Ele não escondeu suas intenções ao entrar no ‘Big Brother Brasil’. Pelo contrário, deixou claro seu desejo por fama – palavra que aprendera com a mãe ainda na infância. Agora fora da casa, o ator e bailarino diz saber o que o tirou da disputa tão cedo – Luciano foi o primeiro eliminado da 22ª edição do BBB, com 49,31% dos votos, em um paredão disputado com Naiara Azevedo e Natália. Apesar disso, afirma ter alcançado seu objetivo ao entrar no reality:
“Eu estou me sentindo mega famoso! (…) Esse objetivo da fama foi atingido, sim. Não com os dez milhões de seguidores que eu tinha pensado que sairia da casa. Mas eu sempre carrego comigo uma metáfora que diz: ‘Mira na estrela para acertar a lua’. Com toda certeza, eu acertei pelo menos a saída da Terra. Não cheguei à lua, mas no meio do caminho, talvez. De fato, eu consegui uma fração absurda da fama que eu queria”.
Na entrevista a seguir, Luciano avalia erros e acertos no jogo, fala sobre os melhores momentos da experiência de estar no ‘Big Brother Brasil’ e revela seus planos para esta nova fase de sua vida.
O que te levou a ser eliminado na primeira semana?
Eu acho que o fato de eu me afastar das pessoas. Primeiro porque eu comecei a falar desse ponto da fama, que para mim, era uma coisa tão querida e tão fofa, que veio da minha mãe. Só que acabou saindo do contexto, as pessoas entenderam errado e começaram a me julgar. Nesse julgamento, eu acabei me afastando e, no Big Brother Brasil, você não pode se afastar das pessoas; você tem que se aproximar das pessoas. Esse foi o principal ponto. Há também coisas que eu já vi e o próprio discurso do Tadeu deixou bem claro: “você veio e não jogou; acabou se afastando, ficou de lado”.
O que faltou para ir mais longe na disputa?
Exatamente o oposto do que eu falei. Faltou me introduzir mais no jogo, nas conversas; forçar de repente uma aproximação. Ser mais participativo e ativo na casa. E deixar esse lado da fama para lá, não tocar mais nesse assunto – que virou meme. Mas eu, como sou uma pessoa teimosa, tocava muito nesse assunto lá dentro porque eu queria provar o meu ponto para o pessoal. E acabou que me deixou frustrado. Mas se fosse o contrário disso, com toda certeza, eu ainda estaria lá no jogo.
Você acredita que sua sede pela fama te atrapalhou no jogo de alguma forma?
Com toda certeza. Acabou sendo mal interpretada, malvista e fui até tido como o chato ali na casa.
O que te atrai na fama?
É o afeto dos fãs. Eu tive uma fração muito pequena disso, de os fãs chegarem com os vídeos no YouTube que eu fiz e com as peças de teatro que eu acabava protagonizando. Eu descia do palco e a galera vinha tirar foto comigo, me abraçava, me pedia autógrafo… então foi um gostinho. Eu só queria aquilo ampliado. O que sempre me atraiu foi o calor dos fãs e ter fãs, uma galera fiel, engajada, acompanhando e reconhecendo o seu trabalho. No meu caso, são os trabalhos na internet, meu trabalho como ator, como modelo.
Acha que seu desejo conseguiu ser atingido ao entrar no BBB?
Com toda certeza. Eu estou me sentindo mega famoso! Ex-BBB’s estão falando comigo, humoristas de quem eu sou fã há anos também. Tem muita gente me apoiando, dizendo para eu erguer a cabeça, que a vida continua. E eu estou felizão que estão vindo falar comigo. Não estou triste, não. Esse objetivo da fama foi atingido, sim. Não com os dez milhões de seguidores que eu tinha pensado que sairia da casa. Mas eu sempre carrego comigo uma metáfora que diz: ‘Mira na estrela para acertar a lua’. Com toda certeza, eu acertei pelo menos a saída da Terra. Não cheguei à lua, mas no meio do caminho, talvez. De fato, eu consegui uma fração absurda da fama que eu queria.
Nos primeiros dias de confinamento, o grupo Pipoca selou uma aliança e prometeu que iria se proteger. Logo depois, esse laço começou a se desfazer. Na sua opinião, o que gerou essa rachadura no grupo?
Na verdade, a gente sabia que essa aliança não iria durar. Eu dizia desde o começo: Pipoca é legal, mas o Camarote é demais. Por quê? Ia vir ídolo, e veio; pessoas a quem a gente assistia. Essas pessoas sabem lidar com o público, cativar, sabem lidar com pessoas e convence-las. Querendo ou não, a gente ia gostar deles de qualquer jeito. E não deu outra: eles entraram na casa e a gente acabou os abraçando. Eles chegaram numa vibe “ah, não estou aqui para jogar, quero me conhecer”. E nós estávamos muito bitolados em jogo. Quando eles entraram, acabou sendo muito bom, para alguns, e para outros nem tanto. Ali já começou a dividir.
Você acredita que em uma semana de BBB deu para fazer amigos? Quais?
Deu, bastante. Quase todos eu quero levar no meu coração. Mas alguns especificamente, Douglas, Lucas, Rodrigo. O Rodrigo tem os seus defeitos, mas é um cara muito massa, muito legal. O Scooby é um cara muito brincalhão, mas tem um coração absurdo de grande. E olha que para eu chamar alguém de amigo é difícil. Mas esses já são amigos.
Qual foi seu momento mais feliz e especial na casa?
O Show do Alok. O momento da entrada na casa foi extraordinário. Falei “Uau, que sensacional!”. Mas feliz mesmo foi a apresentação do Alok, porque muitas vezes eu vi aquilo pela TV e naquele momento eu estava lá. Que doido! O Alok, para mim, foi fora do comum.
Se pudesse fazer algo diferente no jogo, você faria? O quê e por qual motivo?
Não faria nada diferente, mas, se tivesse que fazer, com certeza seria em relação à questão da fama. Falei a primeira vez e a galera achou ruim? Deixaria quieto, mudaria a tática, tentaria me aproximar das pessoas que ficaram mexidas com isso e não tocaria mais no assunto. Eu acho que isso me manteria no jogo por mais algumas semanas.
Quem você acha que tem mais chances de ganhar o programa?
O Douglas tem muita chance. O próprio Scooby, por falar tanto que não quer, vai acabar sendo um dos finalistas e ou, até ganhando o jogo. Outra pessoa é a Eslovênia, que eu acho uma candidata fortíssima ao prêmio.
Está torcendo por alguém?
Eu ainda não consegui ver nada do programa, nem os meus vídeos. Não consigo dizer muito bem, mas, baseado no que eu vi lá dentro, torço muito pelo Douglas Silva.
Resuma a sua experiência no BBB em uma palavra e justifique.
Fama. Foi o que eu queria e consegui.
Quais são seus planos para daqui para frente, depois de passar pelo BBB?
Simplesmente quadruplicar isso que eu alcancei – em números, em reconhecimento, em alcance. Mostrar o meu trabalho, o meu dom de ser um baita ator, tanto de novela, quanto de filme e comercial. Mas também vender produtos e pegar os jobs que aparecerem. Eu quero usar as minhas redes sociais, o meu alcance para me ajudar e ajudar outras pessoas que também estão começando.
O ‘BBB 22’ tem direção artística de Rodrigo Dourado, direção de gênero de Boninho e apresentação de Tadeu Schmidt. O programa vai ao ar de segunda a sábado, após ‘Um Lugar ao Sol’, e domingos, após o ‘Fantástico’.