Lançamento da Série “Perguntas e respostas sobre envelhecimento”:um canal interativo para familiares e cuidadores de idosos

Se você é familiar, cuidador ou cuidador formal de pessoa idosa, agora é possível trazer suas dúvidas para nosso canal “Perguntas sobre envelhecimento”, as perguntas serão respondidas por mim , Regina Murray Loureiro. Sou psicóloga clínica, hospitalar e psicogeriatra .

Seguem a primeira pergunta que já recebi de um familiar:

Teresa pergunta : “Minha mãe tem 84 anos e foi diagnosticada com Alzheimer há 2 anos, desde então tento mantê-la dentro de casa, não sei como agir pois tenho receio de que ela se perca na rua ou caia e se machuque.”

Resposta : Teresa, é muito comum que os filhos queiram proteger seus pais idosos, diminuindo a frequência de saídas de casa ao longo do dia e evitando situações problemas, mas esta não é a melhor estratégia para lidar com a situação veja os motivos. O que muda depois de um diagnóstico como Alzheimer?

O diagnóstico de demência de Alzheimer significa que o paciente irá, aos poucos, devido a alterações cerebrais, perdendo memória, funcionalidade e capacidade de decisão. Há 3 estágios de progressão do Alzheimer: inicial, intermediário e avançado.  Será preciso auxiliar o idoso a lidar com as perdas que se apresentam, conforme as orientações a seguir:

  • Memória – A memória recente estará comprometida, o idoso com Alzheimer lembra-se muito bem dos fatos antigos de infância e juventude, esquecendo-se do que fizera ontem, por exemplo. Será necessário auxiliar o idoso a se lembrar e ter o cuidado de não constrangê-lo chamando-o de “esquecido” ou dizendo “você se esqueceu?” Uma dica: As memórias musicais ficam preservadas por mais tempo, sendo a música uma ferramenta poderosa para trazer os bons momentos vividos à cena no presente. Coloque suas músicas preferidas para tocar e surpreenda-se.
  • Funcionalidade – as atividades diárias como lavar e secar louça, colocar roupa na máquina de lavar e depois no varal, varrer a casa, preparar refeições, organizar gavetas, todas estas atividades devem ser estimuladas para que o idoso se ocupe, mantendo-se útil  e funcional. Se houver necessidade de supervisionar o idoso ao longo destas atividades não há problema, e lembre-se que deve-se evitar fazer as tarefas por ele. O  foco aqui é estimular atividades trazendo autonomia e independência.
  • Tomadas de decisão – enquanto for possível manter as escolhas do idoso é importante fazê-lo, mas chegará o momento em que uma pessoa da família será responsável pelas tomadas de decisão, quando a doença já estiver em estágio mais avançado. O foco aqui é manter o idoso gerindo suas escolhas ao máximo, consultando-lhe sempre que possível, sem impor decisões.
  • Depressão – em casos de tristeza, apatia e depressão será necessário acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

Regras de ouro para fazer todos os dias dentro e fora de casa:

  1. Atividades físicas – exercícios de prevenção de quedas, caminhadas, dança de salão, hathayoga, sapateado, hidroginástica ou qualquer atividade da preferência do idoso.
  2. Lazer – atividades ao ar livre, passeios culturais, cinema, teatro, feiras literárias, viagens, praia, etc
  3. Exercícios de estimulação cognitiva – aulas de informática e tecnologia (veja dica de curso particular no final deste texto) para idosos, jogos interativos, jogos de tabuleiro, palavras cruzadas, dominó, quebra cabeças, baralho, jogo das mímicas, etc.
  4. Socialização – família presente, ter amigos e frequentar grupos como da igreja, do curso, da praça, da antiga escola, da terceira idade, etc

Veja também o vídeo abaixo sobre a doença de Alzheimer

A animação a seguir mostra de maneira criativa as diferentes fases da doença de Alzheimer:

 

 

 

 

REGINA MURRAY LOREIRO
Psicóloga clínica, hospitalar e psicogeriatra.

Para mais perguntas e respostas entre em contato comigo! Se preferiri pode utilizar também os comentários aqui no final do texto!

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Author

Regina Murray Loureiro é psicóloga clínica, hospitalar e psicogeriatra pela UFRJ IPUB, mestre em Saúde Pública pela Ensp/Fiocruz. Fundadora da "Vitória-Régia Serviços de Psicologia" e colaboradora do Canal Psicologia no ArteCult.com.

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