Ele já vendeu mais de 50 milhões de exemplares de livros desde que lançou o primeiro há 16 anos. Suas histórias e romances inesquecíveis, que tratam de forma clara e leve temas como a morte e a saúde mental, se tornaram sucessos mundiais. Entre eles, seu título de maior alcance, o best-seller “A Culpa é Das Estrelas”, publicado em 2012.
Nesta segunda-feira, dia 18, John Green é o convidado do ‘Conversa com Bial’. No papo sincero com o apresentador, o escritor americano fala sobre sua estreia na não ficção com o livro “Antropoceno: notas sobre a vida na Terra”.
“O mais maravilhoso de escrever não ficção é que não precisava ser racional, nem apropriado, apenas verdadeiro”, comenta o autor sobre a criação de seu novo título, que apresenta ensaios sobre os mais diversos aspectos da humanidade, a partir de assuntos variados como filmes, poemas, doenças, animais, televisão etc. Escrito em parte durante o turbulento período da pandemia da Covid-19 e baseado em seu podcast de sucesso, a obra leva o leitor a explorar e analisar suas fraquezas e capacidades.
Durante a entrevista a Pedro Bial, Green conta mais sobre o processo de escrita do livro e os aprendizados que teve no percurso: “Eu queria voltar a ter aquela sensação de admiração e maravilhamento que eu sentia facilmente quando era criança e que, ao crescer, ficou cada vez mais distante de mim. Quando falo de me apaixonar pelo mundo, quero dizer que podemos voltar a um lugar de reconhecimento de que o mundo é extraordinariamente lindo”, reflete, mesmo diante de um contexto global tão difícil.
O autor ainda diz que, em seu trabalho público, já havia falado sobre a probabilidade de uma pandemia mundial, mas revela que nunca tinha de fato entendido como seria até enfrentar uma.
No programa, o escritor – e torcedor do Liverpool – também conta sobre a paixão por futebol e se refere com carinho a um presente dado pelos fãs brasileiros: uma camisa da seleção do Brasil assinada por Pelé. “É meu bem mais valioso”, afirma o premiado escritor.
Sobre o fenômeno que foi “A Culpa das Estrelas”, John Green revela que escreveu o livro em um período de sofrimento e saudade intensos e pessoais. “Senti uma necessidade urgente de tentar responder à pergunta de se uma vida curta pode ser uma vida boa; uma vida rica; uma vida em que se ama e se é amado. Acho que as pessoas se identificaram com isso”, avalia Green, que conta outras curiosidades sobre o título e sua adaptação para o cinema.
Com direção artística de Mônica Almeida, o ‘Conversa com Bial’ vai ao ar de segunda a sexta-feira, após o ‘Jornal da Globo’.