No Rio, o longa entrou em cartaz dia 22, aliado ao projeto Mãos à Obra com intervenções artísticas, palestras, oficinas, vídeos, filme a partir da obra “Grande Sertão: Veredas”.
A novíssima adaptação do clássico da literatura brasileira “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, o filme “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, com direção de Bia Lessa, estrelado por Caio Blat (Riobaldo) e Luiza Lemmertz (Diadorim) já está nos cinemas, com distribuição da Filmes do Estação, dentro do projeto Mãos à Obra, que é apresentado pelo Instituto Cultural Vale através da Lei Federal de incentivo à Cultura.
O título do longa-metragem é uma das frases mais famosas do livro, que narra a trajetória do jagunço Riobaldo, enfrentando seus demônios em guerras pelo Sertão mineiro. A produção do longa foi realizada pela produtora 2+3 Produções, em coprodução com a Globo Filmes, Canal Brasil, RioFilme, 2+2 Comunicações e em associação com: Quanta, Effects Film e O Grivo.
O filme fez sua estreia mundial no Festival do Rio 2023 e em seguida participou de diversos festivais nacionais e internacionais como a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2023, a 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes, XV Festival Internacional de Cinema da Fronteira, o Festival du Cinéma Brésilien de Paris, a Mostra Cinebrasil Berlim e o Panorama Brasileiro do Cine en El Kirchner e exibição na Universidade de Yale.
Tivemos a oportunidade de conversar com a diretora e o elenco sobre o filme! Confira abaixo.
CONFIRA NOSSA ENTREVISTA EXCLUSIVA COM A DIRETORA BIA LESSA E OS ATORES CAIO BLAT, LUIZA LEMMERTZ E LUISA ARRAES
SOBRE O FILME
“O Diabo na Rua no Meio do Redemunho” é o resultado de um longo trabalho de Lessa com a literatura de Guimarães Rosa. Bia Lessa diz:
“Este filme vem do desejo de dialogar com a linguagem cinematográfica da mesma forma que Guimarães estabeleceu um diálogo com a língua portuguesa escrita e oral.”
Primeiro, ela fez uma exposição no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, com textos do autor. Depois, transformou o livro em peça de teatro, com a parceria do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, em montagem de enorme sucesso de público e de crítica, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio, no SESC, em São Paulo e em várias capitais brasileiras. E, durante a pandemia, entre 2020 e 2022, retrabalhou as histórias de Riobaldo, desta vez para o cinema, com os mesmos atores da peça. O elenco reúne Caio Blat, Luiza Lemmertz, Luisa Arraes, Leonardo Miggiorin, Clara Lessa, José Maria Rodrigues, Lucas Oranmian, Daniel Passi, Elias de Castro e Balbino de Paula.
(Foto: Divulgação)
Na tela do cinema, os atores transitam por um espaço sem referências geográficas nem fronteiras. Se no teatro os personagens estavam aprisionados numa jaula construída por Paulo Mendes da Rocha e Camila Toledo, na tela do cinema eles perambulam num vazio acinzentado, atordoados entre o delírio, a memória, a fúria e a paixão. São personagens de um sertão onde a ferocidade das emoções é o que há de concreto diante do trágico da vida intensamente vivida. O sertão imaginário de Lessa, como o de Guimarães Rosa, expõe as encruzilhadas da tragédia na representação do mundo como lugar de dúvidas dilacerantes. Neste sertão nebuloso, o próprio cinema, como suporte para apreensão da realidade, é posto em questão por uma metafísica que desafia os limites da linguagem.
“O Diabo Na Rua no Meio do Redemunho” é a quarta incursão pelo audiovisual de Bia Lessa, depois dos longas-metragens “Crede-mi” (de 1996, dirigido em parceria com Dany Roland), de “Então Morri” (de 2016, outra parceria com Dany Roland) e de uma série audiovisual, a trilogia “Cartas Ao Mundo” (pesquisa autoral de Bia em torno da linguagem cinematográfica de Glauber Rocha). Lessa é uma artista multimídia com uma extensa produção e já trabalhou com teatro, ópera, exposições, shows, desfiles de moda, videoarte, instalações, além de performances e trabalhos de curadoria para museus e bienais. Atualmente, prepara o Pavilhão do Brasil para a expo 2025 em Osaka.
