para provar a que veio, mas se pensarmos em sua história até ser publicado, acharemos inacreditável a sua trajetória. Essa é uma história que terei de voltar para falar sobre ela.
Thereza Christina Rocque da Motta
Rio de Janeiro, dezembro de 2025
Colunista ArteCult e editora
da Ibis Libris Editora (@ibislibris)










