Protagonistas falam sobre as lembranças das gravações e o ensaio fotográfico para o especial do Dia Internacional da Mulher, que vai ao ar hoje na TV Globo, após o ‘BBB 21’
Tina, Sebastiana, Ruana, Cristiane e Dall, as cinco protagonistas de ‘Falas Femininas’, especial em alusão ao Dia Internacional da Mulher que a TV Globo exibe hoje à noite, depois do ‘BBB 21’, viveram muitas emoções desde que foram escolhidas para participar do programa. Das gravações na cidade onde moram até a segunda etapa do projeto, nos Estúdios Globo, em São Paulo, foram muitas aventuras. Na capital paulista, além de encontrar Fabiana Karla para uma roda de conversa, elas foram convidadas para posar para um ensaio fotográfico.
Depois de contar suas trajetórias de luta, foi a hora de ganhar um afago na autoestima. E, para as lentes da fotógrafa Julia Rodrigues, elas posaram maquiadas e produzidas. As fotos serviram para a confecção de um painel gigantesco dentro do Estúdios Globo, em São Paulo, estampado com os retratos das cinco. O momento em que se veem projetadas no outdoor é um dos pontos altos do especial e, nas entrevistas abaixo, pode se ver que marcou a vida de cada uma delas. Além disso, as imagens estampam todas as peças visuais da divulgação do programa – entre elas, outdoors instalados próximos às casas das protagonistas.
Para a lavradora e sanfoneira autodidata Maria Sebastiana Torres da Silva, de 59 anos, nascida em São Raimundo Nonato, no Piauí, foram vários os momentos de emoção. “Pra mim não teve falha em nada. Foi tudo lindo, todo mundo maravilhoso, com sorriso no rosto. Estou numa felicidade, agradecendo a Deus, de joelhos no chão por Ele ter colocado no meu caminho pessoas tão maravilhosas como essa equipe. Quando eu fui conhecer a Fabiana Karla, e a avistei de longe, eu já tive vontade era abraçá-la, botá-la no colo. Quando vi a sanfona me que me arrumaram para ensaiar, quando eu peguei nela, chorei, fiquei muito emocionada mesmo, eu amei. Não pode ter uma felicidade maior da que eu estou passando agora. Para uma pessoa que é nascida e criada na dificuldade, chegar ali foi como chegar no céu. Quando eu voltei para casa, eu não conseguia nem dormir sem lembrar do outdoor. Parecia que estava anestesiada, eu queria ver e nem conseguia ver direito minha foto estampada ali. Até agora parece que eu ainda estou sonhando”.
A diarista baiana Sebastiana do Santos Oliveira, a Tina, de 47 anos, nascida na Bahia, mas moradora de São Paulo, só acreditou no que estava vivendo quando a equipe chegou para gravar em sua casa. “Até então eu não estava acreditando. Mas, quando elas chegaram e começaram a montar o equipamento, eu senti que era real e não era um sonho. E viver tudo isso foi demais, fiquei muito emocionada em vários momentos. Estou muito grata, pela minha trajetória de vida, nunca imaginei ter a oportunidade de contar a minha história para milhares e milhares de pessoas. Eu me sinto apontada, escolhida por Deus. Como se ele dissesse: ‘chegou sua hora de ser recompensada por tudo o que você passou’. Foi muita ansiedade para chegar a essa data da exibição do programa”, conta.
A auxiliar de enfermagem paulistana Cristiane Sueli de Oliveira, de 44 anos, considera a participação no programa um momento inesquecível de sua trajetória: “É impossível definir o ‘Falas Femininas’ na minha vida. É algo tão extraordinário, tão único, tão potente, e me trouxe emoções do útero da minha mãe. A gente reconhece o nosso valor, a mulher que a gente se tornou, a mãe que a gente é. A gente sabe dos nossos valores, mas a correria do dia a dia, as dificuldades, as renúncias, tudo o que a gente vai vivendo, essas perdas, esse medo, isso tudo vai enfraquecendo a gente. O ‘Falas’ conseguiu me mostrar quem é a Cris de verdade, foi muito íntimo. Eu vivi todos os momentos, eu senti, eu amei. O momento mais importante, que eu senti todas nós chorando, foi a hora que a gente virou e vimos no outdoor o tamanho que nós temos. Foi muito forte me ver diva daquele jeito”.
A slammer e estudante universitária, Carol Dall, de 26 anos, nascida em Bonsucesso, foi criada em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio, lista os lembranças que vai guardar das gravações. “Ver minha mãe, Eliane, falar e ver como isso era importante para ela. Como foi sendo naturalizado o fato de ela não falar das dores dela e que, ali, ela teve um espaço para isso. Outro momento muito legal foi quando eu vi um roupão com meu nome no camarim, foi um carinho, pensar nos mínimos detalhes. Quando eu vi a nossa foto no outdoor, eu pensei ‘Nossa, que grande eu sou!’ Ver nossa imagem amplificada foi muito forte para todas nós”, declara.
A ambulante baiana Gleice Araújo Silva, de 29 anos, também passou pelo momento de desacreditar na proposta de gravar o especial. “Achei que era fake, mas depois eu caí na real, entrei em contato com a pessoa que me indicou. Foi tudo emocionante, inacreditável. Foi top demais. Eu me perguntava ‘Será que isso está acontecendo mesmo?’. Foi tão lindo chegar lá e ver só mulheres por trás das câmeras, nos bastidores. Eu agora torço para que as pessoas conheçam e gostem da minha história. Eu agora me olho e me enxergo como uma mulher guerreira, mudou minha forma de me aceitar. Eu estou em êxtase ainda”, celebra.
O ‘Falas Femininas’ vai ao ar nesta segunda-feira, dia 8 de março, na TV Globo, depois do ‘BBB 21’ e também terá exibição no GNT, no dia 10 de março, às 23h30, logo após o ‘Saia Justa’. O especial integra o Projeto Identidade, que transforma em especiais de TV importantes temáticas da agenda social que estão vinculadas a datas do calendário, como o Dia Internacional da Mulher. A primeira temporada teve início em novembro de 2020, com o ‘Falas Negras’.