Ah! Garry Oldman! Começo a escrever sobre esse filme, tipo tiete, agradecendo ao mundo por termos você como ator, dando ‘shows’ de atuação como este de O Destino de Uma Nação.
É claro que o ator contou com a ajuda de uma caracterização impecável, figurino, maquiagem, porém, nada disso seria tão brilhante, sem o brilho desse ator.
O Destino de uam Nação (Darkest Hour) conta a história dos primeiros dias de Winston Churchill, como primeiro-ministro da Grã-Bretanha, cargo que ele sempre quis conquistar, mas que o alcança praticamente na sorte. Além de pegar o cargo no meio da guerra, a Inglaterra enfrenta uma situação crítica à beira de uma invasão alemã.
Ele tem logo a difícil decisão de aceitar um “acordo de paz” Hitler para estabelecer o estado como parte do território do Terceiro Reich, ou resistir e enfrentar o ditador, que inclui retirar as tropas de Dunquerque, episódio que foi levado as grandes telas por Nolan, e inclusive concorre ao Oscar de melhor filme.
O filme não é uma cinebiografia do Churchill, conta uma parte específica da vida, mas mesmo assim é uma missão difícil, porque quando contamos a história de um personagem no cinema, quase sempre romantizamos, mesmo que pouco. O que podemos acompanhar nesse filme incrível é totalmente o contrário: logo no início do filme é apresentado um velho rabugento, mesquinho que economiza em tudo, começa o dia já bebendo seu whisky e insultando sua nova secretária que quase desiste de trabalhar por conta do seu jeito tempestuoso.
Quando Churchill é chamado para o cargo de Ministro, ele precisa controlar esse temperamento, ainda mais porque ele não era nem a primeira nem a segunda opção para o cargo e muito menos era um político carismático e querido dos outros parlamentares.
O roteiro conta bem uma parte da história e se aprofunda mais nesse aspecto, deixando um pouco de lado a vida pessoal do protagonista, que apenas é contato o necessário para o entendimento do todo.
Ambientado em 1940, podemos assistir um ótimo trabalho da direção de arte, que ficou ainda melhor com a fotografia impecável de Bruno Delbonne, trazendo luz nos pontos certos, tudo com um ar de elegância e sofisticação, deixando todo o ambiente político com o “peso” dramático e cheio de seriedade. Movimentações de câmeras mais secas e ângulos mais centralizados ajudaram a ter essa visão.
Gostaria que essa visão de um Winston forte, impetuoso, tivesse ido até o final do filme, até pelo fato de que ele se posicionou contra Hitler, porém me pareceu que a ideia era mostrar um Churchill mais do povo.
Mesmo com essa pequena mudança, Oldman segura o personagem do início ao fim de maneira brilhante, usando e abusando de gestos, trejeito com os lábios, e olhares.
Por isso comecei e irei terminar esse review realçando a esta atuação impecável e digna de um Oscar.
Corre para o cinema mais próximo e desfrute também desse grande filme, depois me conta o que você achou!!
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