E.T. O EXTRATERRESTRE: Clássico de Steven Spielberg volta aos cinemas em IMAX em comemoração aos seus 40 anos

 

Em comemoração do 40º aniversário de lançamento (filme estreou em 1982), E.T. O Extraterrestre, clássico filme dirigido por Steven Spielberg volta as telas pela primeira vez exibido em IMAX, o que permite ao espectador revisitar essa obra-prima numa experiência inédita, com mais imersão através da exuberante tela e som da tecnologia IMAX.

Cena de “E.T. O Extraterrestre”. Foto: Divulgação Universal Pictures.

Revisitando E.T., é surpreendente como um filme feito no início dos anos 80 continua mantendo o nível de qualidade e que envelheceu muito pouco, já que em boa parte do longa Spielberg usa bastante efeitos práticos, como o próprio E.T., um boneco que mistura manipulação por alguém dentro do traje, juntamente com peças animatrônicas que nos fazem acreditar que essa criatura enrugada, rica em detalhes e expressões é real e que veio de outro mundo. Ao longo de sua interação com Elliott, o filme faz o público se apaixonar cada vez mais por ele,  se importar e torcer para ele. Os efeitos visuais usados são mais para composição de cenas de objetos flutuando, que não comprometem os efeitos práticos, muito pelo contrário, o uso desses efeitos consegue criar momentos bem marcantes, como a cena da bicicleta sobre o luar e que virou a capa do filme, além de ser a primeira cena que vem a cabeça do público quando lembra de E.T.

Cena de “E.T. O Extraterrestre”. Foto: Divulgação Universal Pictures.

Spielberg traz uma história bem simples comparando com sua última obra sobre alienígenas “Contatos Imediatos de 3º Grau”, diferente do longa lançado em 1977, Spielberg adota totalmente a simplicidade e prefere não colocar nada complexo com o intuito de conquistar também as crianças que vão assistir ao filme. E mesmo com um tom mais infantil em algumas cenas, há vários momentos em que os adultos também se divertem e se emocionam com o E.T. descobrindo e explorando coisas comuns do cotidiano.

O que talvez faça E.T. O Extraterrestre ser tão marcante é o apego pessoal do cineasta por essa obra em particular, por conta do tema sobre o divórcio dos pais de Elliott que apesar de ser algo não tão aprofundado de primeiro plano, muito desse arco foi tirado da própria biografia de Spielberg, que em entrevista já tinha mencionado que ele se via nessa família por conta do divórcio de seus próprios pais. No meio desse conflito familiar pelo qual Spielberg passou, procurou uma fórmula de escape para superar esse momento de sua infância e nesse filme revisita esse seu trauma e, anos mais tarde, o transforma nessa longa encantador que pode até mesmo ser interpretada como uma obra de auto superação, seja pelo que Elliott está passando com sua família, ou até mesmo com a relação entre o garoto e o E.T., que foi a forma fantástica criada para preencher o coração de uma criança solitária afetada pelo divórcio.

Cena de “E.T. O Extraterrestre”. Foto: Divulgação Universal Pictures.

O que também ajuda na construção do tom emocional são as atuações infantis brilhantes, com destaque a Drew Barrymore, que na época tinha apenas 6 anos e tem reações muito naturais, assim como Henry Thomas que interpreta Elliott, que está realmente envolvido com o personagem. Através da sua atuação acreditamos que existe uma conexão forte entre Elliott e E.T., seja afetiva ou mesmo psíquica que é estabelecida desde que ficam frente a frente pela primeira vez, quanndo um imita o outro, começando com essas pequenas imitações que na hora parecem apenas uma reprodução dos gestos em que o E.T. faz para imitar as reações humanas, mas ao percorrer do filme isso vai crescendo a ponto de um sentir o que o outro sente, o que se torna algo de extrema importância mais para perto do fim do segundo ato, quando se acrescenta um risco de vida entre os dois personagens.

Cena de “E.T. O Extraterrestre”. Foto: Divulgação Universal Pictures.

Quando se fala de E.T., é impossível deixar de fora a brilhante trilha sonora de John Williams com faixas marcantes que exaltam os momentos mais inesquecíveis do filme, além de ajudar a despertar as emoções que as cenas querem provocar no espectador, seja elas a tensão do mistério, o espanto positivo da magia e a tristeza do drama e da emoção que carrega o terceiro ato junto com o desfecho.

Cena de “E.T. O Extraterrestre”. Foto: Divulgação.

Dentro da história, o arco mais fraco é o que envolve o grupo que investiga a aparição do E.T., mostrando que existe um perigo eminente que vai se manifestar em algum momento, envolvendo também o mistério sobre aquele que parece ser o responsável por essa investigação. Sua identidade é mantida em segredo sem nenhum propósito até o fim do segundo ato e na revelação o diretor cria um clima de grande importância, mas que não provoca impacto nenhum, por ser um personagem que em momento algum teve interação com nenhum outro personagem do arco de Elliott e do E.T.

Cena de “E.T. O Extraterrestre”. Foto: Divulgação Universal Pictures.

 

CONFIRA O TRAILER

 

Dentro de toda a cinebiografia de Steven Spielberg, E.T. O Extraterrestre é o trabalho mais pessoal do cineasta, que compartilha um momento muito pessoal de sua vida, dentro de uma história fantástica e inesquecível. Mesmo o público não sabendo desse fato da trajetória do diretor, E.T. ainda é uma obra marcante do cinema e, mesmo depois de 40 anos, não envelheceu a ponto de ficar datado, conquistando novas gerações a cada década, além de fazer os antigos fãs se apaixonarem mais por esse clássico da Sétima Arte.

Cena de “E.T. O Extraterrestre”. Foto: Divulgação.

NOTA: 9,5

BRUNO MARTUCI

 


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Colaborador de Teatro Musical e CINEMA & SÉRIES dos sites ARTECULT.com, The Geeks, Bagulhos Sinistros, entre outros.

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