AC ENTREVISTA – CINEMA e COMPANHIA: Confira nossas entrevistas exclusivas com o diretor do filme SALAMANDRA e o ator Alex Carvalho e o ator Allan Souza Lima

 

SALAMANDRA, filme de estreia de Alex Carvalho, conta em seu elenco com uma das maiores atrizes francesas contemporâneas, Marina Foïs; e o talento devastador do brasileiro Maicon Rodrigues. O roteiro, assinado pelo diretor, é baseado no romance de Jean-Christophe Rufin, La Salamandre, um clássico da literatura francesa moderna. O longa estreou no Festival de Veneza e na 45ª Mostra Internacional de São Paulo, em 2021. Foi rodado inteiramente em Olinda e no Recife, onde Rufin atuou como adido cultural do Consulado Francês no final dos anos 80. SALAMANDRA é uma coprodução do Canal Brasil e Telecine, e está sendo lançado hoje no Brasil pela Pandora Filmes ! No elenco, também estão Bruno Garcia, Allan Souza Lima, Anna Mouglaglis, Buda Lira, Thardelly Lima e Suzy Lopes.

Confira nossa entrevista exclusiva com o diretor e roteirista Alex Carvalho:

 

Confira nossa entrevista exclusiva com o ator Allan Souza Lima (@allansouzalima):

CINEMA & COMPANHIA: Poderia compartilhar um pouco sobre como foi o processo de construção do personagem Gil? Quais foram as inspirações e como você se preparou para interpretar esse papel tão complexo e carismático?

ALLAN: Bom, na verdade, o meu processo, eu posso dizer que começou de forma mais matemática, né? Até mesmo porque eu tive que aprender a falar francês, né? Aquelas partes do filme. Então, já foi o meu primeiro grande desafio. Estudei durante três semanas, cerca de 10 a 12 horas por dia, para tentar chegar ao máximo da língua, não somente para decorar o texto, mas para entender a dinâmica do texto, entender o que o outro personagem falava, entender as coisas. Então, para mim, a minha construção já começou por aí. Já me trouxe, de resquício, o início de uma criação de um personagem. Junto com a preparação de elenco, com o Leonardo Laca e os atores, fomos construindo emocionalmente o nosso trabalho.

CINEMA & COMPANHIA: Nos conte um pouco como foi a experiência em trabalhar com uma atriz tão renomada como Marina Foïs. Como era a dinâmica entre vocês durante as filmagens e como essa parceria influenciou suas performances?

ALLAN: Cara, trabalhar com a Marina foi incrível, foi uma grande experiência. Lembro muito bem da troca cênica que tivemos. Ela sempre foi muito parceira comigo. Me lembro que a primeira vez que a gente foi encontrar a Senna falando francês, a gente conversando em inglês, falei para ela que eu ia seguir o tom e a musicalidade dela na cena, foi onde me apeguei. Então, acho que foi de máxima importância. Como eu não tenho controle da língua, eu preciso ouvir, preciso entender a musicalidade. Isso foi a grande experiência que eu tive: a musicalidade do jogo. Fazer qualquer outra língua, por mais que a gente tenha a propriedade, mas não é a nossa língua-mãe, foi uma grande experiência entender que o principal ativo é o entendimento.

CINEMA & COMPANHIA: Em termos de desafios, quais você enfrentou para interpretar o Gil e quais aprendizados você levará dessa experiência para sua carreira futura?

ALLAN: Respondendo à última pergunta: Bom, sem sombra de dúvida, o maior desafio nesse trabalho foi falar francês. Quando eu recebi o convite, prontamente aceitei esse super desafio. E a maior experiência que eu tive, que eu levo, e até hoje eu comento muito sobre isso, foi como ouvir.

 

Assista ao trailer:

 

Saiba mais sobre o filme

No filme, Marina é Catherine, uma francesa que vem para o Brasil. Hospedada em Recife, onde mora sua irmã (Anna Mouglalis), ela acaba conhecendo o jovem Gil (Maicon). Os dois embarcam numa relação inesperada que transforma suas vidas. O colonialismo retratado no livro é abordado de maneira muito interessante e original, expondo, por meio de metáforas, o senso de culpa carregado pela protagonista europeia, que não é necessariamente privilegiada socialmente em seu lugar de origem. “Tive alguns conflitos com o livro, principalmente pelo ponto de vista estar centrado nos olhos da protagonista europeia, mas vi muita força no choque entre as experiências dos personagens. Como vivi metade da minha vida fora do Brasil, com passagens pela África e Europa, sempre tive um grande interesse em diálogos multiculturais. Tentei fazer uma abordagem pessoal e tridimensional, considerando o público brasileiro e minhas próprias questões em relação à temática. Minha intenção era tocar mais a classe que explora do que a que normalmente é explorada. Nas diversas conversas que tive com a montadora do filme, Joana Collier, costumávamos chamar essa abordagem de ‘cortar a própria pele’.” – diz Carvalho.

