Para fechar mais uma temporada com chave de ouro, nesta sexta-feira, dia 17, Pedro Bial conduz uma conversa especial – e gravada presencialmente – com o cantor e compositor Mateus Aleluia em sua terra de origem: Cachoeira, na Bahia. Seu Mateus é um dos integrantes dos Tincoãs, trio referência da música afro-baiana nos anos 1960 e 1970 que faz música popular a partir da cultura do Candomblé.
No programa, o artista fala sobre sua obra, que cresce a cada ano com novos trabalhos, e de sua filosofia de vida, em total conexão a ancestralidade africana. Ao apresentador, ele conta ainda sobre sua vivência em Angola, onde enxerga semelhanças com sua terra natal no Brasil. Também comenta sobre símbolos que fazem parte do culto do Candomblé e relata momentos de sua experiência em Luanda.
Autor do disco “Afrocanto das Nações”, lançado este ano, Mateus explica o objetivo do novo projeto:
“É mostrar o meu olhar para as coisas, sem pretensão, descomprometido; é o olhar de um observador (…) Eu tento falar a língua do meu interior. Muita coisa que eu quero dizer, não consigo com palavras. O nosso vocabulário é pobre, não acompanha”, explica Mateus sobre a forma de expressão, que recorre à linguagem dos orixás, à língua dos anjos, entre outros elementos espirituais. Em meio à conversa, o programa conta com um musical de “Ouço Pássaro”, canção de seu novo disco.
Caçula de uma família de 15 irmãos, aos 78 anos, Mateus Aleluia encerra o papo com uma mensagem de esperança para 2022: “A continuidade da vida é uma realidade, e o sagrado somos nós. Chorando ou rindo, venceremos a dor.”
Com direção artística de Mônica Almeida, o ‘Conversa com Bial’ vai ao ar de segunda a sexta-feira, após o ‘Jornal da Globo’.