“Homem-Aranha Sem Volta para Casa”, terceiro capítulo do Homem-Aranha produzido pela Marvel Studios, consegue alcançar um excelente nível de empolgação e euforia e digamos, com um terço do que Vingadores Ultimato proporcionou.
Um dos elementos que ajudou a esse longa a chegar nesse patamar foi o retorno de vilões que os fãs já viram no cinema e interpretados novamente pelos mesmos atores que os incorporaram pela primeira vez, gerando momentos nostálgicos, já que todos citam acontecimentos e motivações que o público já testemunhou no passado. O único personagem que acabou ficando problemático foi o Homem Areia (Thomas Haden Church), pois aparenta não saber de qual lado deve ficar, horas apoia as decisões de Peter Parker (Tom Holand), outras age como um vilão por completo, e essa crise de moralidade fica ocorrendo constantemente, até que em uma hora, o público não sabe mais o que o próprio personagem quer. Tirando isso, o restante dos vilões está muito bem, todos acabam tendo o seu momento e seus motivos para quererem permanecerem no universo em que estão.
A história parte do ponto de onde “Homem-Aranha Longe de Casa” parou, com o mundo descobrindo a identidade do Homem-Aranha, e a partir daí, o diretor Jon Watts (o mesmo dos outros dois primeiros filmes dessa sequência do personagem nessa nova fase do MCU) conduz bem ao mostrar como a vida de Peter fica tumultuada e sem sossego por conta de ser visto como herói para alguns e um criminoso por outros, afetando por completo sua vida pessoal e atrapalhando seu futuro e de seus amigos. Dessa forma decide pedir ajuda ao Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch), mas essa intervenção acaba bagunçando os multiversos e trazendo esses vilões para seu universo.
Para passar de um ponto a outro, o diretor é certeiro ao desenvolver o ritmo junto com o roteiro, sabendo o momento certo de dar menos importante para um determinado problema do protagonista quando outro maior aparece, mas ainda assim não se esquece do primeiro, pois é lembrado no exato momento onde a história mais precisa disso, sem que pareça forçado e colocando sempre o conflito maior em primeiro plano, pois ameaça não só Peter, mas também todo o mundo.
O peso dramático é bem maior que nos dois filmes anteriores. São momentos que vão do emocionante e reconfortante até o triste e trágico, o que funciona sempre. Muitos inclusive pegam o público de surpresa, aumentando ainda mais a emoção da cena e dando a devida importância para as mesmas, pois carregam o simbolismo de uma lição de vida valiosa que o protagonista precisa lembrar em momentos sombrios e sem esperanças.
Para reforçar mais a conexão desse filme com os anteriores, o roteiro cria diversas analogias e acontecimentos similares que funcionam como uma segunda chance em algo que um personagem falhou antes, ou até mesmo como um momento de redenção, fazendo com que os personagens repensem e reconsiderem seus atos. O diretor ainda brinca colocando referências sobre o personagem que são quase despercebidas, mas quando se nota, é engraçado ao ver que vão além do que nos foi apresentado nos cinemas.
Além dos vilões de outros universos conhecidos, o roteiro ainda acrescenta versões alternativas de personagens que já foram apresentados no passado e que fazem parte do universo atual, como o caso de J.J. Jameson (interpretado por J. K. Simmons), que nessa nova versão consegue mais poder midiático, criando por completo a imagem de ameaça sobre o Homem-Aranha, com sensacionalismo barato e que provoca um impacto gigantesco, piorando a reputação de Peter em meio aos diversos conflitos e tragédias que o personagem sofre. Isso torna essa versão de Jameson bem mais cruel e insensível que o da trilogia do diretor Sam Raimi.
Muitas vezes o roteiro cria atalhos para avançar a história ou fazer algo acontecer, colocando os personagens em situações que já foram utilizadas no passado dentro do MCU, situações que anteriormente tiveram mais tempo de preparo, mas que aqui é executado de modo instantâneo, colocando personagens que nunca tiveram acesso a esses métodos, utilizados para criar uma solução que a história precisa para seguir em frente.
O filme ainda contém duas cenas pós créditos: a primeira deixa um gancho para a continuidade da história do Homem-Aranha, já a segunda tem mais importância para o futuro do MCU e o próximo passo que a Marvel Studios tomará.
CONFIRA O TRAILER
“Homem-Aranha Sem Volta para Casa” é o filme que todo fã do amigo da vizinhança pediu e almeja ver, reunindo membros do elenco que já fizeram parte das adaptações da obra de Stan Lee, marcando diversas gerações que acompanham o super herói nas HQs, nas animações e nos cinemas, com um filme simplesmente ESPETACULAR.
NOTA: 9
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