Foto divulgação: Sub-Rock
A banda Sub-Rock acaba de lançar seu quarto EP intitulado “Desevolução“, trazendo um novo single: “Meritocracia“. Este single faz parte de uma trilogia junto com outras duas músicas do EP: “Mundo Cruel” e “Muito a Perder”. “As três músicas estão interligadas, contando a história de uma pessoa que, começando na adolescência, descobre a injustiça da vida e segue até o momento em que decide largar tudo e recomeçar”, explica o vocalista Gil.
O EP também marca a troca de guitarrista na banda. Vinicius Pimentel saiu e deu lugar a Marcelo Casado, uma figura conhecida no cenário independente da grande São Paulo com sua antiga banda, Taken By Sound. Casado compartilhou um pouco de suas expectativas com a Sub-Rock: “Conheço a banda há bastante tempo, pois já tocamos juntos em diversos eventos. Hoje, ser um membro da banda é uma grande honra para mim. Estou confiante de que juntos vamos criar coisas incríveis neste novo capítulo, tanto na minha trajetória quanto na da banda.” O EP termina com a música “Noites Sofridas”, uma composição de Vinicius Pimentel, que marca sua despedida da banda. Todo o EP foi produzido pela banda em colaboração com Lau Andrade, gravado no Conspiração Records em Osasco, e está sendo lançado pelo selo SE Records
Ouça nova música de trabalho Meritocracia:
Entrevista com o vocalista Gil Freitas – Sub-Rock
1. Gil, você mencionou que as três músicas “Meritocracia”, “Mundo Cruel” e “Muito a Perder” formam uma trilogia. Pode nos contar um pouco mais sobre o conceito e a mensagem dessa história que vocês estão contando?
Gil Freitas: É um pouco do que eu vivi, a Meritocracia na verdade é uma música antiga da minha outra banda Subeclipse (que a gente não tinha gravado) que o Marcelo Clemer tinha feito uma letra, mas acabei mudando um pouco para fazer o sentido que a gente queria. Ela fala sobre um adolescente periférico indo trabalhar em um ônibus lotado e olhando pela janela um carro com um outro adolescente da mesma idade, boy indo trabalhar e reflete sobre as chances da vida de cada um. A Mundo Cruel, também é uma música antiga que eu fiz há uns alguns anos. Nela esta mesma pessoa depois de um tempo começa a trabalhar e vê que vai ralar , ralar e não vai chegar a lugar nenhum e começa a se revoltar com isto. E fecha com Meritocracia, que é uma música nova mesmo, que fecha este ciclo com este cara com vontade de largar tudo e recomeçar do zero em alguma praia por aí.
2. Com a troca de guitarrista, como o Marcelo Casado se integrou ao processo criativo do novo EP? O que ele trouxe de novo para a sonoridade da banda?
Gil Freitas: Quando o Casado entrou, a gente já tinha gravado 3 das 4 músicas, então ele fez toda a linha de guitarra da última música que a gente gravou que foi a Meritocracia. Ele tem uma influência mais punk e hc, então a influência dele nesta música foi mais neste sentido.
3. Marcelo, você já conhecia a Sub-Rock antes de entrar na banda. Como foi a transição de tocar junto com eles para agora fazer parte da formação oficial? Quais são suas expectativas para essa nova fase?
Gil Freitas: Ele já conhecia, a gente já dividiu palco outras vezes. Quando ele disse que toparia, fiquei bem feliz, pq ele é um cara gente boa e pelo trabalho que ele já tinha feito na Taken By Sound tinha certeza que ia dar liga. A expectativa, é que a banda meio que siga o caminho que ela adotou nos últimos meses de ter um som mais punk/hc.
4. O EP tem uma pegada mais crítica e introspectiva, especialmente com a abordagem da meritocracia e da desigualdade. Como esses temas ressoam com as experiências pessoais de vocês como banda?
Gil Freitas: Sem dúvida, estas 3 músicas tem muito da nossa vida , como pessoas da periferia.
5. A música “Noites Sofridas” é uma despedida do ex-guitarrista Vinicius Pimentel. Como foi trabalhar nessa última composição dele e o que ela representa para o legado da banda?
