Como fiel carioca que sou, não pude deixar de participar desse megaevento esportivo que é a Rio 2016. Fui com meu marido a algumas competições. Uma delas, de levantamento de peso, me surpreendeu muito.
Um esporte viril, muito ligado à força masculina, testosterona por todo lado, mas que não se furta a momentos de arte. Como a dança da celebração do atleta do Cazaquistão Nijat Rahimov. Veja abaixo:
Foram segundos apenas, nos quais a alegria pela vitória foi tão imensa que só mesmo com uma dança foi possível celebrar!
Musculatura definida e moldada para suportar muito peso, veias pulsando, o olhar aberto, o grito libertador. Isso tudo veio acompanhado pelo embalo de suas mãos e pés pulsados pela batida do coração. Assim foi a competição entre os atletas participantes do levantamento de peso.
Estamos falando de mais de 214 kg suportados por um corpo humano. E Rahimov leva o ouro na categoria até 77 kg.
Quando a razão extrapola a emoção, eles dançam. A expressão corporal dos atletas, quando conquistam um recorde ou vencem uma competição, é inevitavelmente caracterizada pela dança. É a dança da vitória para celebrar e reverenciar tamanha emoção.
No futebol, isso tão comum que dá até para fazer um videoclipe!
Você mesmo já deve ter passado por isso… Viveu um momento tão único e intenso que só as palavras não podiam expressar. O corpo inteiro grita, celebra! Utilizamos nossos recursos sonoros e nossos movimentos corporais para comunicar um sentimento inexplicável. É nesse momento que dançamos.
Pode ser em forma de saltos, passinhos combinados, em grupo, duplas ou solo, como esse presenciei após a vitória do fortão Rahimov.
Até os mais fortes dançam. No dia 10 de agosto de 2016, o campeão não se conteve: primeiro gritou, depois abraçou a equipe técnica, e finalmente dançou após quebrar o recorde olímpico. Mais do que nunca, a dança está presente e viva nos momentos inesquecíveis desses atletas dançarinos. E dos nossos, simples mortais, também!