A ÚNICA COISA QUE NÃO SAI DE MODA SÃO OS LIVROS

A ÚNICA COISA QUE NÃO SAI DE MODA SÃO OS LIVROS

Você pode fazer o que quiser, ser cabeleireiro, skatista, comissário de bordo, professor de matemática, geriatra, plantonista, e pode querer escrever um livro. Livro é a única coisa que cabe em qualquer profissão, basta criar tempo para escrevê-lo, porque toma tempo. E nunca sai de moda.

A mocinha faz de um tudo, se dedica à sua profissão, vai a todos os lugares, um dia, escreve um livro. Conta lá o que quiser. A senhora, o senhor, até o ascensorista tem uma história de vida para contar. Até o adolescente. Em qualquer atividade, cabe um livro. Só não escreve quem não quer.

Agora, saber escrever e escrever bem é outra coisa. Mas não é disso que estamos falando. Escrever e publicar nunca sai de moda desde… muito antes que imaginamos, senão, como saberíamos sobre os povos antigos? Escrever, registrar sua história, desenhar faz parte da humanidade, mesmo sem saber de onde viemos.

Não tem importância, porque escrever nunca sai de moda. Nem ler. Nem contar histórias. Que tal contar a sua?

 

Thereza Christina Rocque da Motta

Primavera, 2025

 

 

 

 

 

 

 

Colunista ArteCult e editora da Ibis Libris Editora (@ibislibris)

 

 

Author

Thereza Christina Rocque da Motta (São Paulo, SP, 1957) é poeta, editora e tradutora. Foi Jurada de Tradução do Prêmio Jabuti, em 2018. Recebeu a Medalha Chiquinha Gonzaga da Câmara dos Vereadores, em agosto de 2021. Coordena a Ponte de Versos desde 2000, evento incluído no Calendário Oficial de Cidade do Rio de Janeiro, em 2024. Fundou a Ibis Libris no Rio de Janeiro, em 2000. Publicou Joio & trigo (1982), Capitu (2014), Lições de sábado (crônicas, 2015), Minha mão contém palavras que não escrevo (2017), O amor é um tempo selvagem, Lições de sábado Vol. 2 e A vida dos livros Vol. 2 (2018), Poesia Reunida 40 anos (1980-2020), Sheherazade: Novas lendas das 1001 noites e três já conhecidas (2022), entre outros. Traduziu, entre outros, Marley & Eu, de John Grogan (2006), A Dança dos Sonhos, de Michael Jackson (2011), 154 Sonetos, de William Shakespeare (2009), Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll e O Corvo, de Edgar Allan Poe (2020), Mais mortais que os homens, org. Graeme Davis (2021) e A última casa da Rua Needless, de Catriona Ward (2023), vencedor do British Fantasy Award, como Melhor Romance de Terror de 2022.

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