Duda Almeida, referência na web pela aceitação de cabelos crespos e cacheados, é a Musa Digital do Camarote Vivant!

‘Minha ligação com o samba nem é uma escolha, eu já nasci neste mundo’, conta a modelo, moradora da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Ela completa: ‘É uma honra fazer parte de uma corte de um camarote que tem Viviane Araújo, Milton Cunha e Pretinho da Serrinha.’

Beleza, samba no pé e muito poder. Duda Almeida, a Musa Digital do Camarote Vivant! 2019 reúne uma lista de elogios e completa a corte do espaço vip, que em sua estreia na Marquês de Sapucaí já conta com Viviane Araújo como Rainha, Milton Cunha como Embaixador e Pretinho da Serrinha como curador do Palco Vivant!. Modelo e Embaixadora da Pantene no Brasil, de 21 anos, ela vive na Cidade de Deus, e com seus quase 60 mil seguidores no Instagram, no @cachosdeduda, promove uma verdadeira aula de aceitação das mulheres pelos cabelos crespos e cacheados.

A modelo diz que sua ligação com o samba nem pode ser chamada de ‘escolha’. Ela diz que é de família e que já nasceu no meio dos batuques e purpurinas. “Minha ligação com o samba nem é uma escolha, eu já nasci neste mundo. Só na minha família são três escolas de samba que fazem parte da nossa história. Tem a São Clemente, a Alegria da Zona Sul, e aqui, na Cidade de Deus, minha família ajudou a fundar o Coroado de Jacarepaguá. Nasci neste meio. Minha mãe foi porta-bandeira por muitos anos da São Clemente, meu avô intérprete de várias escolas. Meu tio-avô escreveu sambas ícones de algumas escolas de samba. Estamos todos ligados de alguma forma ao samba”, ressalta a beldade, que já desfilou como musa de bateria do Coroado de Jacarepaguá e também no Salgueiro, uma de suas escolas de coração.

Para a modelo, sua presença na web e também no Camarote Vivant!, é mais uma forma de combater o preconceito. “Eu ainda moro na Cidade de Deus e sofro preconceito por ser da favela. Quando eu falo que sou da Cidade de Deus as pessoas se surpreendem, elas fazem uma cara de: ‘Sério, que você mora lá?’. E elas não conseguem enxergar que essa surpresa delas é uma forma de preconceito. Inconscientemente elas pensam que não podem existir pessoas inteligentes e talentosas dentro das comunidades. E eu sou a prova de que existe sim. E existem muitas como eu, é só uma questão de oportunidade.”