The Town 2023: Festival abre as portas com ingressos do primeiro fim de semana totalmente esgotados

 

No dia 02/09, a poucas horas de abrir os portões da sua primeira e histórica edição, a organização do The Town anunciou que todos os ingressos para o primeiro fim de semana tinham sido totalmente vendidos. O palco Skyline recebeu Post Malone como headliner, além dos shows de Demi Lovato, Iggy Azalea e Primário: MC Hariel, MC Ryan SP e MC Cabelinho. Ainda no sábado, também aconteceu um espetáculo de luzes no Skyline, sincronizando luz, música, fogos de artifício e transmissão ao vivo nos telões que parou a nova Cidade da Música. O público se arrepiou com um momento emblemático e que se conecta diretamente com a origem de tudo: em 1985, a abertura dos portões do Rock in Rio.

 “Estamos a poucas horas de ver a história sendo escrita e temos mais um dia totalmente esgotado. Isso comprova o quanto o público quer viver tudo isso com a gente. Um novo sonho que estamos colocando de pé. Foram três anos de preparação intensa para ver este momento emblemático da abertura de portas da primeira edição do The Town. Se em 1985 começamos a construir uma história, em 2023 estamos escrevendo um novo capítulo. Estamos ansiosos para receber os nossos fãs na Cidade da Música e para vê-los aproveitando cada cantinho especial deste lugar mágico. Hoje será um dia inesquecível.” comentou Roberto Medina, presidente da Rock World, empresa que criou, organiza e produz o The Town e o Rock in Rio, um pouco antes do início do evento.

MC Hariel, MC Ryan e MC Cabelinho

Os MCs Hariel e Ryan, representantes de São Paulo, e MC Cabelinho, do Rio, são três sensações do momento do funk consciente.  O trio mostrou faixas do projeto “Poesia Acústica”, do qual participaram. “Maçã Verde”, de Hariel, levantou coro da plateia, que pulava a cada batida. Momento alto foi a homenagem ao MC Kevin, quando cantaram um trecho de “Cavalo de Troia”, do artista. O cantor morreu em 2021, ao cair da sacada de um hotel no Rio.

“O show é 100% uma estética de funk, então a gente não queria chegar aqui e montar um teatro, um espetáculo que fugisse do funk. É o DJ, o MC. E, como vocês podem reparar, esse palco inteiro tem todos os monumentos da cidade de São Paulo, só que eles se esqueceram do monumento que é o que constrói todos esses monumentos, que é o barraco”, disse MC Hariel.

Criolo convida Planet Hemp

 

Palco The One contou com a parceira de Criolo com Planet Hemp  que conseguiram a missão de unificar o publico mesmo com toda a chuva. Ambos contaram com os seus clássicos e  tão surpreendente “Distopia”, primeira parceria desses artistas incríveis.

Um acontecimento muito importante nessa apresentação foi Criolo se emocionando cantando “Não Existe Amor Em SP”, o rapper cantou sobre as belezas e as hipocrisias da terra da garoa.

Criolo aproveitou a faixa “Ogum Ogum” para uma manifestação e pedir que a plateia fizesse barulho e condenassem a intolerância religiosa. Para a entrada do Planet Hemp, o artista simulou uma partida de dominó com o grupo.

Demi Lovato 

Por serem hits da infância da plateia, as músicas do início da carreira ficaram entre as mais cantadas. Fizeram alguns se lembrarem da Demi de 17 anos que usava camisa do AC/DC quando abriu shows do Jonas Brothers no Brasil em 2009. Desde aqueles tempos, os shows da talentosa Demetria tinham lá seu peso, mas nada se compara à fase de agora.

Cantora americana fez dueto com Luísa Sonza em ‘Penhasco2’. Performance amparada por banda competente e charmosa ficou ainda melhor com o som potente do festival.

Outros dois pontos também fizeram o show no The Town ser ainda melhor do que o do Rock in Rio: a ausência da melosa cover de “Iris” (do Goo Goo Dolls) e um som melhor e mais potente do que o do Palco Mundo do irmão mais velho do The Town. Em 2022, Demi fez um dos melhores shows do Rock in Rio. Até agora, fez um dos melhores shows deste novo festival.

Racionais MC’s

Racionais MC’s com a Orquestra Sinfônica de Heliópolis, este último ofuscado pela chuva e pelo som baixo. A apresentação começou com “Capítulo 4 Versículo 3”, do álbum mais emblemático do grupo, “Sobrevivendo no Inferno”. No telão, havia imagens de prédios de São Paulo. E no palco, dançarinos fantasiados de palhaço.

Logo ao chegar, Mano Brown fez uma piada com o piso do The One, molhado devido à chuva. “Isso aqui tá um sabão.”

“O que o [Carlos] Marighela pensaria de mim agora?”, questionou Brown durante “Mil Faces de um Homem Leal (Marighella)”. Eis mais uma fala de referência às questões de classe e raça que pairam sobre o The Town, festival que cobra R$800 diários pelo ingresso.

Post Malone

No palco do festival, usou uma camisa da seleção brasileira, fez dancinhas engraçadas, fumou, bebeu e se declarou ao povo brasileiro. O cantor tem o costume de chamar fãs ao palco para tocar essa faixa no momento acústico do show, como havia feito no Rock in Rio. Com Daniel, foram necessárias três tentativas para a música sair, mas no fim deu tudo certo.“Stay” foi tocada no violão por um fã.

“Sempre foi meu sonho tocar com esse cara”, disse Daniel Figueiredo, sobrinho da cantora Priscila Alcântara.

Quando tocou “Take What You Want”, que tem vocais de ninguém menos que Ozzy Osbourne, Post Malone se ajoelhou, berrou e viu sua banda recriar momentos dignos de clássicos do Heavy Metal.

Ao final, o rapper  falou várias vezes com a plateia sobre o amor pelo Brasil, o respeito pelo público e o carinho que tem por quem consome sua música. Elogiou a recepção dos elogiou a recepção dos fãs brasileiros e agradeceu à plateia por ter resistido, mesmo embaixo de chuva.

Como uma forma de demonstrar tudo isso, fez questão de ir à plateia mesmo quando os seguranças pareciam estar praticamente pedindo para que ele não fizesse.

Foram vários momentos que surpreenderam nesse primeiro dia, começando pelos meus ídolos (Planet Hemp, Criolo e Racionais). Quem me conhece sabe o quanto sou fã. Confesso que fiquei ansioso para ver Post Malone fechando com chave de ouro o festival, acompanhei de perto cada momento dos shows e aproveitei para visitar cada canto desse festival.

JEFF FERREIRA

Jeff Ferreira. Foto: Divulgação.

 

 

 

 

 

 

 

 

Author

Meu nome é Jeff Ferreira e a música sempre foi minha maior paixão. Desde jovem, fui envolvido pelo maravilhoso mundo dos sons e das melodias, encontrando na música uma forma de expressão e conexão com o mundo ao meu redor. Além disso, meu lado nerd sempre esteve presente, alimentando minha curiosidade e minha sede por conhecimento em diversas áreas. Há 7 anos, embarquei em uma jornada incrível escrevendo sobre música e desenvolvendo pautas de entrevista. Essa foi a maneira que encontrei de unir minha paixão pela escrita com meu amor pela música, compartilhando insights e histórias fascinantes com o público. Ao longo desse tempo, pude me aprofundar no universo musical, conhecendo bandas incríveis e explorando diferentes sonoridades.

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