A ÚLTIMA NOTA: A reconexão com a musicalidade

 

A produção “A Última Nota” (Coda), chega amanhã, 31/7, às principais plataformas de aluguel de filmes. O longa possui a direção do estreante Claude Lalonde, que nos apresenta um drama sobre um famoso pianista chamado Henry Cole (Patrick Stweart), que após se dedicar a uma vasta carreira como pianista, se vê conturbado após a morte de sua esposa, resolvendo assim afastar-se dos palcos. Tomado por uma ansiedade sem fim e em crise, fica desconfortável só de pensar na hipótese de retornar às apresentações, mas através da ajuda da jovem jornalista Helen Morrison (Katie Holmes), buscará uma nova reconexão com sua musicalidade. Confira a nossa critica , sem spoiler, a seguir.

O filme possui um ritmo bem gradativo, calmo e sem muitas reviravoltas. Lalonde nos propõe um mergulho na vida de Henry Cole e faz com que nos conectemos rapidamente ao drama em que o personagem se encontra. Até onde vai a nossa mente para nos impossibilitar de fazer aquilo que passamos a nossa vida inteira estudando e nos aperfeiçoando? Uma pergunta bastante interessante. Durante os dias das nossas vidas estamos suscetíveis a qualquer tipo de evento, seja ele positivo ou devastador como a morte de um ente muito querido e muito próximo, podendo desencadear uma série de fatores. No caso de Henry, quando sua esposa padece, a sua conexão com a música é cortada drasticamente, cabe a ele agora, através de superação e discernimento, buscar seu reencontro musical. Este é o pano de fundo dessa história.

Cena de Última Nota. Foto: Divulgação.

O filme possui uma sutileza própria no que tange aos pontos que guiam a trama. Seja com seus personagens, que possuem boas nuances e casam perfeitamente em seus respectivos desenvolvimentos, ou na excelente sonoplastia presente na produção, marcada por uma boa trilha sonora e uma interessante fotografia que se alinham como boas amigas. Ou ainda com seu roteiro, responsabilidade de Louis Goldout, que instiga o público que fixa muita atenção em seus 95 min de filme.
Mas no quesito edição alguns pontos de desenvolvimento de cenas foram apresentadas com cortes abruptos, podendo algumas vezes causar um pouco de desconforto a quem acompanha a história tão atentamente.

As atuações são um capítulo à parte: Patrick Stewart desenvolve o protagonista do longa (Henry Cole) de maneira magistral e consegue refletir toda a insegurança e paixão com que o seu personagem lida com a música, todas as suas camadas, medos e anseios estão impressos na tela. Já Katie Holmes (Helen Morrison) é a carga de leveza que a produção precisava, a química entre sua personagem e o de Patrick é digna de aplausos, bem como a performance de Giancarlos Esposito, que interpreta Paul, amigo de Henry , que nos traz boas doses de desespero e algumas fugas cômicas durante a trama.

Cena de Última Nota. Foto: Divulgação.

“A Última Nota” é um filme que nos traz interessantes e ricas abordagens, que tem como fios condutores a música e arte. Ele nos apresenta uma emblemática história em que o artista já não possui mais inspiração e precisa buscar uma reconexão ao que o motiva e mostra que amizade, carinho e compreensão são as ferramentas para que isso venha acontecer.

CONFIRA O TRAILER DO FILME:

 

 

 

 

 

Com boas atuações, uma trilha sonora impecável e uma história bastante peculiar , “A Última Nota” é uma boa surpresa nesses tempos de pandemia e vale muito a pena ser conferido em casa. Mas para falar a verdade, se fosse outros tempos, ver as alocações utilizadas na produção em conjunto com a musicalidade que o filme inspira em uma telona de cinema potencializaria ainda mais a experiência do telespectador.

NOTA: 8,0

 

Até a próxima pessoal!

Grande abraço!

LUAN RIBEIRO


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Author

Luan Ribeiro, natural de Mata de São João, Bahia, é como um "protagonista" que decidiu viver em meio aos grandes filmes. Especialista em comunicação, segue guiado pelo seu amor às histórias épicas e sagas cinematográficas, Luan é o criador do @CinemaeCompanhia no Instagram, que ganhou destaque como a editoria do Canal de mesmo nome no Portal ArteCult.com. Para ele, assistir a um filme é como entrar em um multiverso, uma oportunidade de se teletransportar para galáxias distantes ou enfrentar dragões, tudo enquanto escapa da rotina. Luan é um verdadeiro "rato de cinema", acompanhando as estreias como um Jedi em busca do equilíbrio entre a fantasia e a crítica afiada. A cada visita às telonas, ele analisa o enredo, as performances e, claro, traz aquele toque geek que só um verdadeiro fã de cultura pop pode oferecer. Pelo CINEMA & COMPANHIA, ele não só compartilha críticas e curiosidades como também realiza entrevistas dignas de tapete vermelho, sempre com um olhar atento para valorizar o Cinema Nacional e suas produções heroicas. Instagram.com/CinemaeCompanhia E-mail: luancribeiro@icloud.com

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