Confira o trailer:
Hoje, na tela dos cinemas, a destreza de Bia germina alimento suculento para as nossas emoções mais selvagens e mais reprimidas. As lágrimas do ser humano são permitidas na plateia. No mais profundo da vida autodestrutiva e miserável, na morte, há lugar para o afeto e o amor. Riobaldo e Diadorim − na rua, no redemoinho, em conluio com o Diabo no olhar, no coração – dançam diferentes e felizes tempos. Piscam a alegria de viver, como vaga-lumes que a mata libera à noite. (Silviano Santiago, escritor e ensaísta)
Ao recontar a luta de Riobaldo frente a Deus e Diabo no seu belíssimo filme, O diabo na rua, no meio do redemoinho, Bia Lessa demonstra mais uma vez seu brilho como cineasta. Seu novo confronto com Grande Sertão Veredas mantém uma linha narrativa cerrada e uma inventividade única na metamorfose dos atores e objetos de cena em rocha e água, animais e jagunços, vivos e mortos. Contra um fundo negro abstrato, o ritmo tumultuado das guerras e paixões se somam em ondas sucessivas de memória a falas cuja poesia sustenta o sentido de religiosidade, violência e redenção do sertão, vívido e presente. (Ivone Margulies, crítica de cinema, professora da CUNY)
Uma recriação inventiva que se destaca no atual panorama atual do cinema brasileiro – Eduardo Escorel – Revista Piauí
Sinopse:
Riobaldo, um jagunço (cangaceiro ou pistoleiro) revive sua vida turbulenta no sertão. Ele relata suas experiências como membro de dois bandos inimigos entre si, um bando liderado por Joca Ramiro e o outro, por Zé Bebelo. Posteriormente, assume a liderança do bando após a morte de Ramiro. O enredo é marcado pela presença de um personagem enigmático chamado Diadorim, que se torna o grande amor de Riobaldo e despertando no mesmo inúmeras questões: “Aonde está o Demo? Está fora ou dentro do homem? Como um homem pode amar outro homem? Coração da gente – o escuro, escuros…” Diadorim é um mistério constante para Riobaldo e a verdadeira identidade de Diadorim é revelada apenas no clímax da história.
A narrativa é não linear, com reflexões filosóficas entrelaçadas com cenas detalhadas da vida e das batalhas sangrentas no sertão, incluindo crenças populares, lendas e tradições. No cerne estão as questões de dualidade, ambiguidade e conflito interior. Riobaldo constantemente lida com escolhas morais e dilemas éticos, enquanto busca entender seu lugar no mundo e sua própria natureza. A relação entre Riobaldo e Diadorim simboliza muitos desses temas, explorando a complexidade da identidade, gênero e afetos profundos.
