“Licks & Maltz com os Engenheiros sem CREA: Confira nossa entrevista exclusiva onde os músicos comentam sobre a turnê nacional”

 

FOTO: GLAUCO MALTA

Augusto Licks (guitarra, violão e teclado) e Carlos Maltz (bateria), ex-integrantes da formação clássica do Engenheiros do Hawaii, se reuniram após décadas para relembrar os grandes sucessos de uma das maiores bandas do Brasil de todos os tempos. O show Licks & Maltz com os Engenheiros sem CREA irá passar por  Brasília, Goiânia ,Campinas, Ribeirão Preto, São Paulo, Gramado e Belo Horizonte. Conversamos com o duo sobre esse reencontro, confira na entrevista abaixo:

1.Essa tour é um aquecimento para algum novo projeto e com novas composições? 

Licks : Essa tour não é um projeto, pois projeto sugere alguma coisa futura. Existem projetos individuais de cada um, mas essa tour é um fato presente, uma situação sendo vivida agora. Aconteceu mais ou menos assim:

No início do ano, o Sandro Trindade da banda-tributo Engenheiros Sem CREA conversou com a produtora Abstratti, e surgiu a ideia de fazermos um show de reunião dos Engenheiros do Hawaii. O Carlos e eu, que não tocávamos juntos há 31 anos, aceitamos fazer esse reencontro. Não tínhamos ideia de como iria acontecer, e para a nossa surpresa o show acabou sendo memorável, em 21 de abril em Porto Alegre, Foi uma noite Intensa, carregada de muita emoção, não apenas entre nós no palco mas também em uma plateia que reuniu fãs que se deslocaram em caravana de praticamente todas as regiões do Brasil. Foi bonito de ver, e de viver.

Aquele show de abril motivou inúmeras solicitações para que nos apresentássemos também em cidades próximas das pessoas que não puderam viajar a Porto Alegre. E é isso que está acontecendo agora, nós estamos atendendo a esses pedidos. Percebemos que não apenas a gente está a afim de tocar as canções que construímos na época da banda, mas também que existe uma imensa multidão de pessoas que querem nos ver tocando, e do jeito como fazíamos nos anos 80/90. Já nos primeiros shows da tour tivemos a confirmação disso, nos rostos das pessoas estava estampada a expressão de felicidade, de um alívio imediato, como se estivéssemos devolvendo às pessoas algo de que elas sentiam falta. Mas tem também muita gente que só nos conheceu pela internet, gente que era criança ou nem tinha nascido quando éramos Engenheiros do Hawaii. Então, isso tudo dá uma ideia da raridade desse momento, da oportunidade de fazermos esses shows juntos, nós e nosso público, na interação que sempre caracterizou Engenheiros do Hawaii  raiz, GLM.

2. Qual foi o maior desafio para que essa tour acontecesse?

Licks: Qual foi o maior desafio? Eu diria que foram três: Primeiro, o desafio a memória, lembrar uma enorme quantidade de detalhes e combinações de 31 anos atrás. Segundo, o tempo escasso para ensaiar, já que moramos em cidades diferentes. E também, resgatar aquela nossa sonoridade de Engenheiros do Havaíi nos anos 80 e 90, para isso foi necessário um trabalho de tradução tecnológica, pois os equipamentos que usávamos naquela época seriam inviáveis na realidade de hoje. Eu precisei estudar e comprar soluções recentes, para recriar aqueles sons de uma maneira possível nas atuais condições.

3. Quais as músicas que vocês mais gostam de tocar ao vivo? Gostaria muito de ouvir os “lados B” da fase “GLM” (1992)? 

Licks: Quais músicas ? Elaboramos um set list com as canções que consideramos mais significativas, pra que o público mate saudades e não saia decepcionado, mas acrescentamos três músicas que na época da banda nunca tínhamos tocado ao vivo: Variações Sobre Um Mesmo Tema, Canibal Vegetariano Devora Planta Carnívora, e Anoiteceu Em Porto Alegre.

