“Voltar às origens em busca da verdade pode não corresponder à realidade…
Mariano passou grande parte da sua vida escondido sabe Deus onde, temendo pela sua vida. Um dia ele ficou sabendo de uma testemunha que poderia inocentá-lo, então retornou cheio de esperança, mas nem todo retorno é recomeço.” (Tom Torres, diretor do curta)
Essa é a trama do curta-metragem A LOUCA, dirigido e roteirizado por Tom Torres. O curta, que estreou no dia 29 de julho de 2023 em Alagoinhas (Bahia), é inspirado na obra do escritor Luiz Eudes (@luiz_eudes), que também assina o roteiro e a produção.
No elenco temos a participação do Grupo de Teatro Mandacaru e atores locais. Como protagonista temos a atriz Géssica Ronise (@gessicaronise), que é também especialista em branding, mentora, palestrante, empreendedora, roteirista, MBA em Marketing Digital, publicitária e escritora. Géssica fundou o maior evento de empreendedorismo da Bahia, o Seminário A Arte de Empreender e administra a Corte Real , uma comunidade de líderes empresariais brasileiros. E recentemente foi convidada para participar como colunista colaboradora da editoria Cultura Profissional do ArteCult.
ENTREVISTA COM LUIZ EUDES
Conversamos com Eudes , autor do livro que inspirou a obra e assina o roteiro (em co-participação com Tom Torres) e a produção do curta:
ArteCult: Eudes, antes de mais nada parabéns, pois só o trailer já nos gera uma grande expectativa sobre o que esse curta trata. Poderia nos contar um pouco sobre o processo de concepção dessa história? Trata-se de um filme inspirado em seu livro, correto?
Fico muito feliz por seu comentário. Sim, o conto A Louca (que deu origem ao filme) está no meu livro Leves Sombras. O filme “A Louca” é um exemplo notável do processo criativo que busca explorar a complexidade da condição humana. A concepção de uma história como esta muitas vezes começa com a observação das facetas da humanidade que despertam interesse, preocupação ou inquietação. No caso deste filme, a loucura, a traição, a inveja e a fuga são temas que, individualmente, são ricos em nuances psicológicas e emocionais.
A concepção da história de “A Louca” provavelmente envolveu a interseção desses temas, criando personagens e tramas que mergulham profundamente nas entranhas da condição humana. O filme oferece um olhar íntimo sobre as motivações, os conflitos e as emoções de seus personagens, forçando o público a confrontar sua própria compreensão da natureza humana.
ArteCult: E como surgiu a ideia de roteirizar e partir para a produção de um curta-metragem? Quais foram as principais dificuldades desse processo de transformação da sua obra literária em cinematográfica?
O livro foi lido pelo cineasta Sergio Ramos e adaptado por ele para a sétima arte. Na sequência convidei o primo Tom Torres e, juntos, escrevemos o roteiro.
As dificuldades foram a duração limitada, o que significa que precisamos condensar o enredo, muitas vezes sacrificando detalhes e subtramas para caber no tempo disponível. Os diálogos internos que são comuns na literatura são difíceis de traduzir para o cinema, precisamos encontrar maneiras de expressar pensamentos e sentimentos por meio de ações e diálogos visuais. Mas as maiores mesmo foram o orçamento e a logística, pois a produção de um filme é um empreendimento caro e complexo, e as limitações orçamentárias podem depender do que é possível retratar na tela.
ArteCult: O elenco é formado pelo Grupo de Teatro Mandacaru e de atores locais, conte-nos um pouco como foi a seleção dos atores e como foi essa experiência com o Grupo Mandacaru? Eles são também de Alagoinhas?
A seleção de atores de qualidade para retratar personagens literários é uma decisão crítica que pode ter um grande impacto na qualidade da adaptação, e neste quesito acertamos, pois podemos contar com o Grupo de Teatro Mandacaru, de Maceió, Alagoas. Também tivemos alguns atores de Sátiro Dias, onde as cenas foram gravadas. E ainda com Géssica Ronise, que é publicitária, roteirista e se preparou para atuar como a louca, estudando teatro e oratória.
ArteCult: O filme estreou em julho deste ano em Alagoinhas. Como está o processo de distribuição nacional, já estamos curiosos para ver o filme aqui no Rio!
Sim, a estreia aconteceu no Centro de Cultura de Alagoinhas, aqui na Bahia, e foi sucesso, casa cheia. Depois fomos para Maceió (AL). Na Biblioteca Pública Antônio Torres, em Sátiro Dias (BA), minha terra, haverá exibição e bate-papo. Também iremos a Pouso Alegre (MG), no mesmo formato. Há programação para janeiro em Guarulhos e em São Paulo. Além disso, A Louca está inscrito em alguns festivais. E, com certeza, estamos ansiosos para a exibição no Rio de Janeiro e espero que o filme tenha uma recepção calorosa e bem-sucedida em todas essas localidades e festivais.
Muito obrigado a você, Raphael Gomide, e todo o pessoal bacana da ArteCult e do Cinema & Companhia.
Confira o trailer de A LOUCA:
Ficha Técnica:
- Roteiro: Luiz Eudes e Tom Torres
- Direção musical: Eddy Luem
- Direção de fotografia: Danilo Sampaio
- Assistente de Direção: Priscila Carmel
- Direção Geral: Tom Torres
- Elenco: Géssica Ronise e Grupo de Teatro Mandacaru
- Uma produção de Luiz Eudes e Eureka Produções.
- Apoio: Governo do Estado da Bahia.
Sobre Luiz Eudes
Luiz Eudes é natural de Sátiro Dias, Bahia e mora em Alagoinhas. Além de organizador de diversas antologias, escreveu os seguintes livros: Contos: “Noite de Festa” (2010); “Tempo de Sonhos” (2011); “Tarde de Chuva” (2020); e “Leves Sombras” (2022). Novela: “Cangalha do Vento” (2019; 2020; 2021; e 2022). Infantil: “Baleia e a família perdida” (2021); e “Vinagre, o Cachorro” (2023). Seu livro “Cangalha do Vento” foi publicado na Itália pelas Edizioni WE em 2022 (“Cangalha del vento”) e em Portugal (2021). Nesse ano de 2023, Eudes lançou o livro “Rosário Desgastado“. Venha conferir aqui a nossa matéria sobre esse lançamento.
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