Elenco:
Caio Blat, Luiza Lemmertz, Luisa Arraes, Leonardo Miggiorin, Clara Lessa, José Maria Rodrigues, Daniel Passi, Lucas Oranmian, Elias De Castro, Balbino De Paula
Ficha Técnica:
Produção: 2+3 PRODUÇÕES
Coprodução: GLOBO FILMES, CANAL BRASIL, RIOFILME, 2+2 COMUNICAÇÕES
Em associação com: QUANTA, EFFECTS FILM, O GRIVO
Produtores: LUCAS ARRUDA e BIA LESSA
Produtores associados: GUEL ARRAES e RT FEATURES
Direção e roteiro: BIA LESSA
Figurinos: SYLVIE LEBLANC
Cenografia: BIA LESSA
Adereços: FERNANDO MELLO DA COSTA
Direção de fotografia: JOSÉ ROBERTO ELIEZER, ABC
Montagem: SÉRGIO MEKLER, RENATA CATHARINO
Música: EGBERTO GISMONTI
Trilha sonora e música original: O GRIVO
Produção musical (Egberto Gismonti) e Pesquisa Sonora: DANY ROLAND
Direção de arte: TONI VANZOLINI
Mixagem: RICARDO REIS, ABC
Supervisão de edição de som: MIRIAM BIDERMAN, ABC
Coreografia e preparação corporal: AMÁLIA LIMA
Design gráfico: TON ZARANZA
PROGRAMAÇÃO:
São Paulo
Cinesesc
De 15 a 21/08 – Exibição “O Diabo Na Rua no Meio do Redemunho”
15/08 – Sessão especial “O Diabo Na Rua no Meio do Redemunho”, a partir de 18h30 no foyer, exibição as 20h seguida de debate – presença de Bia Lessa e Luiza Lemmertz
19/08 – Abertura da sessão com Caio Blat, Luiza Lemmertz, Luisa Arraes (a confirmar) e Bia Lessa
Centro de Pesquisa e Formação – SESC 14 Bis
20/08 – Oficina Processo Criativo com Bia Lessa e equipe, Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, das 10h30 às 18h
Espaço Augusta – Mostra Mãos à Obra* (15 a 21 de agosto de 2024)
Exibição:
*Excetuando “O Diabo Na Rua no Meio do Redemunho”, os demais filmes contarão com entrada franca
- O Diabo Na Rua no Meio do Redemunho, de Bia Lessa (107 min) – com bilheteria
19/08 – Sessão especial às 19h30 de “O Diabo Na Rua no Meio do Redemunho” seguida de debate com Caio Blat, Luiza Lemmertz, Luisa Arraes (a confirmar) e Bia Lessa
- Onde Nascem as ideias, de Carolina Sá (57 min)
• Making-of do Grande Sertão: Veredas, de Bia Lessa
• Mutum, de Sandra Kogut (1h35min)
• Poema desentranhado de uma nota de rodapé, de Suzana Macedo (25 min)
• Outras Estórias, de Pedro Bial (100 min)
Oficina (gratuita)
17 e 18/08 – Processo Criativo com Bia Lessa e equipe, no Espaço Augusta, (sábado das 10h às 18h e domingo das 10h às 14h)
Rio de Janeiro
De 22 a 05/09 – Estação NET Botafogo 1
Dia 22/08 – Sessão especial com participação de convidados, Caio Blat, Luiza Lemmertz, Luisa Arraes, entre outros atores do filme, apresentação Dj Dany Roland
De 23 a 25/08 Oficina de Processo criativo com Bia Lessa e equipe
De 22 a 05/09 Exibição de Mostra Mãos à Obra: Universo Guimarães Rosa com debates, palestras com convidados
Belo Horizonte – de 29/8 a 04/09 – Belas Artes
São Luis – 12 a 18/09
Salvador – 19 a 26/09
Fortaleza e Porto Alegre – previstas para outubro.
