AS AGENTES 355: Um grande elenco composto por mulheres incríveis em um filme que desperdiça seus talentos

 

A ideia da trama de As Agentes 355, embora não seja muito original, tinha um bom potencial: o de proporcionar um filme de ação com ótimas protagonistas, mesmo sem ter uma grande história. Mas o resultado final desse filme dirigido por Simon Kinberg (X-Men: Fênix Negra) e produzido por Jessica Chastain é que todo esse  potencial acabou sendo desperdiçado, apesar do grande elenco feminino.

Cena de “As Agentes 355”. Foto: Divulgação Universal Pictures/Diamond Films.

O primeiro ato é o mais arrastado ao apresentar cada uma das protagonistas individualmente. Apesar de ser importante explorar o passado e as motivações de cada uma para que tenham a mesma missão, o diretor não consegue deixar o ritmo empolgante, mesmo com perseguições frenéticas, pois isso chega a ser cansativo de acompanhar pelos cortes bruscos e picotados, ao procurar mostrar a cena de diversos ângulos possíveis.

Cena de “As Agentes 355”. Foto: Divulgação Universal Pictures/Diamond Films.

O filme começa a ganhar dinâmica depois que as personagens se encontram e começam a interagir juntas a fim de contribuir para o sucesso da missão. Sempre que estão na mesma cena, são os momentos mais divertidos ou interessantes do filme, mas nem todas as personagens tem bons aprofundamentos ou boas atuações. A que mais se destaca é  Penelope Cruz, cuja personagem nem ao menos é uma agente, mas que se vê obrigada a participar desse conflito. A cada confronto teme por sua vida por conta do medo de não ver mais sua família, além de ter um ótimo trabalho de evolução de personagem no terceiro ato por conta do que ela acaba tendo que vivenciar durante sua experiência em campo.

Cena de “As Agentes 355”. Foto: Divulgação Universal Pictures/Diamond Films.

Ainda sobre as atuações, Lupita Nyong’o está bem, sua personagem é funcional, mas na maioria das vezes é mais aproveitada como um pequeno atalho no roteiro para que elas cheguem de um ponto para o outro. Diane Kruger faz a agente solitária por conta da sua falta de confiança nos outros, principalmente por algo que ocorreu em seu passado, o que faz o espectador compreender seu jeito retraído e durona. Já Fan Bingbing é a que tem menos destaque e pouca funcionalidade, e por fim, a Jessica Chastain parece que se dedicou mais na função de produtora do que na de atriz, pois sua personagem é a mais fraca, suas reações não convencem e parece que só quer finalizar o filme e receber seu pagamento.

Cena de “As Agentes 355”. Foto: Divulgação Universal Pictures/Diamond Films.

O roteiro apresenta uma história muito rasa e sem muita ousadia, desperdiçando ideias interessantes e de grande potencial para criar, pelo menos, um filme de espionagem que poderia fazer essa obra ser, no mínimo, marcante, mas temos tantos furos e obviedades no roteiro, além da má direção que não consegue fazer boas cenas de ação, tornando esse filme chato e comprido, enrolando durante um bom tempo, aparentemente só para ultrapassar a marca de 2 horas de duração.

Confira o Trailer:

As Agentes 355 é um filme que chama a atenção pelo elenco principal, mas tem uma história sem graça, maçante, preguiçosa. Um longa em que nas cenas sem as cinco protagonistas juntas (ou pelo menos a maioria delas) perde a força no seu ritmo e a trama fica cansativa a tediosa.

NOTA: 3,5

BRUNO MARTUCI

 


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Colaborador de Teatro Musical e CINEMA & SÉRIES dos sites ARTECULT.com, The Geeks, Bagulhos Sinistros, entre outros.

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