 

Sinopse

Depois de passar anos cuidando do pai, Catherine se sente sufocada pelo contraste entre seus sentimentos e a sua realidade. Ela foge para o Brasil esperando se reconectar com sua irmã. Nesse novo cenário, livre de responsabilidades, mas ainda desorientada, ela se vê envolvida num romance inesperado com Gil, um jovem carismático. Catherine é tocada pela fragilidade de Gil, e a atração mútua entre eles surge do desejo compartilhado de aceitação, ambos como estrangeiros nessa nova paisagem. Enquanto seus corpos se encontram, as tensões da cidade ecoam entre eles, intensificando cada contato e tornando a libertação uma miragem distante. Determinada a não olhar para trás, Catherine enfrenta a difícil escolha de seguir adiante com sua transformação, mesmo que isso a leve a um desfecho violento e irreversível.

 

Ficha Técnica

  • Direção e roteiro: Alex Carvalho, a partir do romance La Salamandre, de Jean-Christophe Rufin
  • Colaboração na adaptação: Rita Toledo, Nelson Caldas Filho, no Brasil. Alix Delaporte e Thomas Bidegain, na França.
  • Produção: Alex Carvalho, Tiago Carneiro Lima, Sven Schnell, Patrick André, Julie Viez
  • Coprodução no Brasil: Adriana Rouanet e Paula Cosenza
  • Elenco: Marina Foïs, Maicon Rodrigues, Anna Mouglalis, Bruno Garcia, Allan Souza Lima, Buda Lira, Suzy Lopes
  • Direção de fotografia: Josée Deshaies
  • Trilha sonora: Jam da Silva
  • Direção de arte: Juliana Lobo
  • Desenho de som: Edson Secco
  • Montagem: Joana Collier e Agnieszka Liggett
  • Coprodução: Canal Brasil e Telecine
  • Apoio: Projeto Paradiso e Instituto Rouanet
  • Gênero: Drama
  • País: Brasil, França, Alemanha, Bélgica
  • Ano: 2021
  • Duração: 116 min

 

Sobre a Pandora Filmes

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 35 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de longas-metragens no Brasil, revelando cineastas outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos dos últimos anos incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional; “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro em Cannes; “Parasita”, de Bong Joon Ho, vencedor da Palma de Ouro e do Oscar; o tunisiano “O Homem que Vendeu Sua Pele”, de Kaouther Ben Hania, e “A Felicidade das Pequenas Coisas”, uma grande surpresa do cinema do Butão, ambos indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional; “Apocalypse Now: Final Cut”, a obra-prima de Francis Ford Coppola; “Roda do Destino”, de Ryusuke Hamaguchi, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim; mais os brasileiros “Deserto Particular”, de Aly Muritiba, e “Uma Família Feliz”, de José Eduardo Belmonte, dois grandes sucessos aclamados pela crítica.

 

 

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Author

Luan Ribeiro, natural de Mata de São João, Bahia, é como um "protagonista" que decidiu viver em meio aos grandes filmes. Especialista em comunicação, segue guiado pelo seu amor às histórias épicas e sagas cinematográficas, Luan é o criador do @CinemaeCompanhia no Instagram, que ganhou destaque como a editoria do Canal de mesmo nome no Portal ArteCult.com. Para ele, assistir a um filme é como entrar em um multiverso, uma oportunidade de se teletransportar para galáxias distantes ou enfrentar dragões, tudo enquanto escapa da rotina. Luan é um verdadeiro "rato de cinema", acompanhando as estreias como um Jedi em busca do equilíbrio entre a fantasia e a crítica afiada. A cada visita às telonas, ele analisa o enredo, as performances e, claro, traz aquele toque geek que só um verdadeiro fã de cultura pop pode oferecer. Pelo CINEMA & COMPANHIA, ele não só compartilha críticas e curiosidades como também realiza entrevistas dignas de tapete vermelho, sempre com um olhar atento para valorizar o Cinema Nacional e suas produções heroicas. Instagram.com/CinemaeCompanhia E-mail: luancribeiro@icloud.com

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