O lançamento da parceria entre o músico Marcoliva e o poeta Cláudio Schuster acontece no Dia Mundial da Poesia, 21 de março, nas plataformas digitais. O videoclipe da música Solidão também estreia no YouTube
A primeira frase do álbum Há um blues no fim do túnel já anuncia: a sanidade cansa. A primeira parceria entre o cantor e compositor Marcoliva e o poeta Cláudio Schuster chega às plataformas digitais no Dia Mundial da Poesia, na próxima terça-feira (21). Com diversidade de ritmos, a unidade percorre as oito faixas pela intensidade das interpretações, pelos delírios poéticos e pelos arranjos de Rafael Calegari, que criam o clima para paixões insanas, transgressão e inconformismo. Se o blues é o caminho, por essa estrada passeiam ainda a MPB, o pop e a milonga, que se cruzam para resultar essencialmente em música brasileira.
No mesmo dia, será lançado o novo videoclipe do álbum, com a música Solidão https://www.youtube.com/watch?v=L-yjzvEDHV4, que tem co-autoria de Rafael Meksenas. A direção é de Claudia Aguiyrre, que também dirigiu o videoclipe para Os elefantes tocam blues, escolhido como um dos melhores de Santa Catarina em 2022, de acordo com avaliação do site especializado Rifferama. A canção abre o álbum Há um blues no fim do túnel e pode ser vista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=rv5NsWFm0q4.
“A criação de Marcoliva amplificou meus delírios poéticos. O álbum é um convite a uma experiência com emoções que remetem à liberdade, prazer, rupturas e, por isso mesmo, à utopia e à esperança”, aponta Cláudio Schuster. “É um projeto de vida. Conseguimos reunir artistas inspirados e inspiradores, numa ambiência de criação coletiva que resultou em um álbum surpreendente. No show de pré-estreia, realizado em novembro, percebemos que o resultado foi tão encantador para o público quanto tem sido para nós”, lembra Marcoliva.
A parceria iniciou após se conhecerem no sarau PalavrAcanção, em Florianópolis (SC), em 2019. Em 2021, Marcoliva e Cláudio Schuster iniciaram as composições. O projeto é levar o show, que tem ainda participação de poetas convidados, com performances feitas da plateia, para turnês por Santa Catarina e outros estados.
O ÁLBUM
Há um blues no fim do túnel pergunta, por exemplo, “como vive um vivente/ a beber como água/ a aguardente do amor”? Depois, já embriagados de poesia, os autores anunciam seu manifesto por um “blues de breque/ nesse mundo bundão”. Ao mesmo tempo que presta homenagem ao palavrão e aos desejos mais loucos, cria amantes que dizem “azar de quem/ não descarrilha”, riem e dançam nus ao ritmo de um imaginário tango milonga blues. Em outros momentos, canta o pensamento solitário e existencial: “me perco de vista/ me visto de estrada/ sou um lugar/ que nunca vou alcançar”. Sobretudo, alegra-se ao ver que “gente não cabe/ gente não tem/ nenhum cabimento” e porque, afinal, “só amar nos poesia”.
SOBRE MARCOLIVA
Gaúcho de Carazinho, radicado em Florianópolis (SC) desde 1994, tem cinco álbuns gravados com Tatiana Cobbett: Parceiros (2001), Bendita Companhia (2009), Sonora Parceria (2012), Corte Costura (2014) e Sawabona Shikoba (2016). É autor de três livros: Dupla Poesia (2018), De A a Z: Uma História Poética do Boi-de-mamão na Ilha de Santa Catarina (Ed. Bernúncia, 2012) e Paralelepípedo Poema (Editora Lesma, 2016). Lançou os singles Todos Os Santos, Pela Janela, Aeroplanos, Meu Senhor dos Desgraçados, Xote Para Ti e seu primeiro EP, Cara a Cara, ao final de 2021.
SOBRE CLÁUDIO SCHUSTER
Jornalista e escritor, é gaúcho de Pelotas e vive em Florianópolis desde 1986. Tem sete livros publicados: crime perfeito (publicação do autor – 1994), risco (publicação do autor – 1997), bluz (Blocos – 1999), beba poesia (Insular – 2016), beba poesia volume II (Mondrongo – 2019), Vai dar merda (crônicas – Editora Mondrongo – 2021) e beba poesia volume III (Editora Mondrongo – 2022). Este é seu primeiro trabalho como letrista.
OUÇA AS CANÇÕES ANTES DO LANÇAMENTO
Os elefantes tocam blues, Aguardente, Blues de breque, Leve, Foda, Tango milonga blues, Solidão e Sem cabimento.
FICHA TÉCNICA
Marcoliva (voz e violão)
Cláudio Schuster (poesias e letras)
Rafael Calegari (contrabaixo e direção musical)
Luciano Bilú (guitarra em Blues de Breque, Leve, Tango Milonga Blues e Sem Cabimento)
Cris Ferreira (composição de Tango milonga blues e guitarra em Os Elefantes tocam blues, Aguardente, Foda e Solidão)
Neto Fernandes (teclados)
Alexandre Damaria (percussão em Sem cabimento)
Felipe Neto (bateria)
Roger Corrêa (gaita ponto em Solidão)
Angie Gastambide (voz – participação especial)
Rafael Meksenas (co-autoria de Solidão)
Monica Kukulka (direção cênica)
Maurício Muniz (arte e cenografia)
Claudia Aguiyrre (direção de arte, cenografia, edição e direção dos videoclipes)
Rafael Motta (iluminação)
Davi Tekle (produção)
Guto Campos (vídeo)
Thiago Mangrich (fotografia)
Gravação: Jorge Lacerda Estúdio de Gravação
Mixagem: Felipe Neto – Red River Records
Capa: Eduardo Moreira Krziminski
Selo: Café Maestro
Crédito das fotos do show: Thiago Mangrich
Crédito da foto da capa: Guto Campos