Arnaldo Jabor, cineasta e jornalista da Rede Globo, morreu nessa terça (15/2). De acordo com a família, a causa da morte foram complicações do AVC. Jabour estava internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer acidente vascular cerebral (AVC).
Jabour foi um dos diretores do Cinema Novo e inaugurou no Brasil o “cinema verdade” de Jean Rouch, um cinema que aproximava a câmera das pessoas nas ruas e dando destaque às contradições da classe média. Seu filme de estreia, A Opinião Pública (1967), foi um documentário marcante e colheu vários depoimentos de personagens, como estudantes, donas de casa e aposentados, e mostrou a classe média carioca após o golpe militar de 1964.
Como cineasta, conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1973 e foi o primeiro vencedor do Festival de Cinema de Gramado.
Em mais de 50 anos de carreira, Jabour passou por cinema, jornal, TV e rádio. Em seus filmes, ele comentava sobre a sociedade brasileira e mostrava um lado diferente do povo.
Em nota, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) lamentou a morte do cineasta e falou sobre sua dedicação para a música brasileira, já que ele é autor das canções Amor e Sexo, ao lado de Rita Lee e Roberto de Carvalho, e Samba Exaltação, em parceria com Cristóvão Bastos:
“O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) lamenta profundamente a morte do cineasta, jornalista e compositor Arnaldo Jabor, nesta terça-feira, dia 15, aos 81 anos, em decorrência de complicações de um acidente vascular cerebral (AVC). Com uma carreira dedicada ao cinema, à literatura e ao jornalismo, Jabor também deixa sua contribuição para a música brasileira. Ele é autor das canções “Amor e sexo”, ao lado de Rita Lee e Roberto de Carvalho, e “Samba Exaltação”, em parceria com Cristóvão Bastos. Neste momento de tristeza e dor, a instituição se solidariza com seus familiares e amigos”, diz o comunicado.