Gil Freitas: Quando a gente gravou Noites Sofridas, a gente não sabia ainda que ele ia sair. Mas, acabou sendo uma despedida em grande estilo. Muito da sonoridade da banda tem influência dele, então acho que isto já está no DNA da banda e a gente acaba levando um pouco disto mesmo depois da saída dele.
6. A produção do EP foi feita em colaboração com Lau Andrade. Como foi o processo de gravação no Conspiração Records e o que Lau trouxe para dar um toque único ao som de “Desevolução”?
Gil Freitas: O Lau é um cara foda! E entende muito bom como a gente funciona ou não funciona kkkkk. Ele tem um papel fundamental em todo nosso som!
7. Vocês sempre se destacaram por suas letras profundas e reflexivas. O que vocês esperam que o público sinta ou reflita ao ouvir o EP “Desevolução”?
Gil Freitas: Na verdade não tinha pensado nisto ainda. Eu particularmente quando escrevo as letras, não penso muito nisto. Simplesmente escrevo o que sinto. E espero que isto toque de alguma maneira as pessoas e que isto ajude elas de alguma maneira.
8.”Desevolução” marca o quarto EP da banda. Quais foram os maiores aprendizados e mudanças na evolução sonora e na identidade da Sub-Rock ao longo desses anos?
Gil Freitas: Pergunta difícil rsrs. Eu acho o som ganhou mais maturidade e um caminho. No primeiro EP, acho que a gente ainda está tentando descobrir o que a gente queria fazer e com o tempo a gente foi se achando.
9. Como a entrada do Marcelo Casado no lugar do Vinicius Pimentel afetou a dinâmica interna da banda, tanto musicalmente quanto emocionalmente?
Gil Freitas: Musicalmente acho que a gente vai descobrir mais com o tempo, com as novas músicas. Emocionalmente, eu não sei…são pessoas diferentes, mas ambos pessoas fáceis de lidar, então para gente foi tudo tranquilo.
10. Quais são os próximos passos para a Sub-Rock após o lançamento deste EP? Podemos esperar shows, mais músicas novas ou até mesmo uma nova direção sonora para o futuro da banda?
Gil Freitas: A gente quer fazer a turnê deste Ep, voltar a tocar no Rio, que é a nossa 2ª casa, tem muita vontade de tocar em MG e DF. E já vamos preparar o 5º EP , pq a gente não para. Com relação a sonoridade, não sei, estamos pensando ainda. Mas, acho que a gente vai misturar mais coisas , talvez mais grunge, nu metal , além do Punk/HC, não sei ainda…
Sobre a Sub-Rock:
A banda de rock Sub-Rock nasceu na cidade de Osasco em 2019, fruto da união
dos músicos Gil Freitas, Mauricio França, Rita Mendes, Vinicius Pimentel e Diego
Lutero. Já com experiência em projetos anteriores, o grupo se dedicou desde o início à
criação de músicas autorais.
Após alguns ensaios abertos para testar a aceitação do público, a banda decidiu
gravar seu material, resultando em 2 EPs e 1 Álbum Ao vivo que ultrapassaram a marca
de 200.000 streamings no Spotify. Em 2023, a Sub-Rock expandiu sua musicalidade
com o lançamento do EP Latino Americanos, com todas as composições em espanhol.
Com suas músicas em rotação em diversas webs rádios e rádios por todo o país,
a banda teve o privilégio de tocar em duas das mais renomadas rádios de rock de São
Paulo, a Kiss FM e a 89 FM. Apesar das mudanças na formação ao longo dos anos, a
Sub-Rock atualmente conta com Gil, Vinicius, Diego e Droyd.
Para 2024, a banda está preparando o lançamento de dois EPs. O primeiro,
intitulado Lado B, contará com 4 músicas, incluindo 2 versões exclusivas de
composições anteriores. O segundo EP será lançado single a single ao longo do ano e
apresentará 4 músicas inéditas.
Primeiro EP:
A banda tomou uma série de decisões importantes durante o processo de gravação de seu EP. A primeira delas foi escolher o lendário Lau Andrade, do Conspiração Records em Osasco, como local de gravação. Além disso, decidiram trazer um produtor para garantir uma sonoridade diferente, optando por Kleber Muniz, que também é membro da banda Extremo Soma. O convite do selo CrossoverBr veio no início das gravações, adicionando um elemento extra à experiência.