Maltz:  Isso aí varia, depende. Uma hora é uma, outra hora é outra, não é sempre a mesma. Nesse momento, a que eu mais gosto de tocar ao vivo é Canibal Vegetariano devora a planta carnívora. Que inclusive é o lado B do GLM que você falou aí. Coincidentemente ela é o lado B do GLM. A que eu estou gostando mais de tocar ao vivo nesse momento.

4. Um cara que sou muito fã e gostaria de saber se vocês conhecem o seu trabalho é o Esteban Tavares. Já o conhecem? (Esteban gravou “Vida Real”, uma das músicas do duo) 

Maltz: O Esteban, conheço, conheci ele e fiz alguns shows com o Humberto. Na época que ele estava tocando com ele, conheci ele nessa época.

5. Licks, qual música você encontrou mais dificuldade para criar a linha de guitarra? (Pergunta do músico carioca Patrick Cavalcante, influenciado pelo estilo de guitarra de Licks) 

Licks:  Sobre dificuldades nas linhas de guitarra, algumas coisas são simples como andar de bicicleta, recorre-se a elas instantaneamente. Algumas outras coisas exigem que sejam praticadas, tocadas com alguma frequência. E, entre essas duas situações, existe um plano do inesperado, do imprevisível, coisas que surgem na hora, no momento em que estamos tocando no palco, arriscando errar mas procurando algum acréscimo de expressão e de convicção.

6. Maltz, qual foi música com maior grau de dificuldade para gravar a bateria? (Mais uma pergunta de Patrick Cavalcante)

Maltz: A música que eu achei mais difícil de gravar foi “Ando Só” pois tem umas levadas ali, meio Iron Maiden e tal, que na época eu achei bem difícil de gravar.

***Essa entrevista foi feita em parceria com a jornalista Silvânia Silva e Patrick Cavalcante

SERVIÇO

TOUR “LICKS & MALTZ COM ENGENHEIROS SEM CREA”

Confira a Programação completa:

Agosto

Brasília no Toinha Brasil Show

  • Data: 24 de Agosto, sabado, a partir das 20h00.
  • Ingressos: Bilheto
  • Local : SOF Sul Q.09 Conj. A Lote 05/08, 71215-246 Guará – Brasília – DF

Goiânia no Bolshoi Pub

Setembro

Campinas no Brasuca

Ribeirão Preto no Hard Rock Café

  • Data: Sábado, 7 de setembro, a partir das  20:00 h.
  • Ingressos: Acesso Ingressos
  • Local : Hard Rock Café  fica na Rua Edgar Rodrigues, 200 Ribeirão Preto – SP

São Paulo no Carioca Club

Outubro

Belo Horizonte no Palácio das Artes

Novamente o universo me trazendo de volta a minha infância com essa dupla nostálgica. Já havia entrevistado essa dupla anos atrás mas agora é hora de ver eles em ação pela primeira vez.

Minhas musicas favoritas são:

  • A violência travestida faz seu trottoir
  • A revolta dos dândis II
  • Parabólica
  • Herdeiro da pampa pobre
  • Ando só
  • A Promessa

 

  JEFF FERREIRA 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Author

Meu nome é Jeff Ferreira e a música sempre foi minha maior paixão. Desde jovem, fui envolvido pelo maravilhoso mundo dos sons e das melodias, encontrando na música uma forma de expressão e conexão com o mundo ao meu redor. Além disso, meu lado nerd sempre esteve presente, alimentando minha curiosidade e minha sede por conhecimento em diversas áreas. Há 7 anos, embarquei em uma jornada incrível escrevendo sobre música e desenvolvendo pautas de entrevista. Essa foi a maneira que encontrei de unir minha paixão pela escrita com meu amor pela música, compartilhando insights e histórias fascinantes com o público. Ao longo desse tempo, pude me aprofundar no universo musical, conhecendo bandas incríveis e explorando diferentes sonoridades.

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