Sobre Bia Lessa
Bia Lessa, artista multimídia brasileira, autodidata, realizou trabalhos nas áreas de cinema, teatro, música, ópera, instalações, exposições, museus e arquitetura. Em cinema, realizou três longas-metragens: “Crede-mi”, a partir da obra “O Eleito”, de Thomas Mann, “Então Morri”, prêmio de melhor longa-metragem na categoria Novos Rumos do Festival do Rio, e o filme “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, a partir da obra de João Guimarães Rosa, participa do Festival do Rio 2023. Realizou a minissérie “Cartas ao Mundo”, a partir da obra de Glauber Rocha, um documentário intitulado “Scar”, sobre a violência contra a mulher, para o Southbank Centre em Londres, e “Casa de Bonecas”, de Ibsen. Seus espetáculos e filmes foram apresentados no Centre Georges Pompidou em Paris, no Festival de Outono de Madri, no Festival Theater der Welt na Alemanha, no Festival de Cinema Berlinale em Berlin, Sommer Theater Festival – Hamburgo / Sigma Festival – Bordeaux/ Zurcher Theater Spektakel – Zurich/ Festival Internacional de Teatro de Caracas/ Festival des Ameriques – Montreal/ Festival Dumaurier – Toronto/ Festival de Cadiz/ e Festival de Cinema de São Francisco, Biarritz, Shangai, Jerusalém, Calcutá, Praga, Brisbane, Zurique, Munique, Colonia, Hamburgo, Dusseldorf, Nova York etc. Seus primeiros trabalhos em teatro não tinham nomes, e sim números; “ensaio número 1”, “ensaio número 2” e assim sucessivamente, reforçando a ideia de um pensamento que se desenvolve a partir do raciocínio anterior. Sua trajetória cênica foi calcada por espetáculos experimentais, desenvolvendo um trabalho de pesquisa rigoroso que privilegiou levar à cena obras literárias. Montou, ao longo de sua trajetória, grandes obras literárias, como “Os Possessos”, de Dostoiévski, “O Homem Sem Qualidades”, de Robert Musil, “Orlando”, de Virginia Woolf, “A Terra dos Meninos Pelados”, de Graciliano Ramos, “A Tragédia Brasileira”, de Sergio Sant’Anna, “Viagem ao Centro da Terra”, de Júlio Verne, “A Cena da Origem”, transcrição de Haroldo de Campos de trechos da bíblia (Eclesiastes e Gênesis). Recentemente, montou “Macunaíma”, de Mario de Andrade, “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, e “Pi – Panorâmica Insana”, a partir das obras de autores contemporâneos.
Realizou importantes exposições, entre elas “Grande Sertão: Veredas” no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a exposição “Claro e Explícito” e “Itaú Contemporâneo”, no Instituto Cultural Itaú e a exposição “Barroco Brasileiro”, na Bienal do Redescobrimento. Realizou no Salão Nobre da ONU a performance “The Second Unveiling”, a partir do painel “Guerra e Paz”, de Candido Portinari. Fez a exposição-manifesto “Cartas ao Mundo”, um tríptico dividido em três capítulos – “Asfixia”, “Mercadoria” e “O Comum” –, a partir da obra de Glauber Rocha.
Criou o “Pavilhão do Brasil” na Expo 2000 em Hannover, Alemanha e o “Pavilhão Humanidade 2012”, com Carla Juaçaba, durante a Rio +20, no Rio de Janeiro. Participou da criação dos museus Paço do Frevo, em Recife, e do Museu Casa de Cultura de Paraty. Inaugurou o Museu da Língua Portuguesa, com a exposição “Grande Sertão: Veredas”. Montou as óperas – “Il Trovatori”, “Aida”, “Don Giovanni”, “Cavalleria Rusticana”, “Pagliacci” e “Suor Angelica” nos Teatros Municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo.
O projeto MÃOS À OBRA
O projeto Mãos à Obra acontece nas cidades com intervenções artísticas, palestras, oficinas, vídeos, filme a partir da obra GRANDE SERTÃO: VEREDAS de Guimarães Rosa, com concepção de Bia Lessa. As palestras e debates abordarão diferentes aspectos da obra, como sua linguagem, temáticas, além de explorar o processo criativo de Bia Lessa. As oficinas, por sua vez, oferecerão oportunidades de aprendizado e experimentação para os participantes. As palestras, os debates, as oficinas e exibições do making of e do documentário “Onde Nascem as Ideias” serão gratuitas. Mão à Obra é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, através da lei de incentivo à cultura. E no Rio de Janeiro, o projeto também conta com o patrocínio da Firjan SESI.
