Fonte BACEN
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na 235ª. reunião manteve por unanimidade a taxa básica de juros Selic em 2,0% a.a., sendo este o menor nível da história econômica documentada do país. A manutenção em baixa dos juros vem trazendo alívio para os tomadores de crédito(1) e para o financiamento da dívida pública(2).
No entanto, o comunicado do Copom destacou a intenção da Autoridade Monetária(3) de demover o forward guidance (prescrição futura da política monetária) nos próximos encontros do colegiado e iniciar a trajetória de alta da taxa Selic. A data para a subida dos juros é uma incógnita, mas a expectativa está para o meio do ano de 2021, provavelmente na reunião de maio ou na de junho, a depender do movimento dos preços nos próximos meses.
Ainda, nesta semana, o IBGE divulgou o comportamento da inflação, medida pelo IPCA. No acumulado do ano até novembro a inflação ficou em 3,13%, e em 12 meses em 4,31%. As maiores altas estão no item “Alimentos e Bebidas” (12,14%), sendo que alimentos no domicílio atingiu o nível de 15,7%, com destaques para: óleo de soja com alta de 94,1%; arroz com 69,5%; feijão com 59,97%, e batata inglesa com 55,9%.
O aumento do custo de vida associado ao desemprego, cuja taxa bateu o recorde de 14,4%, em agosto, segundo a PNAD(4) do IBGE, revela a dura realidade que ora enfrenta a nossa população. Mas para nós que não deixamos a esperança esmorecer, a vacina contra o covid-19 está batendo em nossas portas. Oxalá na sacola do Papai Noel.
