Ridley Scott é um dos cineastas mais respeitados de Hollywood, colecionando diversas obras de grande sucesso. Em seu mais novo longa, “O Último Duelo“, traz toda grandiosidade de uma história baseada em fatos reais com uma temática muito importante em pleno século XIV traçando um paralelo muito direto com nossa atualidade. Confira nossa crítica a seguir.
Ao se passar no período medieval, o longa não poupa detalhamente no que diz respeito à brutalidade empregada naquela época, a França do século XIV, onde podemos perceber o domínio total daquelas terras pelos reis e clero. Somos apresentados então à dupla de amigos Jean de Carrouges (Matt Damon) e o escudeiro Jacques Le Gris (Adam Driver ), que possuem muita discrepância em suas respectivas personalidades. Enquanto um é muito próximo do rei e aproveita todas as regalias, o outro busca seu espaço e sempre vai a guerra representando seu país.
Com o passar do tempo, essa amizade dá lugar a uma rivalidade sem fim. Em um determinado momento a reviravolta dessa história acontece quando a jovem esposa de Carrouges, “Marguerite” (Jodie Comer), alega que fora violentamente atacada e estuprada pelo antigo amigo Le Gris. Diferente de muitas mulheres daquela época, ela decide não se calar e busca um julgamento para provar a sua verdade, mas correndo o risco de ser queimada viva caso venha a ser provado seu falso testemunho. Para provar a verdade da sua então esposa, Carrouges deverá desafiar o seu rival Le Gris em um último duelo fatal , pois a morte , segundo o clero, mostrará a verdade por Deus.
A trama é abordada a partir das 3 visões diferentes dos principais personagens: o de Jean de Carrouges (Matt Damon), o de Jacques Le Gris (Adam Driver ) e, no maior e mais detalhado ato, o de Marguerite (Jodie Comer). Todos esses atores entregam atuações marcantes e muito se aprofundam nas camadas complexas de seus ricos personagens. Valendo ressaltar a excelente atuação de Jodie Comer, que carrega a trama em suas costas com uma carga dramática digna de uma indicação ao Oscar. Importante também mencionar a atuação de Ben Afleck como o rei impetuoso Pierre D’Alençon. Além de atuar, Afleck atua como produtor da trama.
Quannto à direção, Ridley Scott (Perdido em Marte; Falcão Negro; Gladiador; Thelma & Louise) entrega uma obra precisa e bastante densa dessa vez, tornando “O Último Duelo” uma das grandes surpresas do ano. No roteiro temos Nicole Holofcener (Poderia Me Perdoar?) que se baseia no livro de Eric Jager.
A mensagem principal da trama é baseada em fatos reais, “O último duelo” mostra que mesmo em um século onde o mundo era completamente machista e as mulheres não tinham voz alguma, sendo constantemente abusadas, “Marguerite” (Jodie Comer) resolve seguir em frente com sua verdade e realiza um marco na história. Apresentando diálogos estruturados, aprofundados e muito importantes, que fazem extremo paralelo à nossa atualidade: mulheres não devem se calar diante de qualquer violência e precisam ter sua voz e verdade respeitadas.
ASSISTA O TRAILER DO FILME:
Por fim, “O Último Duelo” pode até ter seus dois primeiros atos um tanto vagarosos, mas recupera seu fôlego e entrega um terceiro ato extremamente espetacular, com uma mensagem que irá ecoar em nossas cabeças, fazendo-nos refletir bastante com aquele acontecimento histórico.
Ninguém deve ser silenciado, todos nós possuimos o direito de contar a nossa verdade.
NOTA – 9
Confira também o MAKING OF do filme:
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