Dando uma pausa nos live actions de filmes dos grandes super heróis e do universo expansivo da DC nos cinemas (se é que ainda existe), a nova animação da Warner dá destaque aos pets dentro desse gênero, que traz animais já conhecidos e novos personagens para representar a Liga da Justiça através da DC Liga dos SuperPets.
Uma das coisas queo filme mais chama a atenção é pelo “fator Pixar” que esse filme acaba provocando no público, ou seja, a de uma animação familiar ter mais impacto nos adultos do que nas crianças, embora com proporções diferentes, já que SuperPets não tem uma temática muito inventiva ou impactante como nos filmes da Pixar. Ao invés disso, o roteiro foca no humor para conquistar a atenção do espectador mais velho, que vai desde piadas um tanto ácidas, apelando até para alguns palavrões com censura sonora, até mesmo para referências às obras da DC das HQs e até mesmo de produções não muito bem recebidas pelos fãs, o que acaba sendo um grande acerto do diretor Jared Stern ao apostar muito do humor do filme nisso.
Quando se trata de atrair a atenção das crianças através de piadas, a direção é feliz ao usar personagens fofinhos, porém endiabrados, para criar algo mais leve e compreensível, a ponto de arrancar as risadas delas, mas quando se trata de conquistar o público infantil, o roteiro opta em criar uma história simples, que tem até um tema interessante sobre confiança em si mesmo e insegurança, mas que não é tão desenvolvida, ao invés disso, se vê mais a dedicação na estrutura básica de um filme de super herói da luta entre o bem e o mal, que é bem feita, porém nada inventiva ou complexa. Algo aceitável para crianças, mas sem nenhuma surpresa empolgante para os adultos e fãs que consomem com frequência esse tipo de filme.
Além disso, é um pouco extenso demais no final, tenta finalizar com uma batalha colossal, sendo que pouco antes o roteiro teve uma boa oportunidade de terminar a história de maneira mais simples, o que combinaria com o ritmo proposto.
Dos temas apresentados, o que mais tem destaque é a lição que vem do Ace, o Batcão, a respeito dos sacrifícios que um super herói faz por aqueles que amam, e mesmo não sendo um tema tão original, a forma como isso é contado, através do passado de Ace, chega a ser bem tocante e sensível, junto com a canção Conta Comigo (versão brasileira da canção “Count on Me”, escrita especialmente para o filme), engrandecendo todo o tom dramático que essa cena carrega.
A técnica da animação é bem simplista, não há, por exemplo, uma textura nos personagens ou detalhes minimamente feitos e aprofundados. A direção opta pelo conceito caricato, pelo menos a respeito dos personagens humanos que, de início, são um tanto exagerados. Isso causa certa estranheza no espectador, entretanto, esses personagens humanos estão na história apenas para apoio na estrutura narrativa, para impulsionar os pets a se tornarem super heróis, e esses, aí sim, possuim um design mais atraente e charmoso, além de ter personalidades carismáticas. Até mesmos os vilões conseguem agradar ao público, com destaque a tartaruga Mirtes. Krypton, o Super Cão, junto ao Ace, são os personagens de maior destaque e ajudam os outros pets a serem a melhor versão de si mesmos para se tornarem grandes heróis.
Confira o trailer:
DC Liga dos SuperPets pode até não ser o filme mais inventivo da DC, mas consegue ser melhor que muitas obras de altíssimo orçamento que já nos foi entregue com resultados medíocres, tudo isso trabalhando apenas na simplicidade e no carisma dos pets.
NOTA: 7,5
https://www.youtube.com/watch?v=1dd0ecrO89o
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