A CORRENTE DO BEM – Tomo I

Olá, amigo (a) do ArteCult. Como se sente?

Desde que fomos convidados a participar desse projeto, escrever sobre espiritualidade, nós também desejamos escrever sobre corrente do bem. Mas o que é essa Corrente do Bem?

A Corrente do Bem é um movimento com a proposta de conscientizar as pessoas de que boas ações se fazem no dia a dia. Pode ser no quintal de casa, entre amigos, para desconhecidos que cruzam o seu caminho, no trabalho, na escola, na hora do almoço e até pela internet; é só fazer.
São ações simples, que podem ser divertidas e rápidas: um carinho, uma gentileza de maior ou menor impacto na vida de uma pessoa.

O importante é perceber as pessoas ao nosso redor e, através de um gesto, fazer com que elas também reconheçam a existência do outro, gerando um fator multiplicador desse sentimento.
É a sabedoria de entender que se buscamos a felicidade e o bem-estar social, temos que caminhar juntos. Meu índice de felicidade reduz quando o mundo a minha volta não está bem. Enfim, nada mais é do que conectar-se a sua espiritualidade inata.

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente. ” – Gabriel, o Pensador

Já falamos que viver em espiritualidade é uma forma de se expressar, se conectando de maneira mais intima, com o mundo que não vemos, mas percebemos, consequentemente, refletindo de forma positiva no mundo material, tangível. É uma maneira de ser que nos faz sentir cheiros, sensações, nos conectar às nossas lembranças, bem como sair do lugar, projetar nossos resultados e agir para realizá-los.
Nessas duas próximas semanas, queremos falar sobre dois exemplos maravilhosos que certamente nos fazem ainda crer na bondade e na generosidade do ser humano.

Nas palavras do escritor e biólogo Mia Couto, em um mundo de intensa conectividade nunca se viveu tanta solidão e acrescentamos que nunca se viu tanto egoísmo!
Em um crescente e absurdo aumento de artigos nas redes sociais que simplesmente geram discórdias, espalham a maldade, denigrem pessoas e fomentam o caos no mundo, encontramos notícias que nos enlevam o coração e nossa proposta é lhe apresentar essas histórias para talvez modificar as vibrações que parecem inevitáveis nessa conectividade cibernética.
Em muitas partes do mundo, esperamos que todas as crianças tenham o mesmo tratamento – independentemente do seu gênero. Mas também há muitos lugares onde ser um menino ou uma menina faz uma grande diferença. Na década de 1980, a China introduziu a política de uma criança, que levou a muitos abortos seletivos e crianças abandonadas.

Na China, ter uma filha nem sempre é tão desejável quanto ter um filho. Considera-se que um menino terá uma chance melhor do que uma filha de conseguir um emprego – para não mencionar um mais bem pago. Esta maneira de pensar causou grandes problemas sociais na China quando se trata de como as mulheres são tratadas. Muitos casais que tiveram filhas desde a instauração da tal política de um único filho decidiram colocá-las em orfanatos com a esperança de que fossem adotadas.
Mas nem todos os pais tiveram essa ideia. Alguns, mataram suas meninas recém-nascidas, ou, mais comum, as abandonaram na floresta ou na rua – numa caixa de sapatos.

Uma pessoa que se recusou a apenas assistir a isso acontecer foi Yu Shangzhong.
De acordo com a News Asia, Yu Shangzhong e sua esposa adotaram sua primeira filha há 35 anos, quando Yu Shangzhong tinha 40 anos. Quatro anos depois, Yu Shangzhong encontrou uma pequena menina abandonada na rua. O bebê estava em uma caixa de sapato e Yu não poderia deixá-la, então a trouxe para casa. Yu e sua esposa também adotaram aquela menina e ao longo dos anos, o casal chegou a ter doze meninas.

A vida não foi muito fácil para Yu e sua esposa, que vivem em Wenzhou, na província de Chekiang. Yu teve que fazer o seu melhor através de empregos temporários.
Era difícil colocar comida na mesa e alimentar todas as crianças. Viviam basicamente das sobras e da ajuda das outras pessoas que lhes davam dinheiro e roupas velhas.
Por causa das difíceis condições em que viviam, Yu e sua esposa decidiram achar algum outro casal que poderia adotar as filhas mais velhas à medida que envelheciam. Isso daria a elas a chance de uma vida melhor. Hoje, quatro das meninas estão em universidades com apoio financeiro do governo.
E é difícil não se emocionar com o compromisso de Yu de ajudar essas meninas vulneráveis, que agora são suas filhas!

Nossa homenagem a Yu Shangzhong, que dedicou a vida a cuidar de crianças abandonadas.

Que esses exemplos nos contaminem o coração para melhores ações de espiritualidade.

Publicado por Newsner. 

Semana que vem iremos falar de John Thuo.

Até lá. Muita paz

Author

Formado em Marketing, Estatística e Analista de sistemas, casado, praticante de meditação, amante da natureza, vegano. Há vinte anos entusiasta sobre assuntos de psicologia, espiritualidade, religiosidade e evangelização. Blog em http://gemkosastazerld.blogspot.com

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