Com cerca de dois milhões de inscritos no seu canal do YouTube e mais de 400 mil seguidores no instagram, a empresária e produtora de conteúdo, Carol Capel é um sucesso nas redes sociais. Assistindo às séries de TV e acompanhando os livros que a mãe usava para aprender o idioma, aos 16 anos, já tinha fluência na língua estrangeira.
Em 2015, foi transferida pela empresa em que trabalhava para assumir o departamento financeiro e morar nos Estados Unidos, na cidade de Sanford, na Flórida. Ao aceitar o convite, mal sabia Carol que, seu hobby nas horas vagas, seu canal recém-criado no YouTube, mudaria por completo a sua vida.
Mesmo longe do Brasil há mais de cinco anos, Carol abraça no país a causa dos animais, outra paixão da sua vida. O canal não parou de crescer, e os conteúdos são diversos, de dicas de viagens a casos misteriosos e sobrenaturais que geram milhares de visualizações. Desde 2018, fixou residência em Cracóvia, na Polônia, lugar que se apaixonou após uma viagem, e vive até hoje.
Abaixo você confere um entrevista exclusiva para o ArteCult
Porque você escolheu a Cracóvia?
Depois de três anos nos Estados Unidos, decidi me mudar para a Europa. Como já tinha cidadania italiana, desembarquei na Itália, aonde vivi por sete meses, e desde 2018, fixei residência em Cracóvia, na Polônia, lugar que me apaixonei após uma viagem.
Você já passou por diversos países, de que forma isso acrescenta no seu conteúdo?
Todas as experiências que eu tive em diversos lugares que eu fui, contribuíram não para o meu conteúdo no canal apenas, mas sim para minha vivência e sabedoria pessoal. Cada museu, cada marco histórico que eu passei, me ajudaram a construir um conteúdo sólido. Como, por exemplo, seria possível falar sobre Nazismo e os horrores da segunda guerra sem ter ido a Berlim e ao memorial dos Judeus Mortos na Guerra? O memorial complementa Auschwitz, que complementa toda a história que eu conheço do comunismo aqui na Polônia. Então, sempre que eu vou fazer um vídeo, utilizo todo o conhecimento que tenho e até quando preciso é, eu vou para determinados locais apenas para gravar sobre determinado assunto. Já fui à Letônia para gravar um vídeo relacionado à força G e aos voos de caças soviéticos para civis. Tudo contribui e é aprendizado sempre.
O Aladin é um sucesso no Instagram. De onde veio a ideia de fazer conteúdo com ele?
Sempre fui apaixonada por animas. No Brasil, ajudo a uma protetora independente, que fica em São Paulo, e cuida de 70 animais abandonados e vítimas de maus-tratos, resgatados da rua. Em Sanford, na Flórida, Estados Unidos, onde morei, sempre visitei o abrigo municipal, Pet Alliance. Me avisaram que estavam com uma ninhada inteira de vira-latas. Quando cheguei lá com o meu marido, Marcelo, só sobrou um e que seria sacrificado no dia seguinte porque o local já estava fechando e ninguém havia se interessado. Fiquei apaixonada! Paguei 150 dólares para adotá-lo porque só nos Estados Unidos, que você tem que pagar para adotar um animal. Colocamos o nome de Aladdin, meu personagem favorito da Disney, por ser um “Diamond in a Rough”, ou seja, um diamante bruto, que precisa ser lapidado. Quando era pequeno, ele roubava tudo e levava para a sua cama. Criei um perfil para ele, no Instagram, o @viralatadeblogueira. Lá, eu falo sobre a importância da adoção, que não precisamos de um animal que custa milhares de reais, que um amigo não se compra e mostro, através da minha experiência com o Aladdin, que os vira-latas também são muito fofos, como qualquer outro cachorro.
Uma curiosidade, qual era sua série favorita na adolescência?
Eu gostava muito e gosto até hoje de “Todo Mundo Odeia o Chris”. Acho hilário.
Carol você acredita que assistir às séries e filmes em inglês foram um grande diferencial para sua formação?
Sim, assistir todo e qualquer conteúdo na língua original, ajuda e muito a deixar qualquer idioma ainda mais fluente. No momento, estou buscando uma certificação em italiano e tenho consumido muito conteúdo nessa língua, como filmes, séries e documentários no YouTube. Séries em inglês existem de monte e em todos os lugares, tanto em plataformas pagas quanto gratuitas, então é uma ótima maneira de você praticar o listening e usar as frases faladas pelos atores em sua linguagem. Eu sempre dou essa dica no meu curso ou quando alguém me pergunta. Foi assistindo Hannah Montana, que eu consegui deixar meu inglês ainda mais fluente, quando tinha 19 anos de idade.
A sua criação de conteúdo, mudou por conta da quarentena?
Não mudou. Continuo fazendo o mesmo tipo de conteúdo. Mesmo porque as palavras pandemia e quarentena são banidas do YouTube, não podem ser mencionadas. Então, eu sigo na mesma linha de conteúdo que já fazia antigamente e quando eu preciso mencionar algumas palavras que são consideradas proibidas pelo YouTube, eu as adapto: Quarentena no meu canal virou “Quarenta antenas” e Pandemia, “Panda e Mia” e Corona Vírus, “Kukamonga Vírus”. Temos que nos adaptar em tudo e essa foi a maneira que encontrei de continuar levando meu conteúdo sem sofrer sanções da plataforma.
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