@institutoculturalvale #InstitutoCulturalVale, #Cultura, #firjansesi e #firjansesicultura
GLOBO FILMES | Coprodutora
Construir parcerias que viabilizam e impulsionam o audiovisual nacional para entreter, encantar e inspirar com grandes histórias brasileiras. É assim que a Globo Filmes atua desde 1998 como a maior coprodutora e uma das maiores investidoras do cinema brasileiro. Em 2023, completou 25 anos e chegou à marca de mais de 500 filmes no portfólio e mais de 260 milhões de público acumulado. Como produtora e coprodutora, seu foco é na qualidade artística e na diversidade de conteúdo, levando ao público o que há de melhor no cinema brasileiro: comédias, romances, infantojuvenis, dramas, aventuras e documentários. A filmografia vai de recordistas de público, como “Minha Irmã e Eu”, maior bilheteria nacional pós-pandemia, “Tropa de Elite 2” e “Minha Mãe é uma Peça 3” – ambos com mais de 11 milhões de espectadores – a sucessos de crítica e público como “2 Filhos de Francisco”, “Marighella”, “Que Horas Ela Volta?”, “Pedágio” e “Carandiru”, passando por longas premiados no Brasil e no exterior, como “Cidade de Deus” – com quatro indicações ao Oscar – e “Bacurau
CANAL BRASIL é o canal que mais coproduz cinema no país, com mais de 400 longas-metragens. Esse ano, completa 25 anos no ar com uma programação diversa com séries, ficções, documentários, programas e shows que apresentam retratos da cultura brasileira. O acervo do canal conta com obras dos mais importantes cineastas brasileiros e de todas as fases do nosso cinema, com uma grade que conta a história da sétima arte do país. O que pauta o canal é a diversidade, com uma programação plural, composta por muitos discursos e sotaques. A palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.
Sobre a produtora DOIS + TRÊS PRODUÇÕES -Na área audiovisual: 2017 Grande Prêmio De Cinema e 2016 Filme Então Morri – De Bia Lessa E Dany Roland. No teatro: 2017/2018/2020 Grande Sertão: Veredas – Espetáculo Instalação; 2018/2019 Macunaíma – Direção Artística E Cenografia – 2018/2019; 2018 Panorâmica Insana – Direção Artística – 2018.
EXPOSIÇÕES: 2022 Exposição Cartas ao Mundo – SESC Paulista; 2021 Expo 15 Anos do Teatro Poeira – Antes e depois dos espetáculos – Direção Artística; 2018 Cicatrizes/Scar – SouthBank Centre – Londres. ÓPERA: Aída – Theatro Municipal SP – 2020.
2+2 COMUNICAÇÕES. Na área audiovisual: SERIE Cartas ao Mundo, a partir da obra de Glauber Rocha, Globo Play, Canal Curta, Sesc –2022. Exposições: EXPOSIÇÃO Cartas ao Mundo – SESC SP – 2020; EXPOSIÇÃO Acervo Itaú Cultural Arte Contemporânea – 2007; EXPOSIÇÃO Grande Sertão Veredas, Museu da Língua Portuguesa – 2007; EXPOSIÇÃO Bíblia Citações – Carlos Araújo – 2010; EXPOSIÇÃO Maria Bethânia – Maria De Todos Nós – 2015. Museus: CRIAÇÃO, CURADORIA E EXPOGRAFIA Paço Do Frevo – 2008. Shows: Maria Bethania, Dia Mundial Da Água – 2007; Maria Bethania – Dentro Do Mar Tem Rio – 2007; “N9ve” Ana Carolina – 2009; Maria Bethânia Amor Festa e Devoção – 2009; Margareth Menezes, Afropop Brasileiro 2010 – 2010. Teatro: Exercício Nº 02 – Formas Breves, Sesc Vila Mariana – 2009; Astronautas – 2011; Panorâmica Insana – 2018; Grande Sertão Veredas – 2017/2018/2019. Ópera: Il Trovatore, direção geral e cenografia, Theatro Municipal RJ A – 2010 e Aída – Theatro Municipal SP – 2020.