Nem todas as estréias de romance adolescente se concentram na Netflix. É inegável que a plataforma de streaming tomou gosto pelo gênero e vem entregando muitos títulos, mas o novo “After‘, baseado no livro homônimo da autora Anna Todd, é um exceção a regra e está em exibição nos cinemas do País.
Confesso que o gênero não é de longe dos meus favoritos, mas, eu precisava conferir o último trabalho de Selma Blair antes da descoberta da esclerose múltipla que a atriz está enfrentando, comunicado em outubro do ano passado. Sempre fui muito entusiasta da atriz, que fez filmes, como Tudo para Ficar com Ele, Pânico 2, Segundas Intenções entre outros.
A atriz surge com a beleza que lhe é peculiar, e como de se esperar, sem nenhuma sequela da esclerose, visto que o filme foi gravado em meados de 2018, antes da descoberta e anuncio pela atriz.
Voltando para o filme, ele não escapa do formato romance adolescente de 3 atos, onde existe a novidade, a briga e o felizes para sempre, mas aqui com algumas boas peculiaridades. O filme vai e volta neste formato umas 3x, o que o torna mais cansativo que o normal. Os protagonistas vividos por Josephine Langford e Hero Fiennes-Tiffin estão se conhecendo, brigam, voltam de onde pararam, brigam de novo, depois voltam com mais entusiasmo e brigam mais uma vez. Literalmente Anna Todd entendeu bem da atmosfera adolescente para escrever seu livro. Só não sei se a adaptação para o cinema ficou interessante com estes 3 atos com um total de 6 reviravoltas. Dinâmico, não podemos negar que ficou.
Nada irrita mais que o argumento do maior conflito em cena. É tão patético e desolador que eu senti vergonha alheia por todos que estavam na sala de cinema comigo. Mas, ao menos ele serviu para me acalmar com a proximidade do fim. Os atores, por mais crus que ainda estejam, entregam uma boa performance diante de um roteiro tão problemático, e a química entre ambos, sinceramente, é o que salva o projeto. Podemos destacar a fotografia que também faz um papel interessante, transformando algumas cenas em uma pintura.
Sinceramente não li o livro, mas acredito que ele deva aprofundar melhor alguns dos pontos interessantes abordados na trama, como a mãe de Hardin e a relação com seu pai (que somos convidados a entender o ápice dos problemas de ambos no casamento do pai) e o passado de Tessa que também se resume a uma frase sobre as dificuldades enfrentadas por ela.
Claro que dessa forma o filme foca naquilo que entrega de melhor: um legítimo romance adolescente com a fase da descoberta.
Se ainda não ouvir falar do filme, dá uma olhada no trailler:
Bons filmes e nos vemos em breve! 😉
JOÃO FRANÇA FILHO (@CINESTIMADO)
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