O EP não se prende a um único estilo, abrangendo punk, grunge e pós-grunge.
Destaca-se a participação especial de Patricia Rod Mal (Suiteluxo) na versão em espanhol de “Dorlores” e a contribuição de Kleber Muniz no baixo em “Nós Contra Nós”. Com mais de 110.000 streams no Spotify, o EP surpreendeu a banda com sua repercussão, sendo tocado em rádios online e tradicionais no Brasil e na América
Latina.
Além disso, entre o lançamento do primeiro e segundo EP, a Sub-Rock também lançou a música “Nada Com Nada”, que conta com a participação especial de Renato Limonge. O single acumula quase 40.000 streams no Spotify e foi a primeira música a tocar na principal Rádio Rock de São Paulo, Kiss FM, assim como na FM Rádio Brasil
Atual, ambas em São Paulo, além de outras rádios.
2º EP: Esperança
Foto divulgação: Sub-Rock
A Sub-Rock voltou com seu segundo trabalho, intitulado “Esperança”, após o lançamento bem-sucedido do EP “Eu Só Queria Vencer Uma Vez”. As músicas do EP foram lançadas uma a uma, incluindo “Contra Nosotros”, a versão em espanhol de “Nós Contra Nós”, “Governo Genocida”, “Esperança”, “Quase Caí” e a inédita “Minha Menina”, todas gravadas no Conspiração Records em Osasco, com a produção de Lau e a contribuição de Kleber Muniz e Siro Sousa. As capas dos singles foram criadas por Vinícius Pimentel.
O single “Quase Caí” foi destaque na Kiss FM e foi a primeira música a tocar na 89 FM, sendo reproduzida em ambas as rádios de rock de São Paulo, além de ter sido tocada na Rádio Brasil Atual. Já o single “Governo Genocida” causou polêmica ao criticar diretamente o governo Bolsonaro, sendo indicado como Hit do ano de 2021 em
um dos principais prêmios da música independente, o Prêmio Gabriel Thomaz. Para 2022, a banda realizou a turnê intitulada “Esperança”, que passou por diversos lugares nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. O lançamento do EP, assim como o primeiro, está sendo realizado pelo Selo CrossoverBr. Álbum Ao vivo e EP em Espanhol. Em 2023, a banda continuou a lançar novas músicas e material inédito. Conhecida por seus shows intensos, a banda decidiu lançar seu primeiro álbum ao vivo, gravado no Red Star (antigo Espaço Som), marcando o início de uma parceria com a SE Records. Além disso, a banda sempre teve versões espanhol de suas músicas, então
resolveu fazer uma compilação e lançar seu EP em Espanhol: Latino Americano.
3o EP – Primeiro Ato Parte 3 O terceiro EP da banda começou a ser gravado no início de 2023 com as
músicas “Hora Final” e “Quem (Sabe)?” mas só foi finalizado em março de 2024. Segundo Gil Freitas, a gravação foi adiada devido a uma turnê, fazendo com que o processo se estendesse até o ano seguinte. A banda então decidiu passar quase três meses em estúdio para concluir o EP e já começar a trabalhar no próximo projeto.
Para finalizar o EP, a banda incluiu uma versão de uma música previamente gravada mas não lançada: “Nada Com Nada – Versão Maurício”. Além disso, a banda também gravou uma versão hardcore da música “Dorlores”, que até então só era tocada em shows ao vivo, para encerrar o EP.
Formação:
- Gil Freitas – Vocal
- Droyd – Baixo
- Casado – Guitarra
- Diego Lutero – Bateria
Contatos e redes sociais:
https://www.facebook.com/bandasubrockoficial
https://www.instagram.com/subrock_oficial
https://www.youtube.com/c/SubRockOficial
VIVI MOREIRA – RÁDIO ROTA 220
Vivi Moreira é Compositora, Produtora, designer, toca violão, master chef nas horas vagas, idealizadora da Rádio Rota 220 e Rock Fusion Produções. Escreve sobre música e entrevista artista, produtores e
jornalistas no canal do youtube e é uma amante da arte e tecnologia.
