Wesley Nóog em sua trajetória artística e desde a sua formação, sempre foi, é e será inquieto e extremamente produtivo, não se acomodando com as circunstâncias impostas pela sociedade repleta de desigualdades, mas sim, agindo e reagindo na promoção da ARTE.
Na época do lançamento do seu sexto álbum, Reinício (2017), produzido por Celso Rangel, que foi produtor do grande Tim Maia por mais de 15 anos, o álbum alcançou notoriedade ao ponto de ser indicado ao Grammy Latino, conduto, desde o álbum Mameluco Afro Brasileiro (2008), quando causou grande movimentação no cenário musical, alcançando mais de 1 milhão de downloads, já vem se destacando, fortalecendo e fincando raízes da sua carreira de um pouco mais de 20 anos.
Com essas repercussões altamente positivas, Nóog chamou a atenção da Casa de las Estrategias, de Medellín, na Colômbia, que é um centro de estudos para transformar dados em informações, para tomada de decisões e para conhecimento, para fortalecer organizações e transformar cidades na América Latina, guiados por uma ética cívica, democrática, investigativa e pelo impacto social, através de diversos mecanismos, entre um deles, está a ARTE.
Com isso, Wesley Nóog foi convidado a ser um dos artistas a expor seus pensamentos e apresentar sua arte multifacetada no projeto da publicação do livro Lo Que Les Dio La Gana.
“As expressões artísticas têm poder político por conta própria.
Não precisam do caminho do partido para provocar as transformações necessárias.
A arte por si só já é transformadora, já é revolucionária.”. Cita Wesley Nóog.
Em sua entrevista para o livro, Nóog destaca sua trajetória de vida e profissional e seu engajamento em movimentos sociais, em um contexto geopolítico e social, sempre inspirado pela sua arte. Ele tem um grupo de amigos artistas com quem estão discutindo um novo modelo político da arte que é uma terceira via, porque “as propostas políticas e ideológicas de esquerda e direita não resolveram”. Ele diz que o discurso político vai para um lado e a prática para o outro e os governos não valorizam a transformação e a mudança, se o fizessem, teriam alcançado transformações positivas e assim, a cada ano não aumentariam os problemas sociais.
O movimento que busca essa TERCEIRA VIA se chama “Brasil do Nosso Sonho”, permite que ele busque ferramentas realmente transformadoras, como a arte, organizações independentes que possibilitem mudanças reais para a sociedade.
O livro é um compêndio muito heterogêneo de artistas, em idades, sexos, artes, técnicas e estilos. Neste livro você pode encontrar 22 artistas da América Latina, 11 homens e 11 mulheres de diversas formas artísticas, como cinema, documentário, teatro, circo, fotografia, vídeo, performance, coleção, plástico, taxidermia, têxteis, pintura, programação, grafite, romance, poesia, música orquestral, bambuco, rap, metal e samba.
OUÇA O ÁLBUM “REINÍCIO” AQUI:
https://open.spotify.com/album/3DykfOPEPL8OxAyBCoqxNa
OUÇA O ÁLBUM “MAMELUCO AFRO BRASILEIRO” AQUI:
https://open.spotify.com/album/0Ow0rCRZhEhcC164cgyV9z
OUÇA O ÁLBUM “O SAMBA É DA GENTE” AQUI:
https://open.spotify.com/album/1rImax1HymyOBuR48B111k
SOBRE O LIVRO “Lo Que Les Dio La Gana”
Este livro tem um precedente na América Latina, imaginado por Artistas, 55 entrevistas em San Salvador, Havana, Rio de Janeiro, Caracas, Cúcuta e Medellín perseguindo o olhar de artistas na América Latina, o momento de suas sociedades e movimentos sociais.
Esses 22 artistas, 11 homens e 11 mulheres, foram rastreados por suas trajetórias em ano difícil que em alguns contextos parecem uma ótima temporada, em sociedades em mudança ou intenso debate. O resultado foi reunido em entrevistas com o mesmo instrumento para todos, mas, que deu lugar a conversas muito diferentes e em todos os casos liberadas para interesses e pesquisas de cada artista.
Confira o vídeo de Camila Uribe – Coautora do livro Lo Que Les Dio La Gana (Divulgação Agência Sambrasil) :
Pode-se concluir que grande parte dos artistas nega sua participação em um movimento social e eles não se veem como ativistas, mas, quase todo mundo assume uma posição política ou impacto político. Reafirmamos a tese que tínhamos para fazer essa exploração: toda mudança cultural tem em seu centro a arte pulsante e todo o movimento social é guiado – consciente ou inconscientemente – por uma poética e um simbolismo que os artistas contribuem.
Para dar significado e propósito a este livro, buscamos a habilidade que essas conversas e histórias de artistas têm em reafirmar o desejo de alguém de fazer arte, de gerar uma estratégia da vida para insistir na criação, em uma beleza que às vezes coleta horrores e em um grito rearmado para adiar. Artista é único e que deixa um trabalho, mas, todas as pessoas podem ter arte em suas vidas, e não necessariamente de forma passiva. Você pode encontrar uma identificação com algum artista deste livro na causa, urgência ou ardor para dizer algo de todas as maneiras, para criar com a linguagem encontrada; os ardores, urgências ou causas de criação fazem os artistas semelhantes a qualquer pessoa e podem ser passagens, palcos, buscas cuidadosas, pequenas cenas ou momentos intensos e fugazes.
Outra contribuição que a publicação proporciona é encontrar um leitor com uma obra, anunciá-la e provocá-la, simplesmente gerando a chance de olhar de ângulos diferentes ou explorar interesses diferentes que motivam uma investigação.
SERVIÇO
Livro: Lo que les dio la gana / O que eles querem
- © 2021, Pesquisas e textos: Camila Uribe e Lukas Jaramillo, Casa de las Estratégias
- © 2021, Ilustrações: Santiago Rodas
- Primeira edição: Maio de 2021
- ISBN 978-958-57743-3-9
- Baixe o livro “Lo Que Les Dio La Gana” AQUI: https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=https://casadelasestrategias.com/wp-content/uploads/2021/08/Lo-que-les-dio-la-gana-Completo-18-de-junio_R.pdf
- Leia também a entrevista na íntegra AQUI: https://la.network/wesley-noog-y-la-tercera-via/
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